O Brasil conquistou, pela quarta vez, o título da Copa das Confederações. Jogando uma partida quase impecável, o time de Luiz Felipe Scolari não deu chances para a Espanha e derrotou os atuais campeões mundiais por 3 a 0. Destaque para o atacante Fred (autor de dois gols) e Neymar, que, além de balançar a rede espanhola, apresentou, mais uma vez, um belo futebol, infernizando a defesa da Fúria. Contestado durante toda a competição, Oscar participou de dois gols. Já o zagueiro David Luiz não marcou, mas evitou com que os adversários empatassem o jogo, ao tirar, quase debaixo das traves, um chute de Pedro.
Gol relâmpago abre passagem para a vitória
Antes de o cronômetro chegar à marca dos 2 minutos, Hulk cruzou pela direta, Fred e Neymar dividiram com Piqué e Arbeloa. Melhor para o camisa 9 do Fluminense que, mesmo caído, empurrou a bola para o fundo das redes, fazendo 1 a 0 para o Brasil. Pouco depois, Oscar quase aumentou a vantagem brasileira, ao receber dentro da área e finalizar à direita de Casillas.
Aos 13 minutos, Paulinho roubou bola e tentou encobrir o goleiro espanhol, mas o camisa 1 estava atento e fez a defesa em dois tempos. Seis minutos mais tarde, Iniesta testou Júlio César, arriscando de longe; e o arqueiro brasileiro espalmou para escanteio. Casillas voltou a aparecer quando Fred recebeu de Neymar e mandou, de primeira, para o gol. O dono da meta Roja usou o pé esquerdo para parar o chute e jogar pela linha de fundo.
Aos 40, Pedro recebeu livre, na ponta direita, e tocou na saída do goleiro. Atento, David Luiz se jogou e, quase em cima da linha, impediu o que seria o primeiro tento espanhol. A um minuto do fim do tempo regulamentar, Oscar lançou Neymar pela esquerda. O ex-atacante do Santos recebeu e devolveu. Marcado, o meia do Chelsea procurou espaço e achou o camisa 10 livre para dominar e chutar forte, ampliando o marcador: 2 a 0.
Fred repete feito do primeiro tempo e garante a taça
Na volta do intervalo, a seleção brasileira manteve o ritmo e chegou ao terceiro gol, novamente com Fred. Com apenas 2 minutos, Hulk lançou o atacante tricolor, que finalizou rasteiro, de primeira, no cantinho do arqueiro adversário. A Espanha ainda teve a chance de diminuir no pênalti cometido por Marcelo em Jesus Navas. Aos gritos de “Júlio César”, que vinham das arquibancadas, Sérgio Ramos foi para a cobrança e mandou para fora, à direita do camisa 12, que apareceu bem, sempre que exigido pelo ataque espanhol.
Apostando nas arrancadas de Neymar, o Brasil por pouco não construiu um placar mais elástico. Foi numa delas que Piqué recebeu o cartão vermelho, ao derrubar o atacante que ficaria cara a cara com o Casillas. Na cobrança da falta, o próprio camisa 10 quase marcou novamente e a bola passou “tirando tinta da trave”. Júlio César ainda teve de fazer uma ponte para defender os chutes de Pedro e Villa, na sequência. Após o apito final do árbitro, os jogadores brasileiros comemoraram o tetracampeonato na segunda competição mais importante da Fifa e receberam as premiações do torneio. Neymar foi eleito o melhor jogador da partida e da Copa das Confederações, Júlio César levou a disputa entre os goleiros e o espanhol Fernando Tores faturou a artilharia.
Ficha técnica
Brasil: Júlio Cesar – Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo – Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes, 43’ – 2° tempo) – Hulk (Jadson, 28’ – 2° tempo), Oscar, Neymar – Fred (Jô, 35’ – 2° tempo). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Espanha: Íker Casillas – Álvaro Arbeloa (César Azpilicueta, 1’- 2° tempo), Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba – Sergio Busquets, Andrés Iniesta, Xavi Hernández – Pedro Rodríguez, Juan Mata (Jesús Navas, 7’ – 2° tempo) – Fernando Torres (David Villa, 14’ – 2° tempo). Técnico: Vicente del Bosque.
Gols: Fred (BRA 2’ – 1° tempo e 2’ – 2° tempo) e Neymar (BRA – 44’ 1° tempo
Cartão vermelho: Gerard Piqué (ESP – 23’, 2° tempo)
Cartões Amarelos: Álvaro Arbeloa (ESP – 15’, 1° tempo) e Sergio Ramos (ESP – 28’, 1° tempo)
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro
Público: 73.531 (oficial)
