
Os torcedores do Chelsea envolvidos no incidente racista no metrô de Paris, em fevereiro deste ano, foram banidos de frequentar jogos de futebol nesta quarta-feita (22), na Inglaterra.
Eles foram acusados de entoar cânticos racistas no metrô de Paris enquanto se dirigiam ao jogo entre Chelsea e Paris Saint-Germain, pelas oitavas de final da Champions League esse ano. O jogo acabou empatado em 1 a 1.
Segundo relatos e tendo base o vídeo divulgado, os torcedores empurraram o francês Souleymane Sylla quando este tentava embarcar em um vagão, além de cantarem uma música deliberadamente racista (“somos racistas, somos racistas e é assim que gostamos”).
Quatro dos torcedores envolvidos (Richard Barklie, 50; William Simpson, 26; Josh Parsons, 21 e Dean Callis, 32) foram banidos de participarem de partidas de futebol por um período de cinco anos, após decisão do juiz Gareth Branston, no tribunal de Stratford, em Londres.
Já o quinto envolvido, Jordan Munday, de apenas 20 anos, recebeu uma punição de três anos. Todos negaram serem racistas. O juiz Branston se manisfestou sobre o caso:
“Isso foi um comportamento repugnante, desagradável, ofensivo, arrogante e totalmente inaceitável, que não pode ser permitido em uma sociedade moderna e civilizada. Ele deve ser erradicado.
Aqueles que sucumbem à essa mentalidade e pensam que podem agir de maneira tão odiosa como parte de uma multidão deveriam repensar.
O incidente prejudicou ainda mais a já manchada imagem do futebol britânico na Europa.
Isso só pode prejudicar o bom trabalho feito pelos clubes nas últimas décadas para remediar o que foi feito no antes.”
Após a decisão do juiz, Barklie, que é ex-policial e ativista de direitos humanos, disse que iria recorrer e afirmou que havia empurrado Sylla porque o metrô ‘estava lotado’.
Já o Chelsea repudiou o ataque, enquanto a torcida se manisfestou contra o racismo. À época, o técnico José Mourinho comentou sobre o caso:
“Nos sentimos envergonhados, mas talvez não devêssemos porque me recuso a ser conectados com essas pessoas.”