Depois de meses de especulação e rumores, finalmente, o novo proprietário do Chelsea foi definido. Nesse sentido, o consórcio liderado pelo norte-americano Todd Boehly sucederá Roman Abramovich no comando administrativo do clube londrino. Mesmo com uma proposta surpresa feita na manhã desta sexta-feira (29), o cenário acabou permanecendo quase que igual.
Em outras palavras, a oferta feita por Sir Jim Ratcliffe nesta manhã acabou não sendo considerada. Enquanto que, nesse ínterim, os outros dois consórcios finalistas (de Stephen Pagliuca e de Martin Broughton) foram informados de que não haviam sido selecionados.
Na sequência, a expectativa é de que Boehly comece conversas especiais com o conselho do clube e com o banco Raine para ajustar tudo nos mínimos detalhes. E, então, finalizar o processo. A proposta do norte-americano chamou muita atenção, da mesma forma, dos torcedores dos Blues – principalmente pela abertura ao diálogo com membros da torcida e figuras históricas do clube, bem como pela consideração das agendas do clube em relação às pautas sociais.
Agora, o Chelsea avançará nas conversas não apenas com o consórcio, mas também com o governo britânico para obter a licença necessária para finalizar a venda.
Fatores de alerta para o novo comandante
Desde as sanções, os Blues não estão realizando muitas movimentações. De qualquer natureza – desde venda de produtos às negociações com jogadores e patrocinadores. Dessa forma, a transição de comando no clube deverá ter atenção para a retomada das atividades de forma plena. Em especial no que diz respeito aos contratos dos jogadores e jogadoras que fazem parte do plantel do Chelsea.
Muitos contratos vencem nesta janela ou na próxima, o que pode significar que jogadores sairão de graça do clube. Ou seja, não haverá lucro. Enquanto que, por outro lado, o dinheiro com a venda dos jogadores é vital para contratar suas reposições. Portanto, a questão dos contratos que têm vencimento próximo é um dos pontos que devem ser atendidos por Boehly e seu grupo.
Mais ainda, é importante que haja diálogo direto com Thomas Tuchel, Emma Hayes e até mesmo com os treinadores das categorias de base. Com isso, os investimentos serão direcionados às peças que os treinadores realmente precisam para fortalecer seu elenco, e não simplesmente por oportunidade de mercado. Em tempos recentes, é ainda mais nítido perceber que o plantel do Chelsea tem muitos jogadores, porém, nem todos têm impacto ou são utilizados com frequência, uma vez que não atendem às necessidades dos treinadores.
Janela de transferências de verão
Com o fim da temporada se aproximando, uma nova janela de transferências entrará em vigor. E será especial por ser a primeira dos Blues sob um novo comando. Além disso, será importante porque demandará a reposição de jogadores como Antonio Rüdiger, que deixará o clube ao fim da temporada, e outros que também podem deixar o oeste de Londres nos próximos meses.
Como sempre, a figura de Marina Granovskaia atrai atenção nesses momentos e, portanto, deve estar dentre as prioridades de Boehly e seu grupo. Por mais que não seja certa a permanência da russa, a expectativa é de que ela lide com as transferências neste verão. Em primeiro lugar, por ela ser a referência dentro do clube. Mas também pela boa relação que tem com Tuchel, de modo que ela também pode fortalecer os pedidos do treinador para reforçar o plantel na próxima temporada.
Busca por novos patrocinadores
Logo depois do anúncio das sanções, o patrocinador master dos Blues, a Three UK, demandou que a equipe não utilizasse mais seu logo na camisa e se mostrou favorável às sanções ao clube. Por questões logísticas, a marca seguiu estampada na camisa do Chelsea, porém, sem dúvidas, houve um desgaste na relação entre clube e patrocinador. Da mesma forma, a Hyundai também cortou o patrocínio do clube.
Nesse sentido, a busca por novos patrocinadores para o uniforme se torna um fator central. Pode ser que Boehly busque retomar os antigos patrocínios ou – e o que faz mais sentido – busque novos patrocinadores para os Blues. Tendo experiência no cenário de esportes dos Estados Unidos, em dúvida, o novo proprietário do Chelsea sabe o quanto patrocinadores são importantes. Em especial pela troca de exposição e crescimento de imagem ao redor do mundo.
Portanto, o processo está perto de seu fim. Agora, falta apenas a conclusão das conversas diretas do grupo liderado pelo norte-americano com representantes do Chelsea e do Raine para acertar os ajustes finais. Com isso, o clube poderá ter um pouco mais de certezas e seguranças para este fim de temporada e para o futuro próximo.