Que Álvaro Morata é um goleador nato, não é novidade para ninguém. O espanhol, camisa #9 dos Blues marcou novamente, além de dar outra assistência, contabilizando dois tentos e dois passes à gol em três partidas. Excelentes números sem sombra de dúvidas.
Recursos não faltam ao ex-atacante de Real Madrid e Juventus. Aliás, até penso que ele merecia sorte maior com a camisa dos Los Blancos, mas o técnico Zinedine Zidane sempre insistiu com o compatriota Karim Benzema. Melhor para o Chelsea, que o tirou da capital espanhola.
Velocista, finalizador e principalmente, fazedor de gols. Essas são as três principais características de Morata, que fizeram Antonio Conte insistir com a diretoria para que sua contratação se realizasse. No entanto, enquanto existem os prós, há um único contra que faz extrema diferença dentro de um campeonato tão pegado quanto a Premier League: o pivô.
Não é raro assistir o Chelsea lançar bolas ao campo de ataque, sejam elas de Cesc Fàbrgeas ou de David Luiz, por exemplo. E aí cabe ao centroavante segurá-las para si e esperar a aproximação dos companheiros. Um papel que Diego Costa fazia com muito êxito, mas que Morata peca bastante.
Foram incontáveis bolas que o centroavante perdeu para os defensores não só de Everton, mas na segunda rodada contra o Tottenham também. Sem alguém que segure a marcação adversária, o Chelsea não conseguia agredir muito o adversário londrino em Wembley. O cenário contra o Everton foi pouco mais favorável, visto que Morata balançou o barbante e poucos notaram essa ‘desqualidade’.
Conte precisa trabalhar esse aspecto em nosso atacante, pois a Premier League exige mais a parte física do que La Liga. Ainda, o Chelsea não é tão técnico quanto o Real Madrid, ou seja, as chances de gol criadas são mais escassas do que no time de Santiago Bernabéu. E era aí que vinha Diego, com sua fome e briga entre os defensores adversários, para jamais desistir do lance.
Caso Morata aperfeiçoe essa habilidade, teremos um centroavante ainda melhor dentro do elenco. E hoje, ele já é uma ameaça às defesas alheias. Agora imagine se ele tivesse mais a bola para si.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.