
Conhecido por suas famosas e eficientes retrancas, os times treinados por Tony Pulis são sempre esquadras difíceis de vencer. Famoso por seus excelentes trabalhos no Stoke City, ficando famoso como o grande instrutor dos “cruzamentos” nas cobranças de laterais – protagonizadas por Rory Delap – o treinador galês faz um grande trabalho no West Bromwich Albion, sempre optando pela mesma característica de jogo, marcada por passes longos, organização tática e muita força física.
Até chegar aos Baggies, o que aconteceu logo após a 20ª rodada da Premier League, a equipe flertava firmemente com o rebaixamento, figurando apenas uma posição acima da zona da degola. Seis empates, 10 derrotas e quatro vitórias marcavam uma temporada horrorosa do time, que viu sua sorte mudar completamente com a chegada de Pulis. Sob o novo comando, o WBA conseguiu seis vitórias, cinco empates e cinco derrotas, subindo para a 13ª posição e afastando o risco de descenso.
Alternando entre o tradicional esquema tático 4-4-2 e o conservador 4-5-1, o galês colocou seu limitado elenco nos eixos. Assim, fica o questionamento: qual a melhor forma de agredir o protegido WBA? A resposta é simples: com a bola no chão, movimentação e precisão nos passes.
Embora seja um time extremamente forte, o West Bromwich não tem muitas alternativas de estilo de jogo e não tem grande qualidade técnica. Seu sólido meio-campista é composto por muitos destruidores e atletas afeitos aos passes longos. Youssuf Mulumbu e Claudio Yacob são volantes de muita pegada, Darren Fletcher, Chris Brunt e Craig Gardner são úteis meio-campistas centrais, mas não primam pela criatividade.
É normal que a equipe ceda a posse de bola aos seus adversários, e as estatísticas mostram que essa é a tendência – o WBA é o segundo time com a menor média de posse de bola da Premier League, com 45%. E isso faz parte de seu jogo, uma vez que, regra geral, força seus adversários a tentarem desconstruir sua retaguarda e, muitas vezes, estimula-os a optar por bolas longas e lançamentos na área, o que favorece o trabalho da defesa dos Baggies.
Com isso, embora a entrega da posse de bola ao adversário faça parte da estratégia de Tony Pulis, o intuito é o de tornar o jogo do rival improdutivo. Não obstante, a boa gestão da bola é a grande chave para bater o 13º colocado. 15º colocado nas estatísticas de percentual de acerto de passes, com 76% de média, e de passes completados, a equipe mostra dificuldades no trato da bola.
Com a qualidade de seu meio-campo, sobretudo da trinca formada Cesc Fàbregas, Eden Hazard e Willian, o Chelsea tem no jogo técnico a chave é para a vitória.
Quarto time com melhor aproveitamento de passes da Premier League, o Chelsea tem qualidade para trabalhar a bola e envolver seu rival. Sem pressão por um bom resultado, uma vez que já é o campeão, o time não tem qualquer razão para se desesperar e optar pelo jogo aéreo. Jogador que mais passes distribuiu pelo lado do Chelsea, na competição – 2.210 no total – Fàbregas terá papel fulcral na partida, devendo reger a equipe.
Cuidando da gestão da bola, os Blues têm a melhor possibilidade de furar o consistente bloqueio de Tony Pulis, pois, em síntese, explora o pior aspecto de seu rival e o força a correr atrás dos talentosos atletas do Chelsea, desgastando-o e provocando o erro. Posse de bola, acurácia nos passes e movimentação, são, portanto, as chaves para mais um triunfo do clube londrino.