Brasileiros que atuaram pelo Chelsea

Por Rodrigo Quinan, atualizado por Wladimir de Castro Rodrigues Dias

A cada dia que passa, no futebol globalizado, aumenta o intercâmbio de jogadores ao longo do mundo. Se, no passado, a Premier League praticamente não contava com estrangeiros, hoje sua presença é cada dia mais frequente. Dessa forma, o número de brasileiros só aumentou na Terra da Rainha e, consequentemente, no Chelsea. Assim, é tempo de lembrar os brasileiros que passaram por Stamford Bridge e os que seguem em Londres.

Emerson Thomé foi o primeiro brasileiro do Chelsea (Foto: Placar)
Emerson Thomé foi o primeiro brasileiro do Chelsea (Foto: Placar)

Emerson Thome, o primeiro brasuca da história dos Blues, nasceu em Porto Alegre e foi revelado pelo Internacional, em 1992. Sem espaço, o zagueiro gaúcho partiu rumo ao Futebol Português, onde atuou por várias equipes, entre elas o Benfica, onde também não teve espaço. Seu melhor momento em Portugal foi jogando no modesto Tirsense, de onde recebeu a alcunha de “Paredão”. Foi para outro clube modesto, desta vez, na Inglaterra, o Sheffield Wednesday. O apelido de “Paredão” foi simplesmente traduzido para “The Wall”. Zagueiro Forte, foi destaque marcando gols na boa participação do time na F.A Cup de 1998, que rendeu sua contratação ao Chelsea.

Chegou aos blues em 1999 por 2.7 milhões de Euros. Na época, a zaga do Chelsea era composta pelos franceses Marcel Desailly e Frank Leboeuf, Campeões do Mundo na Copa recém realizada no país natal dos franceses. Emerson não conseguiria beliscar uma vaga na zaga titular.

Thome jogou apenas 21 jogos pelo Chelsea, permanecendo 9 meses. Tendo atuado apenas na primeira partida da temporada 2000-2001, foi vendido por 4 milhões de euros para o Sunderland, quantia considerável, levando em conta o dinheiro que o Chelsea pagou pelo jogador que foi reserva.

Emerson seguiu jogando em times médios da Inglaterra e encerrou a carreira no Vissel Kobe, do Japão, em 2007. O desconhecido “Paredão” foi o primeiro brasileiro a vestir a camisa do Chelsea.

Alex foi o reserva imediato de Terry e Ricardo Carvalho (Foto: Getty Images)
Alex foi o reserva imediato de Terry e Ricardo Carvalho (Foto: Getty Images)

Alex chegou ao Chelsea em 2004, mas, devido à ausência do visto de trabalho, só começou a jogar em 2007. Revelado pelo Santos, foi um dos Meninos da Vila que renderam ao time da Vila Belmiro a conquista do Campeonato Brasileiro em 2002 e 2004. O Chelsea o comprou em 2004 e o emprestou para o PSV da Holanda, onde foi logo apelido de “The Tank”, pela estatura física, e se tornou um dos destaques do Campeonato Holandês, com a firmeza na zaga e o bom instinto de goleador.

Finalmente nos blues, Alex recebeu a camisa 33, e foi reserva imediato da dupla John Terry e Ricardo Carvalho. Alex quase sempre atuou com regularidade no Chelsea, mesmo no tempo que foi reserva, devido as lesões de Terry e principalmente de Carvalho, no forte e disputado Campeonato Inglês.  Mesmo com a chegada de Felipão, compatriota, Alex seguiu na reserva, uma vez que Ricardo Carvalho foi zagueiro de Scolari na Seleção Portuguesa.

Foi com Guus Hiddink que Alex começou a despontar como um dos grandes zagueiros da Europa. Muita firmeza na zaga e a boa subida ao ataque. E os gols de falta da época de Santos e PSV também apareceram no Chelsea, especialmente em clássicos contra Liverpool (2009, Champions League) e Arsenal (2010, Premier League). Dois gols incríveis que não saem da memória do torcedor azul.

Com a saída de Ricardo Carvalho para o Real Madrid em 2010, Alex foi enfim efetivado como titular – vaga que já ocupava há algum tempo com as lesões de Carvalho. E não desapontou. Alex é jogador de confiança da torcida azul, foi campeão da Copa América de 2007 pela Seleção Brasileira, e pelos blues ganhou 2 títulos da F.A Cup, 1 da Premier League e 1 do Community Shield.

Hoje, após passagem boa pelo PSG, Alex atua no Milan.

