Marcos Alonso chegou ao Chelsea há pouco mais de um ano, no Deadline Day do verão europeu de 2016. De lá até aqui, muita coisa mudou, para os Blues e também para ele. Antes uma contratação que, apesar de boa, não gerou expectativas tão grandes, ocupa, hoje, a posição de titular absoluto da ala esquerda do time comandado por Antônio Conte.
Alonso foi trazido à época por interesse do próprio treinador, que já conhecia seu futebol. Ao deixar a Itália, o espanhol saiu como um dos melhores laterais atuando no país, tendo se destacado em sua última temporada pela Fiorentina. Todavia isso não foi o suficiente para convencer os fãs dos Blues. O jogador já havia passado por dois clubes menores da Inglaterra, Bolton Wanderers e Sunderland, sem grande destaque, e não era visto como um reforço de peso para um dos setores mais carentes do Chelsea, que vinha da temporada ruim de 2015-16.
Apesar disso, a diretoria e, principalmente, Conte resolveram apostar no lateral como solução para a posição. Algum tempo depois do inicio da temporada, após o time passar por uma fase ruim, o treinador adotou o 3-4-3 como sistema de jogo, com Victor Moses e Alonso figurando entre os titulares do time pelas alas e atravessando grande fase, o que resultou em grande crescimento de produção.
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Os dois foram muito bem cumprindo suas funções, tornando-se fundamentais no time devido a seus papeis desempenhados. Mas Marcos Alonso foi além disso, e talvez isso o diferencie de Moses, pois começou a mostrar talento individual. O camisa 3 defende bem, é alto e forte, e costuma ser seguro, mas tem como maior defeito na parte de trás do campo a velocidade, uma vez que, apesar de não ser um jogador extremamente lento, jogadores que atuam completamente abertos pelo lado precisam ter velocidade acima da média. Isso fica claro quando o Chelsea enfrenta adversários com atletas agudos e rápidos pelo lado esquerdo da defesa, que costumam dar muito trabalho.
Já quando o time possui a bola e ataca, vemos que o espanhol é daqueles laterais que gosta de atacar, e faz muito bem isso. Ele apresenta técnica com a bola nos pés, com bom passe, visão de jogo, capacidade de drible e também finalização. Também apresenta-se muito bem para receber a bola e, frequentemente, aparece na área adversária. Além disso, Alonso vem chamando atenção por ter um pé esquerdo calibrado nas cobranças de falta.
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É devido a toda essa qualidade que vem apresentando e à forma como se encaixa no time que Marcos Alonso é presença garantida no 11 preferencial de Conte com muitos méritos. Um ótimo jogador e que era, inicialmente, uma aposta para uma posição carente, ele mostrou que o treinador estava certo ao confiar em seu futebol, e soube corresponder e mostrar até mais do que se esperava.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.