Sob os olhares de Frank Lampard e Oriol Romeu, o Chelsea bateu o Milan por 2-0, em partida válida pela semifinal da International Champions Cup, gols de De Bruyne e Schürrle. O clube de Stamford Bridge foi muito superior ao time de Milão e conseguiu a vitória desempenhando um futebol de qualidade, mesclando ataques com jogadas individuais e coletivas, mas sempre “chegando” com perigo ao gol italiano.
O Chelsea volta aos gramados na quarta, quando enfrenta o Real Madrid pela final do torneio amistoso. Será o reencontro de José Mourinho com o time espanhol e do Chelsea com Carlo Ancelotti, o técnico que deu ao clube da Fulham Road o primeiro Double da história do clube. Já o Milan disputará a decisão do terceiro colocado com o Everton.
Com a vitória no amistoso, o Chelsea soma cinco vitórias em cinco jogos. Dezessete gols marcados e dois sofridos.
Chelsea superior nos quarenta e cinco minutos iniciais.
Os primeiro minutos mostraram a postura dos respectivos campeonatos nacionais. O Milan veio atacando, mas não calculava na finalização, enquanto o Chelsea tinha a posse de bola e era cirúrgico em seus ataques. A primeira jogada de perigo da partida foi com o Chelsea, após lançamento de Cech, Demba Ba fez o pivô e tocou para Oscar, que finalizou perigosamente de fora da área.
Ivanovic teve duas oportunidades claras de abrir o placar, mas Abbiati salvou de forma espetacular no quarto minuto e o sérvio cabeceou para fora no minuto dez. Logo em sequência, Oscar e Hazard trabalharam a bola de forma impressionante, mas não houve êxito na conclusão da jogada.
Era visível o Milan jogando no típico jeito italiano, no contra-ataque e matando as jogadas do Chelsea. No décimo quarto minuto, Muntari chegou mais forte em Azpilicueta, mas nada foi marcado pela arbitragem. Chegando ao vigésimo minuto, o Chelsea teve que defender, mudando seu esquema tático para um 4-5-1. Não houve complicações maiores aos Blues pelo fato do meio-campo de ambas as equipes estarem embolados.
No minuto vinte e dois, Van Ginkel finalizou, a bola foi desviada e chegou em Demba Ba que concluiu ao gol, mas foi marcado impedimento pelo árbitro. Depois o Chelsea roubou a posse de bola milanesa, onde Azpilicueta cruzou e novamente Demba Ba, finalizou sem sucesso. O Milan chegou com real perigo no vigésimo sétimo minuto, quando Balotelli girou e finalizou para grande defesa de Cech, no rebote, Ivanovic salvou o selecionado inglês.
O Gol do Chelsea saiu após grande jogada de Hazard, que saiu em disparada no campo de defesa do Milan e deixou Kevin De Bruyne livre, para finalzar. O placar foi aberto aos 29 minutos de jogo.
Após o tento, o Chelsea manteve a posse de bola, e quando não tinha a bola em seus pés, os italianos encontravam problemas para passar do meio-campo e invadir o campo defensivo do Chelsea. Com trinta e nove minutos de jogo passados, Hazard se destacava pela distribuição do jogo e pelas jogadas individuais na etapa inicial.
No segundo tempo, Van Ginkel e Essien foram essenciais para barrar os ataques do Milan e muito se deve aos mesmos pela permanência da vitória pelo placar mínimo no primeiro tempo. Chelsea superior na etapa inicial e apresentando um belo futebol.
Vale ressaltar que José Mourinho implementou um método diferente de usar os laterais na etapa inicial. Bertrand e Azpilicueta atravessaram o campo raramente, o que criou uma “dependência” da criatividade dos três meio-campistas mais próximos do centroavante.
Substituições não alteraram o modo de jogo do Chelsea e os Blues estão na final.