Belletti chegou como opção para a lateral, mas se destacou no meio (Foto: Getty Images)
Belletti chegou como opção para a lateral, mas se destacou no meio (Foto: Getty Images)

Juliano Belletti chegou em 2007, vindo do Barcelona, para solucionar o problema da lateral direita. Mas foi no meio, jogando de volante, a posição onde Belletti mais atuou pelo Chelsea. Belletti foi revelado pelo Cruzeiro e envolvido em uma troca com o São Paulo, que o emprestou para o Atlético-MG, por onde fez um ótimo Campeonato Brasileiro em 1999. Depois de boa passagem pelo Villarreal, foi vendido para o Barcelona. Sua maior glória veio no ano de 2002: Sagrou-se Pentacampeão com a Seleção Brasileira, sendo o reserva de Cafu na campanha.

O jogador, colecionador de títulos, foi reserva no time de estrelas do Barcelona. Mas o destino parece sempre reservar algo para Juliano Belletti. Na final da Champions League de 2006 contra o Arsenal, com Ronaldinho Gaúcho e Deco apagados, coube a Belletti, fazer o gol do título na virada por 2×1. O histórico gol rendeu a Belletti um lugar glorioso na história do Barcelona, sendo sempre aplaudido quando volta ao Camp Nou.

Chegando ao Chelsea no ano seguinte, por indicação de Mourinho, recebeu a camisa 35. O jogador não chegou a se firmar na lateral direita (tanto que Michael Essien, improvisado, acabou por ser o titular), mas como um importante jogador de reposição, que dava velocidade ao time no Segundo Tempo e tinha um poderoso chute, marcando alguns gols e proporcionando gols que vinham de rebotes de seus arremates. Na Era Felipão, ganhou ainda mais moral como volante, marcando um gol histórico contra o Tottenham. Um chute violento e inacreditável do meio campo.

Era normal a torcida gritar “Shoot” quando Belletti pegava na bola. Na histórica virada contra o Stoke City, Belletti igualou o marcador de cabeça, aos 42, para Lampard virar aos 48. Ganhou os mesmos títulos que Alex pelos blues.

Belletti jogou 94 jogos pelo Chelsea, marcando 5 gols. Sua última temporada foi marcada por lesões, mas contribuiu para a conquista do Double sendo um bom reserva. Quando saiu, emocionou-se com a homenagem recebida pela torcida e pelo clube, postando no twitter. Aliás, Belletti foi o informante de Stamford Bridge para os brasileiros, sempre postando em seu twitter o que acontecia nos bastidores.

Belletti foi para o Fluminense, e com o título brasileiro de 2010, completou inacreditáveis 22 títulos na carreira, sendo campeão em todos os clubes que passou, a exceção do Villarreal. O sentimento geral da torcida azul por Belletti é de gratidão.

Deco chegou com status de craque (Foto: Getty Images)
Deco chegou com status de craque (Foto: Getty Images)

Deco chegou em 2008, junto com Felipão, com status de estrela. O ex-jogador do Barcelona e do Porto começou a Premier League muito bem, fazendo bonitos gols. Mas assim como toda equipe, decaiu naquele ano. Ancelotti pediu para mantê-lo no elenco, na temporada 2009/2010, e Deco correspondeu.

Apesar de nunca ter jogado tudo o que se esperava, a participação de Deco foi razoável. Foi um bom reserva, que inclusive atuou de volante quando o time teve muitos desfalques na temporada, com destaque para o jogo onde os blues ganharam de 2×1 do Manchester United, em Old Trafford. Partida determinante para o título.

Deco jogou 43 jogos e fez 5 gols pelo Chelsea. Completou 100 participações na Champions League, pelo Chelsea – participou também pelo Porto e pelo Barcelona – contra o Atlético de Madrid, em 2009.

Deco é naturalizado português, estrela da Seleção de Portugal, inclusive marcando um gol contra o Brasil, sua verdadeira pátria. Jogou as Copas de 2006 e 2010. Deco, que nasceu em São Bernardo dos Campos, sempre admitiu que sua primeira nacionalidade é a brasileira, portanto, consideramos mais um brasileiro que atuou pelos blues, apesar de não ter defendido nossa seleção.

Deco deixou o Chelsea no fim da temporada 2009-2010, faturando o Double como principal título, e foi para o Fluminense, junto com Belletti, para conquistar o Campeonato Brasileiro de 2010.

