Voltámos a emocionar-nos.
Nós, que tanto sofremos a época passada, que nós emocionámos sim, mas pelas piores razões, que tantas vezes passamos jogos inteiros e longos minutos a nos perguntar como era possível que o impensável estivesse a acontecer, nós que tantas e tantas vezes nos questionamos se ia valer a pena passar mais duas horas em frente ao ecrã para ver o Chelsea, nós que sofremos tanto no ano passado, voltámos a emocionar-nos, ou, como se diz no Brasil, a nos emocionar.
Porque o Chelsea está diferente, que tinha que ser diferente já todos sabíamos, que ia ser melhor era também um dado adquirido, mas que ia ser tão bom como o que está a ser, acho que ninguém previa nem em agosto, quando esta campanha começou, nem após os primeiros três jogos, muito menos após os maus momentos contra o Arsenal e Liverpool.
Voltámos a emocionar-nos, porque o Chelsea voltou a ser uma equipa fantástica, porque o Chelsea está de novo a encantar os seus adeptos e a desencantar os fãs adversários, porque o Chelsea está, a cada jogo, a melhorar, encosta os adversários à linha, pressiona e pressiona, marca, goleia, vence, e repete de novo na jornada seguinte. Porque o Chelsea, diferente de qualquer outro Chelsea da era mais recente, deslumbra. Torna-se a estrela de qualquer jogo. Delicia-nos. Faz-nos rir, sonhar, emociona-nos como queremos e como fazia nos bons tempos.
Voltámos a emocionar-nos com os resultados negativos dos rivais, voltámos a alegrar-nos imenso com uma vitória do Chelsea, porque sabemos que não estamos mais a lutar pelo nono ou décimo lugar, mas estamos lá na frente, estamos onde realmente interessa e onde realmente importa, estamos onde devemos estar.
Voltámos a emocionar-nos, mas da boa maneira, porque este é o Chelsea que conhecemos e queremos.
Voltámos a emocionar-nos, e ainda bem, que nos emocionemos assim até Maio.
As palavras no texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.