Colunas: Qual foi a melhor contratação dos últimos doze meses?

Dois dos pilares do atual Chelsea (Foto: Express)

Apesar de se esforçar ao máximo para que sua base mude pouco ao longo de cada temporada, José Mourinho vem olhando bastante para o mercado, visando que peças pontuais sejam acrescentadas ao elenco, tanto para chegar jogando quanto para compor. Nessa brincadeira, alguns jogadores importantes – proporcionalmente – chegaram e partiram.

Os nomes que deixaram o Chelsea não serão lembrados nessa coluna, até por uma questão de espaço. Mas fique atento, pois esse pode ser assunto para um próximo momento. Por enquanto, o foco será na proposta inicial, exemplificada no título.

Abaixo, será feito um breve resumo sobre cada uma das contratações relevantes feitas pelo Chelsea no espaço de um ano + alguns dias (janeiro de 2014 até hoje). Vamos lá.

Mohamed Salah: Após o Basel realizar um burburinho dentro do Stamford Bridge na Champions League da temporada, Mourinho cresceu os olhos sobre o talentoso winger Salah, que havia se destacado na ocasião.

A contratação aconteceu meses depois daquela partida, por cerca de 11 milhões de euros. O negócio até hoje parece injustificável, não pelo talento (ou falta dele) de Salah, mas sim pelas oportunidades escassas que o egípcio teve. Em um ano, 14 jogos e dois gols. Foi emprestado para a Fiorentina como parte do negócio que trouxe Cuadrado aos Blues. O futuro dele ainda é uma incógnita, mas é difícil imaginar que ele não seja um novo Marko Marin.

Kurt Zouma: Chegou por um valor alto (14 milhões de euros), principalmente por ainda ser uma promessa. Foi emprestado ao Saint Etienne logo após a compra, e em julho se juntou ao grupo para ser opção para a defesa.

Zouma: a promessa que estourou antes do esperado (Foto: Getty Images)

Logo nas primeiras oportunidades, demonstrou grande talento, inclusive colocando Cahill no banco de reservas nas últimas partidas. Tem um físico que o torna imponente, é veloz e apresenta bom tempo de bola para a realização de desarmes. Parafraseando Luís Roberto, é possível dizer que Zouma é um negro maravilhoso. Seu ótimo início dá a ideia de muitos anos vestindo a camisa do Chelsea.

Nemanja Matic: Os 25 milhões de euros mais rentáveis do futebol mundial nas últimas janelas, principalmente pelo alto preço pago por jogadores medianos/fracos. Matic voltou ao Chelsea após passagem apagada entre 2009 e 2011, e não apresentou problemas para demonstrar alto nível.

Apesar de ser um volante aparentemente lento, Matic é completo. Faz um trabalho defensivo impecável, que permite liberdade de jogo para Fàbregas e Oscar, além de também ajudar ofensivamente. Quando chegou aos Blues e jogou ao lado de Mikel, por exemplo, era ele quem mais aparecia no ataque.

Técnico, o sérvio é um volante que o Chelsea nunca teve, e que hoje em dia é peça rara no futebol. Até Essien, em seus grandes momentos, não era de uma complexidade tão evidente (apesar de estar próximo dela). Com apenas um ano de clube, o camisa #21 já é intocável nas escalações.

Matic voltou ao Chelsea para escrever história (Foto: Zimbio)

Didier Drogba: Marketing? Imagino que essa era ideia. O incrível é que acabou passando um pouco disso.

Drogba dispensa apresentações quanto a seu passado pelo clube, por isso focarei na passagem atual. O ídolo blue tem se mostrado extremamente útil, fazendo alguns gols importantes (Manchester United, Tottenham) e demonstrando bom nível. Além disso, ver um jogador de sua grandeza se contentar com a reserva é digno. Passou do marketing, com inclusive a sua renovação já sendo discutida.

Loic Remy: Tapa buraco no elenco, o atacante veio do QPR com um bom preço (10 milhões de libras) e também acabou superando as modestas expectativas que eram depositadas sobre ele. Fez três gols em oito jogos até o momento e, com a suspensão de Diego Costa, apareceu como reserva imediato, a frente de Drogba. Tem boa movimentação e sabe fazer gols. Deve continuar como opção para as próximas temporadas. Boa contratação.