Mineiro foi o pior brasileiro do Chelsea (Foto: Carl de Souza/AFP)
Mineiro foi o pior brasileiro do Chelsea (Foto: Carl de Souza/AFP)

Mineiro começou em times pequenos de São Paulo, ganhando destaque na Ponte Preta, que rendeu sua contratação pelo São Caetano, na época que esse era um forte time de Série A. Levou o Paulistão de 2004 para o ABC Paulista, na maior conquista da história do azulão (talvez junto com os Vices da Libertadores em 2002, e dos Brasileiros em 2000 e 2001)

Após ótimas participações pelo São Caetano, chegou ao São Paulo em 2005 e entrou pra lista dos históricos jogadores do clube. Sagrou-se campeão da Libertadores no primeiro semestre, no ótimo time armado por Paulo Autuori. E no Mundial, em Dezembro, o maior momento de sua carreira.

Contra o poderoso Liverpool, o São Paulo surpreendeu e sagrou-se campeão do Mundo pela terceira vez em sua história. O gol foi marcado justamente por Mineiro, após lançamento de Aloísio, marcando um dos gols mais importantes da história do São Paulo.

A boa fase do volante rendeu até Copa do Mundo. Em 2006, foi convocado por Parreira, após lesão de Edmílson, e ficou na reserva. Em 2007, deixou o São Paulo e foi para o Hertha Berlim. Durante essa época, conquistou a admiração de Dunga, que era treinador da Seleção Brasileira, e o convocou em várias oportunidades, mesmo sendo um jogador velho e defensivo. Sagrou-se campeão da Copa América de 2007, junto com Alex. Foi titular em todos os jogos da competição.

Chegaria ao Chelsea em 2008, por indicação de Felipão, após a terrível notícia de que Essien estaria fora por quase toda a temporada. A torcida se animou, pois se tratava de um jogador que derrubou o rival Liverpool em uma grande decisão.

Mas Mineiro não rendeu nada no Chelsea. Entrou no fim da goleada por 5×0 no Sunderland e em uma partida na Carling Cup contra o Burnley, e apenas isso. De resto, participações pelo Reserves Team. Foi dispensado e assinou em 2009 com o Schalke. Atualmente, encontra-se aposentado.

Ramires foi importante na Champions de 2011-2012 (Foto: Getty Images)
Ramires foi importante na Champions de 2011-2012 (Foto: Getty Images)

Ramires começou no Joinville e foi para o Cruzeiro. Lá, foi um dos grandes destaques nacionais, sendo um volante de muita velocidade que rendeu ao Cruzeiro dois Campeonatos Mineiros e boas campanhas na Libertadores e no Brasileiro. Foi vendido para o Benfica após perder a final da Libertadores para o Estudiantes.

Em Portugal, sagrou-se campeão português e com um ótimo futebol, foi cobiçado por outros gigantes da Europa. Jogou a Copa do Mundo de 2010, e há quem diga, que caso ele não desfalcasse o time contra a Holanda (ele possivelmente entraria no lugar de Felipe Melo, o vilão do jogo), o resultado seria diferente.

O Chelsea acabou vencendo a concorrência com Real Madrid e foi anunciado por 22 milhões de euros no meio de 2010. Ganhou a camisa 7, histórica na Inglaterra.

Foi marcado por um começo irregular, inclusive, perdendo a bola no gol da derrota para o Manchester City por 1×0. Mas aos poucos, Ramires foi evoluindo, mesmo sem brilhar, começou a mostrar certa regularidade. Na vitória por 2×0 contra o Arsenal, também pela Premier League, foi uma das melhores figuras em campo.

Com a lesão de Mikel, Ramires seguiu como titular seu futebol evoluiu com a adaptação à intensidade da Inglaterra. Ramires integrou a Seleção Olímpica de 2008, que conquistou o bronze com Dunga, admirador do seu futebol.

Em 2012 tornou-se figura ímpar na história do Chelsea, marcando um gol vital contra o Barcelona que ajudou imensamente o clube a conquistar sua primeira UEFA Champions League. Hoje, apesar de ter perdido um pouco de seu espaço na equipe, é tido por José Mourinho como uma figura importante no elenco. Tem contrato até 2017.

