O Chelsea fez sua estreia na International Champions Cup – competição de pré-temporada – neste sábado (28/07). O adversário foi a Inter de Milão, numa partida que aconteceu no Allianz Riviera, estádio do Nice da França.
Com alguns jogadores ainda curtindo as férias, ou que voltaram recentemente, o treinador Maurizio Sarri mandou o melhor time que tinha em condições físicas para iniciar a partida, e o que se viu foi uma boa atuação coletiva dessa equipe montada por ele, mesmo que com pouco tempo de preparação até aqui. O placar final ficou em 1-1 e o vencedor foi definido nos pênaltis, com vitória por 5-4 do Chelsea nas cobranças.
Bom primeiro tempo e início da implantação do “Sarri-ball”
Antes do primeiro tento, Morata já havia marcado um gol de cabeça, mas devido a um impedimento, foi justamente anulado. Além de uma boa finalização cruzada de Barkley, defendida por Handanovic. O domínio era total do Chelsea.
O aniversariante do dia Pedro Rodríguez buscava boas subidas pela direita, e em uma arrancada sofreu uma falta de Skriniar, que foi cobrada por Marcos Alonso e saiu por cima do gol. Quem aparecia algumas vezes pelo lado esquerdo era o jovem Callum Hudson-Odoi, que mais uma vez demonstrou muita personalidade, tentando bons passes em profundidade, dribles em velocidade e finalização, mas não conseguiu fazer nenhum grande lance.
Até os 30 minutos do primeiro tempo, a Inter praticamente não atacava, buscava roubar a bola no campo de ataque devido ao fato do Chelsea trocar alguns passes no campo de defesa, mas no primeiro tempo não conseguiu assustar o goleiro Bulka. Jorginho, David Luiz e Ampadu se destacaram nessa troca de passes defensiva, sempre com muita segurança.
Apenas aos 35 minutos, surgiu a primeira boa chance dos Nerazzurris. Boa troca de passes em velocidade pelo lado direito do ataque, até que um passe para trás encontrou Politano, que de frente para o gol, acertou em cheio na bola, mas saiu à direita do gol de Bulka, levando muito perigo.
O lance serviu para esquentar o jogo. A resposta do Chelsea veio logo aos 38 minutos, o inspirado Pedro deu um chapéu no meio campo e a bola chegou até a esquerda com Marcos Alonso, o lateral puxou para o meio e bateu de perna direita, que não é a boa, e a bola passou ao lado do gol de Handanovic, assustando um pouco o goleiro.
O primeiro tempo terminou interessante, assim como o seu início. Era uma promessa de bom jogo para a segunda etapa, na qual algumas mudanças e testes dos treinadores certamente aconteceriam.
Muitas mudanças e jogo difícil no segundo tempo
Quatro mudanças foram feitas já no intervalo para o segundo tempo. Caballero, Drinkwater, Bakayoko e Cesar Azpilicueta entraram em campo pelos Blues, interessante destacar que o Azpilicueta entrou no lugar de Zappacosta, para atuar como lateral direito. Uma das dúvidas da temporada é se o espanhol atuará nessa posição ou como zagueiro, como fazia com Antonio Conte.
Os times haviam acabado de voltar para o segundo tempo quando Roberto Gagliardini teve uma chance de empatar a partida, e não desperdiçou. Um chute forte de dentro da área igualou a partida e levava a partida para os pênaltis – nesse torneio amistoso, o empate leva a partida aos penais para definir o vencedor.
As mudanças não surtiram efeito positivo nos 15 primeiros minutos da segunda etapa. Bakayoko entrou mal na partida, foi mal no lance do gol adversário e errou alguns passes. O meio passou a ser formado por ele ao lado de Drinkwater e Jorginho, devido às saídas de Fàbregas e Barkley. Esse meio ficou muito burocrático e o time sentiu falta de um meia mais agudo, que buscava aprofundar mais o jogo. A bola não chegava para Hudson-Odoi e Pedro em boas condições de partir pra cima da defesa, e estes precisavam recuar para buscar jogo.
O novo contratado pela Inter, Lautaro Martínez, entrou no segundo tempo e tentava algumas jogadas próximas ao gol do Chelsea, e conseguia levar perigo. Os Nerazzurris cresceram no jogo, e aos 15 minutos finalizaram mais uma vez, com Gagliardini, exigindo defesa de Caballero.