Thibaut Courtois: Essa tem um asterisco. O goleiro não foi uma contratação, pois seu passe já era do Chelsea. As boas temporadas no Atlético de Madrid, clube onde estava emprestado e conquistou títulos, o credenciaram titularidade no Chelsea.

Não foi uma aquisição pontual, até porque Cech ainda é um goleiro top 5 do mundo e mostrou isso quando foi a campo nessa temporada. Mas a escolha do clube em utilizá-lo nessa temporada foi interessante por dois motivos. O primeiro é óbvio: com a insatisfação de ser visto como um jogador “emprestável”, Courtois poderia forçar saída, até porque interessados não faltariam. O outro é a convivência com Cech, goleiro vencedor que pode passar confiança para o jovem belga. É difícil imaginar que Courtois não seja titular por um longo tempo.

Filipe Luís: Mourinho teve extrema cautela para inserir Filipe no onze titular, Mas, quando isso aconteceu, o lateral-esquerdo que custou 15 milhões de libras se mostrou um reforço de peso.

Sólido na defesa e mais eficiente do que Azpilicueta no apoio, o brasileiro de 29 anos tem um estilo semelhante ao de Ashley Cole e deve ter alguns bons anos no Chelsea caso mantenha o nível atual. Pelo preço nem um pouco exagerado, também foi um bom negócio.

Diego Costa: O Chelsea necessitava de um matador, e ele veio na penúltima janela de transferências. Apesar do rótulo citado acima (“matador”), o hispano-brasileiro é muito mais do que a mídia vende.

A boa movimentação pelos lados, que permite a abertura de espaços e uma troca de passes eficiente alidada a sua facilidade de finalizar contra o gol e realizar bons dribles fazem de Diego Costa um atacante completo. Com 17 gols na Premier League, ele tem um perfil de ídolo, até por sua personalidade forte. Contratado por 32 milhões de euros, o atacante não necessitou de adaptação e vestiu a camisa do Chelsea com muita propriedade.

Cesc Fàbregas: Após ter contratação questionada, por conta de seu passado no Arsenal e a passagem não tão brilhante pelo Barcelona, Fàbregas encaixou como uma luva no Chelsea.

Eles chegaram para resolver (Foto: DailyStar)

Estigmatizado durante certo tempo como um jogador “preguiçoso”, que não cumpria tantas funções táticas, Cesc foi educado por Mourinho, e se tornou um jogador de muita colaboração. Ter Matic ao seu lado ajuda (e muito), é claro, mas o espanhol de fato tem se esforçado para agradar o chefe.

Se defensivamente ele vem fazendo um bom papel, ofensivamente nem se fala. Com 15 assistências e um futebol extremamente técnico, ele mudou drasticamente o estilo de jogo do Chelsea, que jogava com Ramires nessa mesma posição (segundo volante) na temporada passada. Um dos grandes negócios feitos pelo Chelsea na era Abramovich. 33 milhões de libras baratos.

Juan Cuadrado: Ainda não há análise. Tem tudo para dar certo, mas isso será visto em breve. Não entrará no meu “top” nos parágrafos seguintes, mas se eu tivesse que fazer uma previsão, ele estaria muito bem colocado. Boa sorte ao colombiano.

O texto já está ficando longo demais, e embora eu esteja me esforçando para que isso não aconteça, acaba sendo inevitável. Por isso, considerações breves: poucos negócios (diria apenas um) decepcionaram, e pelo menos três apresentaram nível absurdamente satisfatório. Abaixo, farei um “top” das aquisições que mais agradaram e foram vitais ao time, excluindo apenas Cuadrado. Convito o leitor a participar e também montar a sua ordem favorita. Abraços!

1º Nemanja Matic

2º Cesc Fàbregas

3º Diego Costa

4º Kurt Zouma

5º Thibaut Courtois (por qualidade estaria mais acima, mas por NECESSIDADE está aqui)

6º Filipe Luís

7º Loic Remy

8º Didier Drogba

9º Mohamed Salah

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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