Quem assistiu o empate em 2-2 contra o Tottenham na última segunda deve estar a par do título deste texto. Nos quarenta e cinco minutos finais o Chelsea voltou a ser aquele time conhecíamos. Guerreiro, que vai em busca do resultado sem desistir. Taticamente não estava tão aplicado, mas durante alguma parte de 14/15 não era mesmo, e contava com o talento de Eden Hazard para decidir suas partidas.
Pois foi bem o que aconteceu. Se na primeira etapa o torcedor que esperava o tal “time encardido” que segundo disse o próprio Hazard durante a semana, o segundo tempo foi bem diferente. Tenho que ser sincero que já havia jogado a toalha no intervalo. Os Spurs tinham completo domínio dos Blues, nas chances criadas e nos espaços tomados em campo. Tanto que Harry Kane e Son Heung-Min provaram isso no placar que mostrava 0-2.
Gary Cahill, tão criticado na zaga foi curtir uma de atacante e explodiu Stamford Bridge após cobrança de escanteio de Willian. E foi neste exato momento que os onze azulados perceberam que não estava tudo perdido. Era hora de abalar o Tottenham psicologicamente.
O Chelsea tem jogadores mais frios e experientes neste quesito. Enquanto que a cada falta os jogadores de branco perdiam a cabeça, os dos Blues faziam os termômetros dos atletas dos Spurs estourarem ainda mais. Eric Dier cometeu falta violentíssima em Hazard e merecia o cartão vermelho. Erik Lamela pisou propositalmente na mão de Cesc Fàbregas e mesmo assim não foi advertido por Mark Clattenburg.
O empate não demorou a sair. Hazard, bem como nos tempos de 14/15, acertou um chute com uma curva daquelas pistas de Fórmula-1 para igualar o marcador. O time do norte de Londres estava perdido em campo e já não tinha mais forças para conseguir o gol salvador.
No fim das contas, os azuis comemoraram. Em Stamford Bridge, festa dos torcedores que evitaram o sonho do rival em levantar o caneco. Enquanto isso, as ruas de Leicester iam à loucura, pelo feito sensacional do time de Jamie Vardy e companhia.
A questão é que se tivermos atuações como essa do segundo tempo, quando conseguimos os dois gols, podemos voltar a figurar estre os melhores colocados da Inglaterra, se não o melhor. Que às águas sejam boas para Antonio Conte remar bem em 2016/17.
As palavras deste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.