Felipão foi mal no Chelsea (Foto: Getty Images)
Felipão foi mal no Chelsea (Foto: Getty Images)

Luiz Felipe Scolari apareceu para o futebol levando o Criciúma ao título da Copa do Brasil de 1990. Ganhou grandes títulos por Grêmio e Palmeiras, marcou época, e foi o escolhido para treinar a Seleção Brasileira na Copa de 2002. Sagrou o nosso país pentacampeão, com um time comandado por Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Já considerado um dos grandes treinadores do mundo, elevou a Seleção Portuguesa ao patamar mundial, sendo vice campeão da Eurocopa de 2004 e 4º colocado da Copa do Mundo de 2006. Chegou aos Blues após a Eurocopa de 2008, onde foi eliminado pela Alemanha – com gol de seu futuro comandado, Michael Ballack.

Felipão chegou ao Chelsea em festa. Trouxe Deco e Bosingwa como reforços para deixar o time no ponto. O Chelsea começou a Premier League de 08/09 goleando e dando show. Mas não tardou para aparecer os problemas. Felipão foi acusado de forçar a parte física de certos atletas, entre eles, Didier Drogba. Petr Cech e Michael Ballack também não apoiavam o brasileiro, que mudava bastante o esquema de jogo.

Os problemas de relacionamento pesaram, e o desempenho do Chelsea caiu, perdendo quase todos os clássicos e empatando com pequenos. Apesar de uma virada história contra o Stoke City, liderada por Lampard (que aparentemente, apoiava o treinador), Felipão não resistiu a um empate em 0x0 com o Hull City, em Stamford Bridge, e foi demitido.

Ganhou 15 milhões de libras só da multa rescisória, e não deixou saudade em Stamford Bridge.

David Luiz atuou duas temporadas em meia no Chelsea (Foto: Getty Images)
David Luiz atuou duas temporadas em meia no Chelsea (Foto: Getty Images)

Criado no Vitória, David Luiz começou a se destacar na disputa da Série C do ano de 2006. Na ocasião, ao lado de Wallace, hoje no Flamengo, e Anderson Martins, que atuou no Corinthians e fez ótima dupla de zaga com Dedé no Vasco, ajudou o clube baiano a se reerguer e subir à Série B.

Seu bom desempenho lhe rendeu sua primeira grande chance e, em 2007, o zagueiro foi emprestado ao Benfica, onde, embora tenha atuado muitas vezes na lateral esquerda e ficado marcado por seus avanços intempestivos, mostrou muita qualidade técnica e potencial. Nesse meio tempo, disputou o fracassado Mundial Sub-20 de 2007, quando o Brasil sequer avançou à segunda fase e onde o zagueiro ficou marcado por uma desleal cotovelada em um rival sul-coreano.

Não obstante, com o tempo David Luiz se fixou na zaga, ao lado de Luisão, e a capital portuguesa ficou pequena para seu futebol. Após 130 jogos, seis gols e nove assistências, em janeiro de 2011, por aproximadamente £22MI, o brasileiro desembarcou em Londres, onde defenderia o Chelsea até o final da temporada 2013-2014.

Entre bons e maus momentos, David disputou 142 jogos, marcou 12 gols e proveu 10 assistências. Igualmente lembrado por seus avanços amalucados, começou a ver seu ciclo no clube londrino se encerrar com o retorno de José Mourinho ao Chelsea. Escalado frequentemente como volante, ganhou mais liberdade no campo, mas nunca mostrou agrado com a nova função

No final de maio de 2014, com os títulos da Copa da Inglaterra, UEFA Champions League e Europa League, fechou com o PSG, por incríveis £44MI.

Piazón ainda busca seu espaço no Chelsea (Foto: Getty Images)
Piazón ainda busca seu espaço no Chelsea (Foto: Getty Images)

Destaque das categorias de base do São Paulo, Lucas Piazón começou sua vida futebolística no Coritiba. Apesar disso, ainda na base, rumou para o Atlético Paranaense e, com seu destaque, seguiu para o SPFC. Figurinha carimbada nas Seleções Brasileiras de Juniores, ganhou notoriedade na Manchester United Premier Cup, marcando gols contra os Red Devils, o Gamba Osaka e o Arsenal.

Destaque em inúmeros torneios de base, nacionais e internacionais, Lucas Piazón transformou-se em alvo de desejo de inúmeras equipes de todo o mundo e, em março de 2011, o Brasil ficou pequeno para seu ascendente futebol e o paulistano, por £6,6MI, foi vendido ao Chelsea, desembarcando em Londres em 2012, ao completar 18 anos.

Não obstante ter aparecido como grande estrela na base, Piazón ainda não confirmou suas qualidades e, em 2014-2015 vive seu terceiro empréstimo. Primeiro ao Málaga, depois ao Vitesse – onde foi muito bem – e agora ao Eintracht Frankfurt – onde vai mal –, o brasileiro precisará mostrar mais do que o que fez até agora para receber oportunidades nos Blues.

