A pré-temporada do Chelsea e a janela de transferências na Premier League foram encerradas nesta semana. Com quatro vitórias (uma sobre o Barcelona), dois empates e uma derrota, o balanço neste início de temporada é positivo.
Durante os sete jogos preparativos que os londrinos disputaram, Frank Lampard foi capaz de analisar quais jogadores serão úteis ao elenco e quais são negociáveis.
A negociação mais surpreendente foi a ida de David Luiz ao Arsenal no último dia da janela. Além dele, Drinkwater foi emprestado ao Burnley e Kenedy permaneceu no elenco.
Colocado isso, fique agora com uma análise destas movimentações do clube londrino.
David Luiz pula o muro para o rival londrino
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O torcedor foi pego de surpreso quando o brasileiro pediu para ser negociado ao Arsenal. O zagueiro assinou uma renovação de contrato na temporada passada e não dava indícios de querer sair. O acordo era histórico, pois o Chelsea raramente oferece extensões longas a atletas com mais de 30 anos.
Isso mudou com a chegada de Lampard. Desde o início, ele mostrou estar disposto a fazer uma renovação no elenco, e David Luiz não parecia estar nos planos dele. O zagueiro não entrou na última partida da pre-temporada, indicando que a dupla titular para o jogo contra o Manchester United seria Christensen e Zouma.
Com a oportunidade de ser titular absoluto e poder ser a solução do sistema defensivo dos Gunners, ele não hesitou em pedir para ser negociado. Agora, está novamente com Unay Emery, seu antigo treinador no PSG. O valor pago pelo Arsenal no mercado atual (oito milhões de libras) mostra que ele não queria mais defender os Blues e os dirigentes do clube não queriam um jogador insatisfeito no plantel.
Com essa saída, a equipe perde um de seus mais valiosos líderes. Do elenco, era um dos mais influentes e vocais, e sua presença seria importante para amenizar possíveis crises e críticas aos jovens jogadores. Além disso, o time deixa de ter um zagueiro com ótima saída de bola e uma ameaça no jogo aéreo ofensivo, além do óbvio, estar reforçando o rival.
Entretanto, nas duas passagens por Stamford Bridge, o zagueiro provou ser inconstante. Tanto torcida quanto mídia o criticam por estar constantemente fora de sua posição, comprometendo a defesa.
A direção parece ter comprado a ideia de Lamps sobre rejuvenescer o elenco. O técnico reiterou o desejo de utilizar Zouma (cedido ao Everton na temporada passada) e aposta no jovem Tomori como um reserva que deve ganhar muitas oportunidades.
Além deles, contamos com Rudiger, que vem de ótima temporada, e Christensen. Esses quatro devem dar conta do recado. As possíveis lesões neste setor podem deixar a equipe com um número muito restrito de zagueiros, sendo necessário assim apelar para a improvisação de Azpillicueta novamente como zagueiro.
Drinkwater vai, Kenedy fica, Bakayoko e Zappacosta…
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O novo comandante deixou claro que Danny Drinkwater não seria aproveitado. A diretoria entendeu o recado e o mandou por empréstimo, até janeiro, ao Burnley, onde deve receber mais minutos e provar que pode ser uma peça importante no futuro dos Blues. A movimentação pode valoriza-lo, sendo mais fácil recuperar o dinheiro investido no volante campeão inglês pelo Leicester City.
Quem convenceu o técnico que merece ficar é o brasileiro Kenedy. O jogador estava perto de um acerto com o Reading, mas recusou a proposta de empréstimo.
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Tiemoue Bakayoko segue como uma incógnita. Com a saída de David Luiz, o Chelsea não ira ultrapassar o limite de estrangeiros por clube no Campeonato Inglês, mas em torneios europeus, um deve ser deixado de fora.
O volante francês não passou na nota de corte de Lampard e a diretoria busca negociá-lo. Com um salário na casa de 100 mil libras semanais, ele só deve sair caso os Blues paguem parte da sua remuneração.
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Quem está em situação parecida é o lateral Zappacosta. Como a janela na Europa fica aberta por mais um mês, estes jogadores ainda podem deixar o elenco, reduzindo o plantel mas fortalecendo os escolhidos de Lampard.