
O Chelsea demorou, mas finalmente estreou pela Premier League e o time de José Mourinho bateu com facilidade o recém promovido da segunda divisão, Burnley, por 3×1. Apesar de ter saído atrás, os Blues dominaram completamente as ações e duas coisas diferiram em muito em relação à temporada passada. A defesa – que era tão segura – desde a pré-temporada tem se mostrado mais frágil, mas o que surpreende é a fluidez do ataque. Em muitas situações na campanha passada o Chelsea mostrava incrível dificuldade em bater times que se postavam bem atrás, mas na partida contra o Burnley hoje, os Blues atacavam com rápidos passes orquestrados sempre pela nova contratação do clube, Cesc Fàbregas. O espanhol trouxe as respostas que o ataque precisava e com o volante (sim, Cesc atuou como segundo volante) em noite inspirada, o Chelsea resolveu o jogo ainda no primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Burnley começou com ímpeto no ataque, mas logo o peso do primeiro jogo da temporada – somado ao ritmo acelerado da etapa inicial – esfriou a partida, que não teve lances de perigo nos últimos 45 minutos.
O Chelsea mantém o excelente aproveitamento em estreias na Premier League (14 vitórias e 2 empates) e se prepara para enfrentar o Leicester, no sábado, em Stamford Bridge pela segunda rodada.
Burnley vai para cima e sai na frente, mas Chelsea vira em quatro minutos
O time da casa não quis saber de retranca e começou o jogo buscando o ataque tanto quanto o Chelsea. O time do norte da Inglaterra era empurrado pela torcida – que festejava a volta à primeira divisão inglesa – e a torcida do Chelsea também fazia barulho debaixo da típica chuva de verão do Grã-Bretanha.
Aos quatro minutos, o Chelsea teve a primeira chance da partida, quando André Schürrle recebeu na entrada da área e chutou. A bola desviou na zaga e mudou completamente de trajetória, enganando o goleiro Heaton e passando rente à trave. Na resposta em menos de um minuto, o Burnley avançou pela esquerda e Jutkiewicz chutou rasteiro, mas o estreante em partidas oficiais Thibaut Courtois, só observou a bola se perder pela linha de fundo.
Aos nove, Cesc Fàbregas em lance que é famoso, meteu lançamento em profundidade do meio do campo para Schürrle dentro da área, o alemão teve dificuldade para dominar pressionado pela marcação e ficou sem ângulo para o chute. Apesar da boa chance do Chelsea, foi o time da casa que saiu na frente. Aos 13 minutos, após cobrança de escanteio, a defesa do Chelsea tirou e saiu, mas em rápida retomada, a bola foi alçada na esquerda e Taylor cruzou para Arfield que encheu o pé, sem chance para Courtois.
Mas a alegria do time da casa durou pouco, pois aos 16 minutos, Diego Costa mostrou a que veio e empatou para o Chelsea. Fàbregas deixou de calcanhar para Ivanovic que cruzou rasteiro, mas a bola bateu na trave e enganou o goleiro e a defesa. Na sobra Costa não perdoou e fez 1×1.
E a virada não demorou, aos 21, Hazard mostrou talento ao conseguir segurar a bola na entrada da área. O meia abriu para Ivanovic que cruzou rasteiro para entrada da área. Cesc recebeu e tocou de primeira e com classe para Schürrle, que também de primeira finalizou sem chance para o goleiro Heaton. Chelsea 2×1.
O Chelsea quase ampliou o resultado para 3×1 quando a zaga recuou para o goleiro, mas Costa foi mais rápido e chegou antes. O atacante colocou na frente, mas o goleiro o tocou (se o suficiente para caracterizar falta ou não é interprativo), levando o atacante a cair. Não apenas a arbitragem não marcou o pênalti, mas deu cartão amarelo a Diego, apesar do toque claro de Heaton no atacante do Chelsea.
E os visitantes não paravam de pressionar. Oscar tabelou com Hazard, que tocou de calcanhar para Costa que devolveu rápido, mas a zaga se antecipou e tocou para escanteio. Na cobrança do corner, aos 33, Cesc cobrou sob medida para Ivanovic se adiantar à marcação e ampliar a vantagem para 3×1.
Aos 35, Diego Costa meteu para Schürrle, que dominou e avançou dentro da área, mas na hora de finalizar a zaga chegou e o ala chutou mascado, facilitando a defesa de Heaton. Aos 38, o Burnley chegou novamente pela esquerda, agora com Ings. O atacante recebeu e chutou, mas a bola saiu sem assustar Courtois.
O Chelsea seguiu pressionando até o fim da partida, mas o primeiro tempo terminou mesmo no 3×1.
Jogo esfria na segunda etapa e Chelsea confirma vitória
O Burnley voltou para a segunda etapa ainda mais empenhado no ataque e quase chegou ao segundo gol novamente com Artfield. O meio-campista chutou forte da entrada da área e exigiu boa defesa de Courtois, que tocou para escanteio. O Chelsea começou com ritmo mais lento, mas até tentou retomar o embalo do primeiro tempo e chegou com Hazard em jogada de talento, mas foi parado com falta antes que pudesse chutar no gol.
Porém, apesar das duas jogadas, o ritmo caiu muito e os times passaram a ter dificuldade para chegar ao ataque. Aos 62, o Chelsea chegou com Schürrle, que chutou, mas foi travado pela zaga. Na cobrança do lateral, Hazard abusou do talento e quase faz jogada de gênio, mas a zaga conseguiu interceptar o passe do belga.
O Chelsea dominava a posse de bola e não mostrava acomodação, mas após primeiro tempo muito intenso, os jogadores pareciam estar um pouco cansados. Chances de gol não aconteciam, enquanto os dois técnicos faziam alterações para dar descanso aos jogadores – ainda longe da melhor condição física nesse começo de temporada – e dar ritmo para jogadores reservas. Pelo Chelsea, Mourinho trouxe Willian, Mikel e Drogba e o time passou a jogar no 4-4-2 já no finalzinho do embate, mas a partida já estava fria, com os goleiros só assistindo a bola ser disputada no meio-campo pelas duas equipes.
A melhor chance foi com Drogba, que aos 88, recebeu cobrança de tiro de meta de Courtois, levantou a bola e chutou com força, mas o tiro passou à direita de Heaton.
E não houve mais nada, o Chelsea sai com a primeira vitória da temporada, a liderança da Premier League e acima de tudo, convence o torcedor que essa campanha tem tudo para ser melhor que a passada.
Ficha Técnica
Burnley (4-4-2): Heaton; Trippier, Shackell, Duff, Mee; Arfield, Jones, Marney, Taylor (Kightly, 70); Ings (Sordell, 82), Jutkiewicz (Barnes, 70).
Substituições não usadas: Wallace, Gilks, Long, Dummigan.
Técnico: Sean Dyche
Gol: Artfield (14).
Chelsea (4-2-3-1): Courtois; Ivanovic, Cahill, Terry, Azpilicueta; Matic, Fàbregas; Schürrle (Willian, 77), Oscar (Mikel, 82), Hazard (Drogba, 84); Diego Costa.
Substituições não usadas: Cech, Luis, Zouma, Torres.
Técnico: José Mourinho.
Gols: Chelsea: Costa (17), Schürrle (21), Ivanovic (34).
Cartões Amarelos: Burnley: Sordell (87); Chelsea: Costa (31).
Árbitro: Michael Oliver
Estádio: Turf Moor