Análise da Temporada 2011-12: Zagueiros

Terry e Luiz marcam juntos

Com o término da fantástica temporada 2011-12 para o Chelsea, onde fomos campeões da FA Cup e enfim da UEFA Champions League, as novidades aparecem aos poucos. Mas para não perder o ritmo, o Chelsea Brasil preparou uma série que irá ao ar às sextas com a análise de cada jogador do clube na temporada, com um post por cada posição.

ANÁLISE DOS GOLEIROS

ANÁLISE DOS LATERAIS

John Terry

Na sua 15ª temporada pelo clube, John Terry mais uma vez foi capitão e titular absoluto do time, mesmo com problemas extra-campo, como uma atuação de um suposto ato de racismo por parte de Aston Ferdinand, zagueiro do QPR. O único porém de sua ótima temporada foi a expulsão infantil diante do Barcelona, em Camp Nou, que fez o Chelsea jogar o resto da partida com um a menos e deixou o camisa 26 de fora da grande final.

Ainda assim, o time foi campeão e Terry enfim trouxe o título que faltava para sua carreira, também curando a ferida que ficou aberta desde 2008, quando o mesmo desperdiçou o pênalti decisivo da outra final. Ele recebeu a medalha com muita justiça: grandes atuações diante de Napoli, Benfica e do próprio Barcelona, no jogo de ida, garantiram a estadia do time na competição.

Na FA Cup, ergueu a taça ao ser titular na final contra o Liverpool, tendo uma boa atuação. Anotou 7 gols na temporada, sua melhor média desde 2005-06, sendo titular absoluto com os dois treinadores que passaram pelo Chelsea. Só não fechou com chave de ouro por causa mesmo da expulsão no lance com Sanchéz, algo que quase botou tudo a perder na temporada, mas no fim, será lembrado pelo pedido de desculpas do capitão em partida contra o QPR.

Duas atuações das mais memoráveis foram também contra o Tottenham, no empate por 1×1 pela Premier League e na vitória por 5×1 na FA Cup, onde John salvou chances claras, em cima da linha, de Adebayor marcar.

Melhor Momento

A cabeçada fulminante que fez o Chelsea empatar o placar agregado contra o Napoli, em Stamford Bridge, após escanteio de Lampard. O time venceria por 4×1 e reverteria o resultado, avançando às quartas. Terry não esteve na derrota, no jogo de ida, e sua grande atuação no jogo de volta foi fundamental para a vitória do Chelsea.

Pior Momento

A desnecessária agressão sobre Alexis Sanchéz não só tirou John Terry da grande final em Munique, quanto quase colocou tudo a perder em Camp Nou. Felizmente, Ivanovic e Bosingwa, improvisado na zaga, brilharam e o time conseguiu ir à final.

Números

44 jogos
7 gols

Nota: 8,0

David Luiz

Foram alguns erros em avanços desnecessários para o ataque que levaram David Luiz a ser duramente criticado pela imprensa britânica. Mas no geral, do inicio ao fim, o zagueiro fez mais uma consistente temporada pelos Blues, e mesmo jogando sem condições, disputou a grande final em Munique, convertendo o segundo pênalti cobrado pelo Chelsea.

Começando a temporada na reserva de Alex, Luiz logo ganhou sua vaga com AVB e também liberdade para ir ao ataque tentar gols, como o marcado diante do Bayer Leverkusen, na estreia da Champions. No entanto, alguns erros, aliados ao esquema exposto e mal protegido do time renderam duras críticas à Luiz.

Com a chegada de Roberto Di Matteo e a armação de um time mais consistente e bem protegido, Luiz passou a mostrar todo seu futebol. Se na partida de ida contra o Napoli, na Itália, ele cometeu o erro infantil que causou o terceiro gol do time italiano, no jogo de volta, na vitória por 4×1, teve uma atuação soberba, anulando o ataque napolitano.

Na vitória por 1×0 em Portugal, diante do Benfica, teve outra belíssima atuação. Se machucou nas semis da FA Cup, contra o Tottenham, e perdeu a final. Ficaria de fora também dos confrontos contra o Barcelona, e quase, da final em Munique.

No entanto, Luiz “recuperou-se” e foi a campo no grande jogo contra o Bayern de Munique. Confessando após a partida ter jogado sem condições físicas, o brasileiro teve uma grande atuação e para coroar tudo, converteu seu pênalti na disputa no fim. No final, merecidamente, comemorou demais.

Melhor Momento

O pênalti forte, no ângulo, batido na final da Champions League, contra o Bayern. Além de coroar uma excelente atuação, David Luiz recuperou o time, que havia perdido com Juan Mata sua primeira cobrança.

