A temporada 2019/2020 do futebol europeu praticamente está encerrada. Restam apenas a Liga dos Campeões e a Liga Europa no calendário. Enquanto alguns poucos clubes – como o Chelsea – seguem nos compromissos futebolísticos, o clima esquenta nos bastidores.
É tempo de negociações e conforme mostramos mais cedo o Chelsea está de olho no Mercado de Transferências. A intenção é ir às compras, mas também vender. Porém, um jogador em questão tem chamado a atenção no noticiário: Willian.
O brasileiro veste a camisa 10, número conhecido por ser o craque. Talvez isso tenha feito Willian acreditar demais ser maior do que o Chelsea. De acordo com a imprensa brasileira, ele não teria ficado satisfeito com a proposta de dois anos a mais no clube. No futebol não há nada pior do que o ego ferido.
Ninguém está acima do clube
Longe de mim afirmar que o brasileiro não foi uma peça importante aos Blues. É inegável o serviço prestador por Willian desde 2013. Especialmente nas últimas temporadas ele tem aparecido bem e chamado a responsabilidade. Mas, porém, contudo, todavia, Willian não é craque.

Apesar de vestir a 10, o brasileiro está com 31, quase 32 anos. Nem mesmo os ídolos maiores do clube – Lampard, Cech, Drogba e Terry – tiveram melhores chances de permanência em Londres. Ou vocês não se lembram da forma como Cech, Lampard, Terry e Drogba saíram?
Praticamente pelas portas do fundo, implorando por mais respeito e a Diretoria foi intransigente nas respectivas propostas. Todo atleta tem um ciclo natural no esporte. O de Willian no Chelsea caminha para sua conclusão, muito pelo fato de o próprio jogador não optar em permanecer. Afinal, as chances foram dadas.
Há peças de qualidade no elenco

A iminente saída de Willian também pode ser motivada pela concorrência. Há sangue novo nos Blues e bastante dinheiro foi investido para isso. Talvez o brasileiro tenha se incomodado com o tratamento dado aos novatos. Talvez ele não queira perder o status de referência.
Talvez… fato é que Willian está envelhecendo e há novas peças no tabuleiro. Jogadores mais jovens, com mais potencial e dispostos a ocupar a titularidade. E vale destacar um ponto relevante. Atleta que não deseja ficar, não precisa permanecer no clube. Ou seja, não há porque falar em ingratidão quando a Diretoria se propôs a negociar. Ofertou mais dois anos de contrato. Willian também precisa entender seu contexto: idade, posição, concorrência na equipe.
O futuro de Willian
Mostramos mais cedo que o brasileiro deve permanecer em Londres, mas agora no lado vermelho. O Arsenal propôs três anos de contrato e pelo que a imprensa especula, é questão de tempo para o anúncio. Ele segue os passos de alguns ex-companheiros.
Petr Cech e David Luiz fizeram o mesmo caminho do brasileiro há algumas temporadas. Sendo assim resta desejar boa sorte e agradecer ao camisa 10 pelos anos de serviço. E fica o lembrete a todos nós: não existe ingratidão quando o diálogo aconteceu. Aceitar ou rejeitar uma proposta é o direito do atleta.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil