Quando Chelsea e Everton foram a campo, na manhã desse domingo (8), pela FA Women’s Super League, as Blues tinham em mente a vitória e nada menos do que isso. Também poderia existir uma revanche pela eliminação na Women’s FA Cup 2019-2020, no mês de setembro. Em suma, houve goleada por 4×0, três pontos e mais um recorde para as comandadas de Emma Hayes.
A partida realizada em Kingsmeadow marcava o retorno do Chelsea a campo pelo Campeonato Inglês. Isso porque o último jogo na competição foi no distante 11 de outubro, antes da pausa para o calendário internacional. E parece que o tempo longe da FAWSL deixou o elenco londrino com mais vontade: vitória incontestável diante de um rival direto pelo título.
Retorno de England e goleada coletiva
Todavia, apesar do placar elástico, o Everton iniciou a partida pressionando a saída de bola na defesa do Chelsea. E ainda viu Ann-Katrin Berger errar na reposição de bola, quase entregando o gol às adversárias. Mas então Sandy MacIver – que é uma das principais responsáveis pela boa fase das Toffees – retribuiu a falha de Berger, a bola caiu nos pés de Ji So Yun e a sul-coreana balançou as redes.
Era o gol necessário para dar a tranquilidade ao Chelsea, ainda antes de 20 minutos jogados. Com a vantagem no placar, a equipe manteve a postura paciente, trocando passes e aguardando a hora de atacar. Na etapa final o placar foi ampliado. Bethany England anotou dois gols – o primeiro numa jogada espetacular de Pernille Harder e Melanie Leupolz – e a própria Harder decretou a vitória no último lance, com mais um belo tento. Veja a seguir:
WOW. 🎯@PernilleMHarder finds top bins. 🗑
What a finish!#BarclaysFAWSL pic.twitter.com/CFOSvMrxXp
— Barclays FA Women’s Super League (@BarclaysFAWSL) November 8, 2020
Dois encontros e resultados distintos
Esse foi o segundo confronto entre Chelsea e Everton na temporada 2020/2021. Então, o que mudou em relação aquela derrota na Women’s FA Cup? Basicamente, o que Hayes já havia criticado: a necessidade de converter as chances. Naquele jogo de mata-mata as Blues criaram mais e pouco fizeram. Hoje, comandaram as ações de jogo, trocando passes e marcando bem. Quando subiram ao ataque, definiram o placar.
Um dos méritos de Hayes é a leitura de jogo. Ela montou a equipe titular com Sophie Ingle, Leupolz e Ji no meio-campo. Ou seja, um meio mais reforçado, algo que não aconteceu naquela fatídica partida da FA Cup. Hoje, Ingle atuou defensivamente (na função comumente exercida por Leupolz), deixando as companheiras mais livres ofensivamente, tanto que a camisa 8 deu a assistência pro primeiro gol de England. É importante destacar também a partida de Jonna Andersson na lateral-esquerda.
Geralmente o elo mais fraco da equipe, ela repetiu o bom desempenho da Continental Cup e brilhou na lateral-esquerda, surgindo como opção ao setor. Mas no geral, o Chelsea de Hayes não muda. Ou seja, é um grupo. Inevitavelmente a qualidade de England, Harder, Ji e companhia aparecerão. Contudo, o resultado é sempre coletivo. Todas jogam para todas. Justamente por isso o resultado de domingo significa também a 26ª partida sem perder na FAWSL. Tal número representa o novo recorde na história do Chelsea Women.
Cenário da FAWSL e dérbis pela frente
Por fim, o Chelsea ainda viu o Manchester United vencer o Arsenal por 1×0 e assumir a liderança com 16 pontos. Na próxima rodada, as Blues podem colocar no topo da tabela. Mas para isso precisam vencer as Gunners fora de casa no dia 15 de novembro – próximo domingo – e torcer por um tropeço do United, que enfrenta o Manchester City.