Schwarzer, Terry, Cole, Ramires, Mata, Moses e Torres entraram na etapa complementar do embate. E falando em Torres, o espanhol foi acionado na primeira jogada do Chelsea aos seis minutos, recebeu a falta, mas o árbitro deu vantagem. Na sequência, o Chelsea teve escanteio, que foi pessimamente aproveitado pelo clube londrino. No minuto nove, El Shaarawy finalizou, mas foi bloqueado por Ivanovic, após De Jong interceptar a bola no meio-campo. Um minuto depois, após troca de passes próxima a área do Milan, Ramires tenta o arremate, mas sem o mínimo de perigo.
Moses deu outra mobilidade ao Chelsea, o nigeriano entrou na segunda etapa e foi responsável por jogadas individuais de qualidade. Refinando a qualidade do passe. Com 62 minutos de jogo, Moses fez bela jogada e finalizou quase sem ângulo, tinha duas opções de passe, mas preferiu o arremate.
Duas ações aos 66 minutos de jogo, Torres passou para Mata concluir, mas o camisa dez chutou para fácil defesa do arqueiro italiano. Além da tentativa, houve a substituição de Van Ginkel por Mikel. O holandês saiu do embate como um dos melhores da partida, apresentando um futebol objetivo e obediente na parte tática.
Setenta minutos de jogo, Hazard sai para a entrada de Schürrle. Em sequência, Ivanovic e Cole bloquearam tentativas do Milan, o que nos deu a continuidade da liderança da partida. A partida consistia no time italiano muito aberto durante os contra-ataques e o Chelsea pecando no último passe. A vitória pelo placar mínimo não refletia a partida, o time inglês já tinha uma superioridade visível e desperdiçava muitas chances.
O Milan chegou com perigo pela primeira vez no segundo tempo aos 76 minutos, com Nocerino. No minuto seguinte, Niang fintou e finalizou, mas foi bloqueado por Cahill. Respondendo aos ataques italianos, Tores e Moses trocaram passes e acharam Scürrle, que arrematou por cima do travessão.
Faltam dez minutos para o término da partida, o Milan se arriscava na base das bolas alçadas dentro da área inglesa, mas a linha defensiva do Chelsea encontrava-se bem postada. Já o Chelsea fazia o tempo passar, Torres continuava auxiliando seus companheiros. O espanhol achou Schürrle novamente dentro da área, o alemão concluiu fraco ao gol. Com cinco minutos para o término, Mata fez excelente jogada e encontrou moses que finalizou cruzado: nem um cruzamento, nem um chute.
A última substituição do Chelsea foi a troca de Torres por Lukaku, no minuto oitenta e cinco do embate. O árbitro sinalizou três minutos de acréscimo e no tempo adicional, Lukaku finalizou de dentro da área, em cima do goleiro. Porém, o impedimento já estava assinalado.
E ainda deu tempo de mais um gol. Na última jogada do embate, Schürrle finalizou de voleio após assistência de Moses aos 92 minutos. Fantástica finalização do alemão e passaporte carimbado para a final contra o Real Madrid.
Ficha técnica:
Chelsea (4-2-3-1): Cech (c) (Schwarzer); Azpilicueta (Terry), Ivanovic, Cahill, Bertrand (Cole); Essien (Ramires), Van Ginkel (Mikel 65); De Bruyne (Moses), Oscar (Mata), Hazard (Schurrle 68); Ba (Torres) (Lukaku 86).
AC Milan (3-5-2): Abbiati, Antonini (Zaccardo 45) Zapata (Poli 68), Silvestre, Emanuelson (Constant 68), De Jong, Muntari, Montolivo (Nocerino 55), Boateng (Pacifico 75), Balotelli (Pentagna 45), El-Shaarawy (Niang 55).
Gols: De Bruyne 28, Schurrle 90.
Cartões amarelos: Ivanovic 18, Antonini 41, Silvestre 67
Estádio: MetLife Stadium, em Nova Jérsei.
Público:39,764