Encerrada a temporada 2013/14, na qual o Chelsea terminou na terceira colocação na Premier League, era necessário reformular o setor de ataque. Fernando Torres, Samuel Eto’o e Demba Ba, ainda que tivessem lampejos ao longo do campeonato, nunca passaram confiança ao torcedor, muito menos para José Mourinho.
As mudanças apareceram logo na temporada seguinte. Diego Costa chegou para ser nosso camisa 9, apesar de vestir a 19, e ser nosso principal centroavante. O lendário Didier Drogba retornou ao clube para compor o elenco, e Loïc Rémy, então no Queens Park Rangers, completou o trio ofensivo.
Desde o início, não era novidade que Diego Costa seria o titular, Rémy como substituto imediato e Drogba para dar experiência ao time e entrar em jogos decisivos. A estratégia funcionou, principalmente para o atacante francês, que anotou nove gols envolvendo todas as competições. O número não é expressivo, mas foram gols em momentos decisivos e que contribuiu para que os Blues disparassem na liderança.
Deixou boa impressão logo na estreia, quando fechou a conta na goleada por 4 a 2 diante do Swansea em Stamford Bridge. Como opção para o segundo tempo, Rémy deu números finais no 3 a 0 contra os Spurs. Quando precisou substituir Diego Costa, suspenso, marcou no empate em 1 a 1 contra o Manchester City.
As melhores atuações do atacante, porém, aconteceram nas rodadas 29 e 30 da Premier League. Contra o Hull City, entrou no segundo tempo e marcou o gol decisivo no jogo emocionante vencido pelos Blues por 3 a 2. Na rodada seguinte, na difícil partida contra o Stoke City, foi oportunista para marcar o gol da vitória por 2 a 1. Já com a taça garantida, Rémy fez dois gols no triunfo por 3 a 1 sobre o Sunderland na última rodada.
Sendo peça importante nos minutos finais e com gols decisivos, Rémy cumpriu bem seu papel no Chelsea. Mas o francês nunca se notabilizou para ser algo muito além de um “ajudante”. É um atleta que cumpre seu papel a curto prazo. Suas passagens anteriores reforçam esse pensamento, até porque nunca passou muito tempo num único clube (a exceção no Olympique de Marseille, de 2010 a 2013).
Nas últimas rodadas, principalmente contra o Arsenal, o francês aparenta cansaço, mesmo entrando nos minutos finais. Muita lentidão e desatenção em lances que, na temporada passada, o atacante poderia levar a melhor. É um jogador desgastado e desmotivado (mesmo jogando no maior clube de sua carreira). Com a vinda de Alexandre Pato, a tendência é que o Rémy perca cada vez mais espaço e consequentemente seja emprestado. E assim todos saem ganhando: o Chelsea, que contará com um jogador, ainda que seja uma incógnita, melhor tecnicamente e motivado para mostrar serviço, e Rémy, que terá uma oportunidade para buscar novos ares e buscar seu espaço numa nova equipe.
Confira os gols de Rémy na última temporada:
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil