Opinião: Chelsea 0x0 Manchester United – Ponto Satisfatório

O jogo foi caracterizado pela forte marcação de ambas as equipes.
O jogo foi caracterizado pela forte marcação de ambas as equipes. (Foto: Chelsea FC)

Talvez num dos jogos mais esperados da Premier League desse ano, Chelsea e Manchester United empataram em zero a zero nessa tarde no Old Trafford, em jogo fechado e sem grandes emoções. Ambas as equipes tiveram chances de abrir o placar, mas todas sem sucesso. O resultado chega a ser de bom grado para à equipe londrina, que consegue pontuar fora de casa, jogando diante dos atuais campeões da Inglaterra.

O jogo em si teve um nível abaixo do esperado. O duelo entre dois dos gigantes ingleses trazia consigo grandes expectativas, porém o que vimos foi um confronto caracterizado pela forte marcação de ambos os lados. Os Blues e os Red Devils tiveram formações sólidas, com sistemas defensivos muito bem elaborados, o que acabou por deixar o clássico sem muitas chances reais de gol. Pelo lado do Chelsea, Oscar chegou à meta por algumas vezes, mas faltou um pouco de capricho na hora de finalizar. Já o time da casa trouxe perigo com Van Persie em um chute perigoso, criando também alguns bons lances com Wayne Rooney. No mais, o jogo foi extremamente fechado em ambas as etapas, tendo soado o apito final sem gols convertidos durante os 90 minutos de partida.

Cech pouco trabalhou, fazendo boas defesas nos escassos chutes perigosos que o United criou. Cahill e Terry foram extremamente eficazes na defesa, anulando as tentativas de gol do time anfitrião. Ivanovic deixou um pouco a desejar pela direita, dado que quase nenhum ataque foi criado por ali. Mas defensivamente, se portou muito bem. Ashley Cole jogou com raça, correndo bastante, apoiando o ataque e sendo preciso na defesa. Grande partida do lateral esquerdo, que foi extremamente importante para a equipe em campo hoje.
No meio campo, Ramires e Lampard foram um tanto sumidos. O brasileiro ainda fez bem a marcação, e bons desarmes, mas nem ele e nem o camisa 8 dos Blues tiveram uma partida de grande destaque.
No ataque, a novidade foi a ausência do centroavante como estamos acostumados a ver. Nem Lukaku, nem Torres e nem Ba, mas sim Schürrle jogando como o homem mais a frente na formação. Porém, isso não se mostrou muito efetivo, dado que o alemão recém-contratado ficou um tanto perdido ao atuar isoladamente. Sobrou vontade e determinação, mas o posicionamento talvez o tenha prejudicado, afetando diretamente seu desempenho. Com a posterior entrada de Torres, Schürrle passou a jogar mais recuado, e isso fez com que seu rendimento tivesse um leve aumento, porém ainda sem grandes feitos. Já Oscar tentou por várias vezes finalizar, mas nenhuma com êxito. Faltou um pouco de calma na hora do chute, dado que o meia brasileiro teve oportunidades de mudar o rumo do jogo. Vale dizer também que o atual camisa 11 teve também bons momentos armando boas jogadas, principalmente no primeiro tempo. Fez uma bela partida, que poderia ter sido coroada com um tento anotado. De Bruyne teve alguns bons lances, mas no geral ficou um pouco apagado. Não foi das melhores partidas do jovem belga, que acabou por dar lugar a Torres perto da metade do segundo tempo. Hazard fez jogadas em velocidade, com boas atuações individuais. Dada a forte marcação, não conseguiu criar muito, mas não fez corpo mole em campo. Boa partida, que não foi mais acentuada dada as condições do jogo.
Fernando Torres, que entrou na segunda metade da etapa complementar, mostrou estar com sede para conseguir sua titularidade de volta. Tentou ir pra cima dos marcadores, fazer jogadas individuais, dribles, toque de letra, e se mostrar participativo. A intenção foi boa, mas por vezes, Torres pecou nessas tentativas, entregando a bola de graça para a equipe adversária. Acabou por não levar real perigo ao gol de De Gea, o que ofuscou sua participação hoje. Vale destacar a força de vontade, mas deve ser dito que o camisa 9 não teve uma atuação de destaque. O volante Mikel entrou próximo do fim do jogo, e apenas ajudou a segurar o empate. Azpilicueta se juntou a equipe faltando menos de um minuto para o fim do segundo tempo, sendo essa uma substituição apenas para fazer o relógio andar. O lateral não teve influência significativa no placar e nem no andar da partida.

Dado o jogo fechado que enfrentamos hoje, o resultado é até satisfatório. Pontuar fora de casa contra o Manchester United é mais que aceitável, somando se ainda ao fato de termos visto nossa defesa anular um dos melhores ataques de toda Premier League. Criamos boas chances em cima do setor defensivo deles também, embora tenha faltado um pouco de capricho, e talvez um jogador que tivesse feito a diferença e mudado o jogo. Mas o ponto tem grande importância, principalmente em um jogo extremamente difícil como esse. Com o empate, os Blues conseguem manter invencibilidade no campeonato inglês até aqui,  podendo agora focar as atenções para a próxima partida contra o Everton, que tem uma equipe sólida e respeitável.

Porém, antes de seguirmos na Premier, temos jogo válido pela Supercopa Europeia, contra ninguém menos que o atual campeão da UEFA Champions League, Bayern München. Será uma partida de extrema dificuldade, e com certeza será um jogo com um ar de “vingança” para o clube alemão, dado o título da Champions que ganhamos deles dentro da própria Allianz Arena, casa do time bávaro. Para o Chelsea, esse pode ser um jogo de redenção. Ganhar dos atuais campeões do maior torneio de futebol da Europa, após sermos eliminados na fase de grupos ano passado, é impor novamente o respeito que a equipe inglesa merece diante do mundo todo, confirmando seu favoritismo para a edição desse ano. Além disso, o confronto marca o reencontro de Pep Guardiola e José Mourinho, numa grande rivalidade criada na Espanha, quando os técnicos ainda comandavam os poderosos Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Esse fator dá um “quê” a mais nesse jogo, onde uma vitória do time de Stamford Bridge pode vir a restaurar um pouco da autoestima abalada após a péssima campanha na Liga dos Campeões do ano passado, além de impor temor a quaisquer adversários que tenhamos pela frente. É uma chance dos Blues se redimirem diante do mundo, mostrar o bom futebol que tem, para assim entrarmos de cabeça erguida na próxima edição da Champions, impondo o merecido respeito. Tem que ir pra cima, pois possuímos totais condições de ganhar essa partida, embalando assim ainda mais para os próximos jogos da Premier League.
#GoBlues

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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