Notando que o time precisava de um ânimo, o técnico Maurizio Sarri fez mais uma série de alterações. Victor Moses, Abraham, Rudiger, Emerson Palmieri e Christensen entraram na equipe. Nesse momento da partida, apenas Jorginho e Hudson-Odoi permaneciam em campo desde a formação inicial. A formação foi mantida no 4-3-3 bem conhecido do novo treinador, mas os jogadores possuem características diferentes.
O primeiro bom ataque do segundo tempo veio apenas aos 25 minutos. O meia Drinkwater conseguiu encontrar o atacante Tammy Abraham na frente, que conseguiu girar em velocidade e finalizar cruzado, para boa defesa de Handanovic. As mudanças começavam a surtir efeito.
O Chelsea voltou a aparecer com perigo, e novamente com Drinkwater tendo mais liberdade pelo meio. Dessa vez foi aos 28 minutos, numa finalização de fora da área. A bola passou à direita do gol da Inter de Milão. O time italiano tentava responder, principalmente acionando o Lautaro em velocidade, mas sem sustos até então.
A marcação alta dos Blues voltaram a funcionar aos 31 minutos, forçou Handanovic a chutar pressionado, Jorginho dominou a bola já no campo de ataque e acelerou o jogo pela esquerda com Hudson-Odoi, que pedalou e puxou para a linha de fundo e buscou um cruzamento que quase encontrou Abraham na segunda trave, a defesa da Inter conseguiu afastar para escanteio e colocar fim em um bom ataque.
A nova contratação dos Blues, Jorginho, foi responsável pelo melhor momento do time no segundo tempo. Ao receber uma bola pelo meio, aos 36 minutos, o ítalo-brasileiro puxou para a perna direita e buscou o ângulo, exigindo uma excelente defesa do ótimo goleiro Handanovic. Logo depois do lance, o Chelsea fez sua última mudança na partida, saiu o jovem Hudson-Odoi para entrar o brasileiro Lucas Piazon.
Logo depois de entrar, uma tabela pela esquerda entre os brasileiros Emerson Palmieri e Piazon conseguiu deixar o lateral em ótimas condições de cruzar a partir da linha de fundo. O passe para dentro da área saiu um pouco nas costas de Abraham, que perdeu o gol embaixo da trave. Tentando evitar os pênaltis o Chelsea pressionava. Aos 41 minutos, Moses puxava um bom contra ataque e D’Ambrosio fez a falta e foi punido com o primeiro cartão amarelo da partida.
O último bom momento da partida foi da Inter de Milão. Novamente com Lautaro Matínez, que entrou muito bem. Já nos acréscimos, o argentino recebeu um cruzamento da direita e finalizou de primeira, exigindo uma defesa muito difícil de Caballero, que assegurou o empate e levou a partida para as penalidades.
O vencedor do amistoso foi definido nos pênaltis
O primeiro pênalti foi batido pela Inter de Milão. O zagueiro Ranocchia bateu primeiro e fez. Pelo lado do Chelsea, Jorginho também converteu a primeira cobrança. As cobranças seguintes foram convertidas por Gagliardini, Drinkwater, Lautaro Martínez e Victor Moses. Até que, na quarta cobrança, Caballero defendeu a cobrança de Skriniar.
Depois do erro da Inter, o Chelsea tomou a frente das cobranças com Abraham e confirmou a vitória com Azpilicueta. O placar dos pênaltis foi 5-4 para os Blues, que garantiram os 3 pontos no torneio amistoso.
Ficha Técnica
Chelsea (4-3-3): Bulka (Caballero 46’), Zappacosta (Azpilicueta 46’), Luiz (Christensen 64’), Ampadu (Rudiger 64’), Alonso (Emerson 64’), Jorginho, Fabregas (Drinkwater 46’), Barkley (Bakayoko 46’), Pedro (Moses 64’), Hudson-Odoi (Piazon 83’), Morata (Abraham 64’)
Inter (4-2-3-1): Handanovic; D’Ambrosio, De Vrij (Ranocchia 65’), Skriniar, Dalbert (Salcedo 83’); Gagliardini, Emmers (Lautaro 46’); Candreva (Karamoh 65’), Politano (Zappa 83’), Asamoah; Icardi (Roric 65’)
- Gols: Pedro Rodríguez 8’ e Gagliardini 49’
- Cartões Amarelos: Danilo D’Ambrosio 87’