No total, desde 2012, disputou três jogos pelo Chelsea e tem contrato até o final da temporada 2016-2017.

Oscar é, normalmente, titular do Chelsea (Foto: Chelsea FC)
Oscar é, normalmente, titular do Chelsea (Foto: Chelsea FC)

Outro jogador criado no São Paulo, Oscar já chegou ao Chelsea com títulos e experiências, apesar da juventude. Considerado o “novo Kaká” na base do clube paulista, viu-se sem espaço e decidiu mudar-se para o Internacional ainda muito jovem. Aos 18 anos, começou a enfrentar uma batalha judicial contra seu clube de origem, a qual findou-se apenas em 2012, com a condenação do Internacional ao pagamento de 15 milhões de reais ao São Paulo.

Após os primeiros seis meses do litígio contra o SPFC, em junho de 2010, Oscar assinou com o clube gaúcho e, aos poucos, começou a ter destaque. Ausente na campanha do título da Copa Libertadores da América, só ganhou, definitivamente, seu espaço no Colorado com a venda de Giuliano, no início de 2011.

Na equipe do Inter, ladeado por figuras como Andrés D’Alessandro, Leandro Damião, Rafael Sóbis e Juan, conquistou dois Campeonatos Gaúchos e uma Recopa Sul-Americana. Além disso, já em 2011, ganhou suas primeiras oportunidades na Seleção Brasileira principal. Pouco antes disso, havia vencido o Mundial Sub-20, marcando três gols na final, contra Portugal.

Com seu sucesso no Rio Grande do Sul, suas qualidades ganharam evidência e, às vésperas do início da temporada 2012-2013, chegou ao Chelsea, contratado por £22MI.Com impacto imediato, o camisa 11 – até então – deu seus primeiros cartões de visitas na UEFA Champions League, marcando belos gols contra Juventus e Shakhtar Donetsk.

Com o tempo, seu brilho diminuiu um pouco, sendo ofuscado pela estrela de Eden Hazard. Todavia sua eficiência se manteve, sempre marcando gols e conferindo assistências, além de ter se firmado como um dos maiores ladrões de bola da equipe.

Hoje com a camisa 8, já disputou 146 jogos, marcou 30 gols e ofertou 30 passes para gols de seus companheiros. Presença importante nos títulos da Europa League e da Capital One Cup, é titular absoluto da Seleção Brasileira e tem contrato com a equipe inglesa até o término da temporada 2018-2019.

Wallace ainda não estreou pelo clube (Foto: Getty Images)
Wallace ainda não estreou pelo clube (Foto: Getty Images)

Outro jogador de destaque nas Seleções de base do Brasil, o lateral direito Wallace, formado no Fluminense, é mais um brasileiro com contrato vigente com o Chelsea. Aos 20 anos, vive seu segundo ano de empréstimo. Primeiramente foi cedido à Internazionale, onde quase não atuou, nesta temporada, atua no Vitesse, também sem grande destaque.

Contratado em novembro de 2012, foi integrado ao Chelsea em meados de 2013 e logo cedido. Com contrato até 2018, aguarda uma oportunidade com o treinador José Mourinho e ainda não estreou pelos Blues.

Willian é um dos destaques da temporada 2014-2015 (Foto: Getty Images)
Willian é um dos destaques da temporada 2014-2015 (Foto: Getty Images)

Jogar extremamente talentoso e dedicado, Willian foi contratado pelo Chelsea no início da temporada 2013-2014 e, rapidamente, ganhou enorme importância na equipe. Revelado no Corinthians, disputou o Sul-Americano Sub-20 de 2007 e o Mundial da mesma categoria e logo foi vendido ao Shakhtar Donetsk, por €14MI, poucos dias após completar 19 anos, tendo atuado, profissionalmente, no Brasil por cerca de seis meses.

Sob o comando de Mircea Lucescu, o jogador disfrutou de grandes momentos pelos Hirnyky. Tendo disputado 222 jogos pelo clube ucraniano, marcando 37 gols e provendo 63 assistências, Willian conquistou o tetracampeonato ucraniano, o tricampeonato da Copa da Ucrânia, da Supercopa da Ucrânia e uma UEFA Cup, na temporada 2008-2009. Em janeiro de 2013, foi vendido, em transferência milionária (£30MI), para o então endinheirado Anzhi Makhachkala.