Pior Momento

O erro de saída de bola que resultou o terceiro gol do Napoli, na Itália, quase pôs tudo a perder. No entanto, ele se recuperou e teve grande atuação no jogo de volta.

Números

38 jogos
3 gols

Nota: 8,0

Gary Cahill

Toda a novela para a contratação de Cahill, junto ao Bolton, que se arrastou do Natal até o começo de Janeiro se justificou quando o zagueiro inglês mostrou sua qualidade nos momentos decisivos. Se em suas primeiras partidas deu mostras de ser um zagueiro comum, Cahill cresceu demais.

Entrou durante a semi-final contra o Tottenham, após lesão de David Luiz, e teve atuação soberba, anulando todo o lado esquerdo dos Spurs na vitória por 5×1 – o jogo ainda estava 2×1. Seu ápice veio na partida de ida contra o Barcelona, onde teve uma atuação excepcional e garantiu o zero no placar visitante.

No jogo de volta, uma lesão quase frustrou seus planos na temporada. No entanto, recuperou-se a tempo de jogar a final, em Munique, a exemplo de David Luiz. Com uma atuação espetacular, incluindo uma intervenção de peito evitando o gol de Mário Gómez, no segundo tempo da prorrogação.

Em seis meses, Cahill saiu do rebaixado Bolton para ser campeão da UEFA Champions League, além da FA Cup. É só o começo de uma trajetória que tem tudo para ser brilhante com a camisa azul.

Melhor Momento

A intervenção que impediu o gol de Mário Gómez, na prorrogação da final da Champions em Munique. Uma amostra da grande atuação de Cahill.

Pior Momento

Exposto demais no esquema de AVB, Cahill sofreu em jogadas de velocidade e teve uma atuação preocupante na partida contra o Birmingham, na FA Cup, em um de seus primeiros jogos. Foi uma má impressão que logo passou.

Números

18 jogos
2 gols

Nota: 8,0

Branislav Ivanovic

A suspensão na grande final em Munique em hipótese alguma diminuí a grande participação de Ivanovic na campanha do clube na temporada, a sua 5ª pelo clube. Mesmo após excelentes temporadas no Chelsea, o sérvio começou na reserva de José Bosingwa, que era compatriota do treinador Villas-Boas.

Ivanovic só voltou a ser titular absoluto quando Roberto Di Matteo assumiu a equipe. E aí o futebol do defensor, que atuou tanto na lateral quanto na zaga, voltou a aparecer. Inclusive com gols decisivos: na prorrogação da vitória contra o Napoli, por 4×1, o mais importante.

Chegou a marcar dois contra o Aston Villa e seguiu jogando as partidas decisivas da temporada. Duas gigantescas atuações contra o Barcelona e a excelente final contra o Liverpool, na FA Cup, estão entre suas maiores contribuições para o clube em sua passagem de meia-década pelo Chelsea.

Suspenso da final em Munique, Ivanovic comemorou seu título inédito da mesma forma.

Melhor Momento

O lindo gol contra o Napoli, na prorrogação da partida em Stamford Bridge: 4×1 e a vaga era do Chelsea, após bela jogada entre Ramires e Drogba.

Pior Momento

No jogo de ida contra o Napoli, deu muitos espaços para o time italiano atacar. As coisas mudariam com a efetivação de Di Matteo.

Números

45 jogos
5 gols

Nota: 9,0

Alex

Alex até começou sua quinta temporada pelos Blues como titular, recebendo a confiança de AVB. No entanto, falhas graves nos jogos iniciais levaram o brasileiro ao banco de reservas. Foi utilizado em jogos da Carling Cup e seguiu falhando, com expulsões e pênaltis.

Enviou um pedido de transferência, em Dezembro, que foi aceito por Villas-Boas. Acertou com o PSG em seguida. Deixou o Chelsea pela porta da frente, pelo menos levando em consideração o respeito da torcida pelo zagueiro que teve ótimos momentos no clube.

Nota: 4,0

Sam Hutchinson

O maior feito de Sam Hutchinson na temporada foi simplesmente voltar aos gramados, após estar praticamente aposentado por causa de uma gravíssima lesão. A luta do jovem, que voltou a jogar e atuar pelos Reserves, foi reconhecida por Di Matteo, que o utilizou em duas partidas do time.

Ele chegou a ser cotado para ficar no banco da final em Munique, algo que não aconteceu. Mas, ainda jovem, Sam pode ter um futuro brilhante a frente do clube. Caso as lesões não voltem a atrapalhar

Nota: 5,5 (8,0 pela perseverança)


Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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