A janela de janeiro começou quente em Stamford Bridge. Logo nos primeiros dias, a diretoria anunciara a chegada de Ross Barkley, ex-meia do Everton e que aterrissou em Londres por cerca de 15 milhões de libras. O jogador de 24 anos promete levantar troféus e se consolidar como o melhor camisa #8 depois de Frank Lampard.
Creio que não preciso dizer muito sobre a negociação em si. Inflacionado como está o mercado da bola nos dias de hoje, seria quase impensável que um atleta promissor fosse contratado por esse montante em pleno 2018. Vale ressaltar que na última janela, seriam pagas 35 milhões de libras nele. Uma diferença considerável para o que foi investido agora. Na ocasião, o próprio Barkley não quis acertar. Provavelmente o arrependimento bateu na porta da casa do jovem.
Agora voltando ao foco do texto, no que Barkley ajudará Antonio Conte tecnicamente e taticamente dentro de campo? O que ele pode produzir e qual será seu papel no elenco?
Embora a seleção inglesa não esteja vivendo seus melhores dias, há de se considerar que tem tradição no mundo futebolístico. E Ross Barkley é presença constante vestindo a camisa dos Três Leões. O meia ficou ausente das últimas convocações devido a sua lesão que não o deixou atuar uma partida sequer na temporada. Mas com um pouco de ritmo, ele voltará ao esquadrão de Gareth Southgate.
Tanto na Inglaterra, quanto no Everton, o agora camisa #8 dos Blues gosta muito de pensar o jogo. Criador de oportunidades, com bom porte físico e ainda dotado de bom drible, ele deve ser utilizado por Conte mais centralmente, quando o italiano optar pelo 3-5-2, formação bastante requerida em 2017/18. Ou seja, seu principal concorrente deve ser Cesc Fàbregas.
Barkley também pode atuar pelos lados do campo, principalmente pela direita. No entanto, sua baixa velocidade pesará na cabeça de Conte, que gosta de ter wingers rápidos para ajudarem na recomposição defensiva. É claro, não deixa de ser uma opção deixar o britânico por ali, mas acredito que será raro.
Por fim, fora das quatro linhas, a compra de Barkley foi também importante para resgatar algo que o Chelsea abandonou nos últimos anos. Sua ‘britanicidade’. No elenco, haviam apenas dois jogadores ingleses, sendo eles Gary Cahill e Danny Drinkwater. Com a chegada dele os Blues ficam mais folgados quanto ao passaporte comunitário e ainda cria um entrosamento entre esses três, que já jogam juntos na seleção nacional.
Seja bem-vindo Ross, e honre este número que pertenceu ao maior ídolo de nossa história.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.