Opinião: Galatasaray 1×1 Chelsea – Nova Realidade

O confronto marcou o reencontro de Drogba com o Chelsea.
O confronto marcou o reencontro de Drogba com o Chelsea.

Em mais uma apresentação fraca, o Chelsea ficou apenas no empate por 1×1 na tarde de hoje, em confronto com o Galatasaray, válido pelas oitavas de final da UEFA Champions League. Diante da atual equipe do ídolo Drogba, os Blues novamente deixaram a desejar, desperdiçando chances de matar a partida, e caindo de rendimento no segundo tempo, o que veio a custar o que poderia ter sido, em tese, uma vitória tranquila.

Nos 45 minutos iniciais, o Chelsea se mostrava superior. O time, mesmo jogando fora de casa, era mais ofensivo, e parecia dominar o bom Galatasaray dentro dos seus domínios. Aos nove minutos, Azpilicueta deixou Fernando Torres de frente para o gol, e o centro avante concluiu bem e abriu o marcador a favor dos visitantes. Na frente do placar, os Blues pareciam entender a importância dos gols fora de casa, e continuavam insistindo em ampliar a vantagem, indo para cima frequentemente e criando boas chances. A equipe anfitriã também assustou, mas visivelmente o Chelsea era maior em campo até então. Insistente, o time londrino foi para o intervalo ainda com o ‘magro’ 1×0, mas parecia apenas questão de tempo para que outros gols surgissem para a equipe azul.

Porém, a segunda etapa foi desastrosa. O rendimento do time caiu drasticamente, sem motivo aparente. O Galatasaray voltou para o segundo tempo com uma postura mais ofensiva, e acabou por conseguir impor o seu jogo dentro das quatro linhas e pressionar seu adversário. Ao mesmo tempo, tal postura abria muitos espaços na zaga da equipe turca, que já não jogava tão defensivamente como antes. Isso, em tese, parecia ser perfeito para os Blues, que vinham até então mostrando um enorme poderio de contra-ataque em jogos passados. Porém, a dominância do time de Stamford Bridge acabou já nos primeiros minutos do segundo tempo. Parecendo uma equipe totalmente diferente, o Chelsea viu o time turco virar a mesa e passar a ter o controle quase que total do jogo. Logo chegando ao empate, o Galatasaray pressionava, estando mais perto do segundo gol do que os visitantes. Fernando Torres teve boa chance, mas o goleiro Muslera fez defesa excepcional. O time da casa também teve ótimas oportunidades, que por sorte, também foram desperdiçadas. A partida seguiu até o seu fim, e o Chelsea, que poderia ter matado o jogo já no primeiro tempo, correu o risco de sair derrotado, e conseguiu apenas um empate, criando para si mesmo uma dificuldade a mais para o jogo de volta, mesmo com a partida sendo dentro de Stamford Bridge.

Agora não dá mais para negar. Antes, poderíamos chamar de deslizes, de partidas atípicas, de casos a parte. Mas a grande verdade agora, é que o Chelsea teve uma sequência de partidas excelentes, com apresentações formidáveis de todos – ou quase todos – os seus jogadores, mas isso agora é passado. Hoje, é inegável que tal sequência, pelo menos por agora, se encerrou, e o time engrenou em uma outra fase, sendo essa de atuações medianas e/ou ruins, com a tão temida instabilidade novamente presente em toda a equipe. As performances de praticamente todos os jogadores caíram notavelmente, chegando ao ponto que – na minha opinião – Azpilicueta foi o destaque do time. Sem desmerecer o nosso lateral esquerdo/direito, mas ele não é nem de longe uma das estrelas do elenco, e para ele se destacar dentre os demais, os jogadores ditos como principais precisam jogar realmente mal. E tais ‘estrelas’ estiveram totalmente ofuscadas nessa tarde, e não é de hoje que estão se portando dessa forma. O Chelsea vinha mostrando grandes atuações individuais, mas principalmente, coletivas também. A equipe realmente jogava como uma ‘equipe’, dando aula de postura tática, bom entrosamento na defesa, no toque de bola e na criação de jogadas, o que resultava em ataques eficientes. Hoje, isso não ocorre mais, além de que o oposto é visto com frequência. Por vezes, os Blues parecem perdidos em campo, sem saber trabalhar um contra ataque, errando passes. A situação é complicada, e os motivos, escassos. Cansaço, desgaste, escalação errada, ‘má fase’? Não sei, mas realmente, a grande verdade é que o time já não vive aquele excelente momento que era visto há poucas semanas atrás. É uma outra fase, e não está sendo muito boa para o Chelsea.

Porém, vendo por um ponto mais ‘neutro’, ainda temos um bom retrospecto. Foi um empate fora de casa com um gol fora, contra uma equipe de respeito, e o histórico do time ainda é bom. Em dezoito jogos, nossa única derrota foi para o Manchester City na FA Cup. Tivemos alguns empates, mas muito mais vitórias. Então, não dá para falar que a fase é horrível ou algo assim. Mas é frustrante ver o quanto o time decaiu em questões de rendimento, e ver que aquele futebol de alto nível já não é tão presente. Muitos desses empates e derrotas que presenciamos, poderiam sim ter sido vitórias tranquilas, mas o time não demonstrou eficiência para tal. Foram chances desperdiçadas e atuações fracas como as de hoje, que podem pesar muito no futuro. A sequência, no geral, ainda é muito boa, mas as performances estão ruins, principalmente se comparadas com o que o time já mostrou ser capaz de fazer. O Chelsea já vive uma nova realidade, que não é tão boa assim. E, se pretendemos lutar por algum título, é bom que isso mude logo.
#GoBlues

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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