Hayes incomodada com erro de arbitragem

Emma Hayes questiona ausência do VAR na WSL

Diante do gol de Beth Mead na vitória do Arsenal por 3-2 contra o Chelsea Women no último fim de semana, Emma Hayes questionou a introdução do VAR na Super League Feminina. A fala da treinadora blue veio após a arbitragem errar e validar um tento impedido das adversárias.

Erro definiu vitória das rivais

O lance em questão aconteceu na segunda etapa do dérbi. Mead estava claramente impedida após receber passe em profundidade. Na sequência ela tirou Ann-Katrin Berger do lance e chutou para gol vazio, marcando 3×1 no placar.

Em síntese, ainda durante o segundo tempo, Hayes mexeu na equipe colocando Fran Kirby, Sam Kerr e Sophie Ingle buscando equilíbrio da partida. Contudo, as gunners venceram o duelo graças ao gol irregular de Mead (Pernille Harder chegou a descontar para 3-2). Embora o erro de arbitragem tenha sido capital, não esconde a performance ruim do Chelsea: as três zagueiras ficaram perdidas do início ao fim.

O que Emma disse

“Vendemos o nosso jogo por pouco… Sinto vontade de não tê-lo no futebol feminino”, disse a comandante blue após a partida contra as Gunners.

Hayes incomodada com erro de arbitragem
Emma Hayes deve ficar desapontada com seu pedido de inclusão do VAR em Super Liga Feminina (Foto: Getty Images)

De pronto, a treinadora fez um apelo pela introdução do VAR, pois acredita que há a desvalorização de atletas e dirigentes do futebol feminino, como se fossem “cidadãos de segunda classe” com a ausência de tal tecnologia: 

“O lado positivo é que há gols, torcedores, um fim de semana brilhante para o futebol feminino, houve bons públicos. O negativo é que, ao colocar nosso produto em um lugar tão bom, na Sky em particular, significa que todos estão se perguntando: ‘Bem, por que não temos a tecnologia goal-line e por que não temos o VAR?’. Eu ouvi antes do jogo que havia conversas sobre isso e não é uma prioridade porque é muito caro. Bem, acho que vendemos nosso jogo por pouco, porque todos nós nos acostumamos com VAR e tecnologia de gols e não tê-los no jogo feminino nos faz sentir como cidadãos de segunda classe” lamentou, à Sky Sports. 

Sem previsão para ter o árbitro de vídeo

Apesar do clamor de Hayes, a Football Association não programa incluir rapidamente a tecnologia de vídeo. devido à contratempos logísticos da competição. Isso porque as equipes da Women’s  Super League (WSL) jogam em estádios da Liga Nacional – como o West Ham em Dagenham e Redbridge – que não podem acomodar o VAR.

Ademais, acredita-se que o custo amplo de instalação seria alto/superior à renda financeira para os clubes nesta fase do desenvolvimento do futebol feminino.

Importância do árbitro de vídeo

O VAR é uma escolha clara. Uma ferramenta de fácil avaliação do esporte. Todavia, a ausência dessa ferramenta no futebol feminino já é repercutido há datas anteriores, em outros lugares e torneios mundiais. De certo, a FIFA deve enfatizar seus reforços para promover a igualdade entre os sexos no esporte.

Uma das vozes a reforçar a fala de Hayes é a multicampeã pela Seleção dos Estados Unidos, Megan Rapinoe. Ela reitera que a FIFA não liga para o futebol feminino do mesmo modo em que é feito com o masculino:

“Não quero dizer que toda ou qualquer coisa tenha que ser igual. Compreendo que, comercialmente o futebol masculino é maior e traz mais dinheiro, Mas há coisas que deixam bem claro que eles não ligam para nós ou na verdade nem mesmo pensam em nós”, disse.

Toda a logística envolta por trás do uso de árbitro de vídeo se delonga por datas de modo que o problema se torne mais amplo a ponto de prejudicar a administração do futebol feminino no cenário atual, como no caso da WSL. Por fim, mais uma prova do prejuízo pela ausência do VAR foi vista na Women’s Champions League.

Nesta quarta-feira (8) o Real Madrid teve um gol anulado após a arbitragem assinalar impedimento contra o Manchester City. Todavia, o erro claro por pouco não prejudicou o time espanhol, que avançou para a Fase de Grupos da competição, eliminando as citizens.

Category: Chelsea Football Club

Tags:

Article by: Thaynara Siqueira