17 jogos depois, o clube russo viu-se, repentinamente, sem capacidade de investimento, e o Chelsea viu a oportunidade de contar com o talento do brasileiro, desembolsando £31MI por seu futebol. Tão logo chegou, Willian ganhou oportunidades com José Mourinho. Em seu primeiro ano em Londres, jogou 46 jogos, marcou quatro gols e 10 assistências, atuando, sobretudo pelo lado direito do meio-campo, mas, por vezes, pelo centro.

Muito aplicado, Willian tem visto, gradativamente, sua importância na equipe aumentar e conta com a confiança de seu treinador. Depois que chegou ao Chelsea, também se tornou figura constante na lista de selecionáveis da Seleção Brasileira. Seu contrato vige até o final da temporada 2017-2018.

Filipe tem sido um reserva útil no Chelsea (Foto: Getty Images)
Filipe tem sido um reserva útil no Chelsea (Foto: Getty Images)

Figura chave no Atlético de Madrid na vitoriosa temporada 2013-2014, Filipe Luís chegou ao Chelsea no início da atual temporada, esperando assumir a titularidade. A despeito disso, a excepcional forma do ala espanhol Cesar Azpilicueta, que jogou a maior parte de sua carreira na lateral direita, mas se afirmou pelo flanco canhoto, o relegou ao banco de reservas.

Cria do Figueirense, destacou-se na disputa do Sul-Americano Sub-20 e no Mundial da mesma categoria de 2005 e rapidamente foi vendido ao futebol europeu. Com passagens pelo Ajax e pelo Real Madrid B, viu seu futebol desabrochar no Deportivo La Coruña, onde, em 2009 ganhou sua primeira oportunidade na Seleção Brasileira principal. Cotado para ser o titular canarinho na Copa de 2010, o lateral esquerdo sofreu duro revés no início do ano da competição, fraturando o perônio e se ausentando, longamente, dos gramados.

Melhor lateral esquerdo da temporada 2008-2009 na Espanha, em 2010, partiu para o Atlético de Madrid, onde atuou quatro temporadas com muitos sucessos. No período, levantou dois troféus da Supercopa da Europa, uma Europa League, uma Copa del Rey e um Campeonato Espanhol, sendo ainda vice-campeão da UEFA Champions League de 2013-2014.

Experiente, embora não seja titular, é figura muito útil do elenco londrino, pelo qual já disputou 22 jogos, marcando seu primeiro gol contra o Derby County, em partida válida pela Capital One Cup. Tem contrato até 2017.

Diego Costa é o artilheiro do time na temporada (Foto: Shaun Botteril/ Getty Images)
Diego Costa é o artilheiro do time na temporada (Foto: Shaun Botteril/ Getty Images)

Como Deco, Diego Costa é “meio” brasileiro. Naturalizado espanhol, o atleta chegou no início da atual temporada, junto com Filipe Luís, mas, diferentemente, trouxe impacto imediato à Stamford Bridge. Brigador, controverso e goleador, o hispano-brasileiro tem mostrado seu faro de gol desde sua estreia oficial, quando marcou um gol contra o Burnley.

Apesar disso, seu caminho até Londres foi tortuoso. Criado no Braga, passou um período emprestado ao Penafiel e, em 2007, aos 18 anos, assinou com o Atlético de Madrid. Apesar disso, só cinco temporadas depois o atacante ganhou oportunidades nos Colchoneros. Emprestado ao Celta e ao Albacete, foi, em 2009, vendido ao Valladolid. Em 2010, no entanto, foi recomprado pelo clube madrileno. Todavia, com a concorrência de Diego Forlán e Sergio Agüero, não conseguiu oportunidades e passou a temporada 2011-2012 emprestado ao Rayo Vallecano.

Destaque no modesto clube de Madrid, com 10 gols em 16 jogos, retornou ao Atleti em 2012-2013 e, dessa vez, foi devidamente aproveitado. Ganhando oportunidades ao lado de Falcao García, começou a se destacar e, em 2013-2014, viveu seu auge. Ao todo, disputou 133 jogos pelo Atlético, marcou 64 gols e proveu 27 assistências. Nesse meio tempo, protagonizou grande polêmica com a indecisão quanto à sua nacionalidade.

Diante da inoperância de Samuel Eto’o, Fernando Torres e Demba Ba, foi a grande aposta do Chelsea para a temporada 2014-2015 e tem sido brilhante. Contratado por £33MI, tem retribuído o alto valor com muitos gols. Seu atual contrato expira em 2019.

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Article by: Chelsea Brasil

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