Crônica redigida por Rafael Brayan, em parceria com o Premier League Brasil
Após uma derrota e uma vitória contra times de Londres – Tottenham e Fulham, respectivamente – nas últimas rodadas, o Chelsea enfrentou o Wolverhampton nesta quarta-feira (5), no Molineux Stadium. Após ter a posse de bola e grandes oportunidades, erros individuais provocaram a derrota da equipe de Maurizio Sarri de virada por 2 a 1, permitindo que Manchester City e Liverpool – e agora Tottenham, em terceiro – ficassem ainda mais distantes, no topo da tabela.
O Chelsea voltará a campo no próximo sábado (8), quando enfrentará o líder da competição. Será mais um teste para os Blues, que precisam voltar a jogar bem. Porém, desta vez, o adversário é o principal time do campeonato.
Muito domínio, mas apenas um gol
O Chelsea abriu o placar logo no começo da partida. O jovem Ruben Loftus-Cheek, titular nesta rodada, marcou aos 18 minutos do confronto. Após jogada de Eden Hazard no lado esquerdo do ataque, Ruben se posicionou muito bem entre os adversários. Recebeu um passe curto do belga, e bateu colocado no gol, a bola ainda desviou em jogador do Wolves, tirando toda possibilidade de defesa do goleiro português Rui Patrício.
Até mesmo antes do gol de Loftus-Cheek era para o time de Londres ter estado na frente do placar. Com um minuto de jogo, o meia espanhol Cesc Fábregas mandou uma excelente bola para Eden Hazard. O camisa 10 do Chelsea, entretanto, desperdiçou ao tentar chutar a bola de primeira com a perna esquerda.
Os números do primeiro tempo comprovam o domínio azul no Molineaux Stadium. Foram nove finalizações, sendo que três foram na direção do gol do time da casa. Além disso, os Blues tiveram 68% da posse de bola. A equipe tocou a bola 325 vezes – um pouco mais do de vezes que o adversário. O Wolverhampton deu apenas dois chutes, mas todos para fora.
Entretanto, o placar ainda era pequeno e o time de Maurizio Sarri ainda não tinha carimbado a vitória. O Wolverhampton já tinha deixado rastros durante as rodadas da Premier League que subiu para atrapalhar os grandes. O time de Nuno Espírito-Santo tinha qualidade e queria demonstrar isso contra o Chelsea, um dos clubes com um melhor desempenho dentro de campo, mesmo sendo comandado por Sarri há poucos meses.
“Domínio”, falhas e derrota
O segundo tempo da partida começou como a primeira etapa. Hazard, em rápida troca de passes, acionou Loftus-Cheek, que estava na parte da esquerda da área adversária. O inglês recebeu e cruzou rasteiro para Álvaro Morata. O ex-Real Madrid e Juventus passou da bola e não conseguiu marcar, gerando certa insatisfação na torcida do Chelsea.
Pouco tempo depois, o espanhol perdeu outras boas oportunidades. Em um desses lances, Morata invadiu a área, mas acabou se enrolando todo com a bola. Isso faz com que os Blues tenham mais motivos para ir ao mercado atrás de um atacante, segundo boa parte dos torcedores.
Com 11 minutos de jogo, o francês N’Golo Kanté, que tinha errado algumas vezes na defesa no primeiro tempo, mostrou que está cada vez mais melhorando a sua chegada na parte ofensiva do Chelsea. Ele recebeu na entrada da área e bateu cruzado. A bola passou perto do gol de Rui Patrício.
Quem não faz… toma. Dois minutos depois, aos 13 do segundo tempo, o mexicano Raúl Jimenez empatou a partida. Contando com falha do goleiro Kepa Arrizabalaga, o atacante do Wolverhampton bateu cruzado e deixou tudo igual. O passe foi feito por Gibbs-White, que ganhou na força de Cesc Fabregas antes de dar ótima assistência.
Diogo Jota foi o nome que colocou o Wolverhampton na frente do placar. João Moutinho acionou Doherty na direita da área, que cruzou rasteiro. O atacante português só empurrou a bola para dentro do gol de Kepa.
Depois do gol, o Chelsea teve mudanças. Willian e Morata saíram de campo para dar lugar a Pedro e Giroud. O espanhol até consegue encaixar algumas jogadas com Fabregas, mas sempre esbarrando na defesa adversária.
O Wolverhampton começou a ter mais chances de gols. Sob os pés de João Moutinho, grandes oportunidades foram criadas, mas sem muito êxito.
Com 32 minutos de jogo, Eden Hazard teve uma grande oportunidade. Recebeu na ponta esquerda e saiu cortando na diagonal. Soltou a bomba, mas a bola foi por cima do gol trazendo perigo ao gol do Wolves.
O Chelsea permaneceu com a posse da bola no segundo tempo. Entretanto, as jogadas do clube londrino sempre paravam no bom sistema defensivo da equipe de Nuno Espírito-Santo, que colocou Dendocker, defensor belga, no lugar do atacante Jimenez aos 35 minutos do segundo tempo.
Com as melhores chances sendo criadas na esquerda, com Marco Alonso e Eden Hazard, o Chelsea foi para o tudo ou nada nos minutos finais da partida. Entretanto, assim como todo o tempo após o gol da virada, o time fez muitas faltas, acarretando cartões amarelos. Isso também era o que os adversários queriam, já que o tempo estava passando.
Com a derrota, o Chelsea se mantém na terceira colocação da Premier League. Entretanto, como os líderes Liverpool e Manchester City venceram, o topo da classificação está cada vez mais longe. Com o domínio do campeonato da equipe de Pep Guardiola, que não dá brechas para outros clubes, e com os bons resultados do time de Anfield, que ainda está invicto na competição, derrotas para os times médio/pequenos não deveriam acontecer, principalmente após tanto domínio.
Ficha Técnica
Chelsea (4-3-3): Kepa; Azpilicueta, Rudiger, Christensen e Alonso; Fabregas, Kanté (Kovacic, 77’) e Loftus-Cheek; Willian (Pedro, 65’), Morata (Giroud, 65’) e Hazard.
Reservas não utilizados: Caballero, David Luiz, Jorginho e Zappacosta.
Wolverhampton (3-4-2-1): Ruí Patrício; Bennett, Coady e Boly; Doherty, Moutinho, Saiss e Vinagre; Jimenez (Dendocker, 81’) e Jota (Cavaleiro, 88’); Gibbs-White (Costa 72’).
Gols: Loftus-Cheek (17’), Jiménez (59’) e Jota (63’)
Cartões amarelos: Saiss (37’), Moutinho (54’), Fábregas (64’), Vinagre (68’), Giroud (85’), Alonso (91’) e Christensen (94’).