O Chelsea começou a semana empatando com o Arsenal pela quinta rodada da Premier League, dia 17, num jogo agitado e que rendeu até expulsão para os Blues. Já na quarta-feira, foi a vez de estrear na Copa da Liga contra o Nottingham Forest, com uma goleada de 5 a 1 em casa. E para fechar a agenda corrida, sábado (23) virou dia de ganhar mais três pontos no campeonato inglês atropelando o Stoke City por 4 a 0. Os resultados, além de serem bons, destacam cinco aspectos do time que merecem atenção.
1. Oportunidade aos jogadores da base
Jogos de torneios nacionais, mesmo não sendo o foco do clube, representam um momento de testar as pratas da casa, e dar oportunidades menos arriscadas para que eles mostrem seu potencial. No jogo contra o Forest, décimo colocado da “série B” inglesa, Charly Musonda Jr – quase emprestado na última janela – entrou em campo, assim como Ethan Ampadu, que teve sua estreia no futebol profissional, e Clarke-Salter.
Num momento em que bons jogadores valem milhões, e o nosso elenco atual vai envelhecendo, é inteligente que o Chelsea vá testando os atletas mais novos, seja por empréstimos, ou nesses tipos de partidas.
2. Mostrou que há opções para diversificar as escalações
Nos três jogos, nenhuma escalação foi igual. O trio defensivo, por exemplo, foi composto por cinco jogadores diferentes revezados. Isso mostra que, apesar de não termos um time extenso, Antonio Conte conta com peças suficientes para usar a criatividade e montar a equipe sem cansar nenhum jogador, e muito menos depender de algum.
Como essa não será a única semana com três jogos seguidos, torna-se essencial ter um elenco com mesmo nível de jogo, até quando nem todo o time titular entrar em campo.
3. Hat-trick duplo
Foi a semana de estreias de Hat-trick no Chelsea. Batshuayi e Morata, que disputam a titularidade na mesma posição, deixaram três gols numa partida pela primeira vez com a camisa dos Blues. Isso significa que estamos bem servidos de centroavantes, e a saída firmada de Diego Costa pode não interferir na capacidade do time de fazer muitos gols. Claro, deve-se olhar o contexto: no hat-trick de Morata, o Stoke City estava bem desfalcado, e apesar dos três zagueiros, apenas um era de origem na posição. Já o hat-trick de Batshuayi veio do fraco Nottingham Forest, que nem disputa a Premier League. Mas jogo é jogo, e os méritos não podem ser deixados de lado por causa do nível dos adversários.
4. Volta de Hazard como titular
Como muitos já sabem, Eden Hazard vem se recuperando de uma lesão, e sua volta permanente aos campos é esperada com entusiasmo pelos torcedores. Nessa semana, ele jogou por 20 minutos contra Arsenal, e permaneceu a partida seguinte inteira, ao enfrentar o Forest. Já recebendo o Stoke em casa, Hazard substituiu William no segundo tempo. Aos poucos, ele volta a sua forma física de sempre, e vai reconquistando o merecido espaço no elenco.
5. Estabilidade para Conte
Finalmente um técnico do Chelsea brigou com um jogador e não saiu. Após a polêmica entre Conte e Diego Costa, ficou claro que o ambiente londrino não cabia os dois, mas a dúvida era: quem sairia? Com o histórico do time, havia quem apostava no técnico, e muita água rolou até sabermos a resposta. O fato é que a sequência de resultados positivos desde que Antonio Conte assumiu o lugar de Mourinho não abriam espaço para contestar sua habilidade em desenvolver a tática do time.
Porém, ao iniciar a Premier League com uma derrota e futebol ruim, criou-se o medo dos tempos áureos da temporada passada ficarem apenas no passado mesmo. Ainda é cedo para dizer que o Chelsea ganhará o campeonato, mas a possibilidade existe, e há um ponto chave no time atualmente: sua estabilidade. A pré-temporada trouxe questionamentos a respeito do elenco curto, os atletas machucados, a polêmica de Diego Costa… Mas o time mostrou estar lidando bem com isso, e possui uma regularidade. Vale lembrar que para ganhar um campeonato não é preciso disparar no início, mas manter uma boa sequência de resultados ao longo de toda a temporada.