No último jogo válido pela Premier League, o Chelsea além da perda de três importantes pontos acabou sendo derrotado por um adversário direto à disputa do título. O famoso jogo de “seis” pontos teve um gosto muito amargo para a torcida dos Blues, afinal, além da derrota a atuação muito abaixo do esperado fora vista em campo. Será que a falta de dois jogadores foram cruciais para tal?
Ao analisar a escalação do último jogo podemos notar que duas peças muito importantes para o esquema de Conte fizeram uma enorme falta. Moses e Morata – esse até fora escalado, mas logo aos 35 minutos da primeira etapa teve que sair devido uma lesão muscular – fazem parte de uma estrutura de jogo que sente muito a ausência de ambos.
Vamos começar analisando a ausência do nigeriano de 26 anos no time titular dos Blues. Como já é de conhecimento dos torcedores do Chelsea, Moses foi a grata surpresa da temporada passada. No esquema de Conte (3-5-2) Moses é peça fundamental no ataque e na defesa. Nos cinco jogos em que atuou pela Premier League ele ainda não balançou as redes ou deu assistência; mas sua constância defensiva e auxilio nos contra-ataques fora de suma importância para as partidas sem derrotas do time (quatro vitórias e um empate).
Longe de ser um jogador badalado ou desejado por grandes clubes, Moses faz o “simples” que Azpilicueta não consegue fazer. O espanhol vem se firmando como um dos melhores zagueiros da Premier League; mas sua incapacidade de puxar e armar jogadas ofensivas acaba matando o forte contra-ataque dos Blues. Se olharmos as duas derrotas do Chelsea na Premier League (Burnley e Man. City), ambas vieram com Azpilicueta na lateral/ala e Moses no banco.
Rápido na recomposição e contra-ataques, Moses soma com suas boas finalizações e dribles quando requisitado no ataque. Na defesa o jogador não compromete e soma com desarmes rápidos e eficientes. Tais qualidades fizeram falta nas derrotas sofridas. Na temporada passada, o nigeriano acabou balançando a rede três vezes e anotou duas assistências. Com ele na defesa foram seis Clean Sheets (jogos sem sofrer gols), apenas três cartões amarelos e nenhum vermelho.
O segundo jogador que quando ausente – mesmo em 55 minutos no último jogo e outros minutos em que fora substituído ou tenha iniciado no banco – tem afetado o time é o recém contratado Álvaro Morata. Com um começo impressionante e rápida adaptação, o novo camisa nove fez com que sua ausência na última partida fosse crucial para o fracasso ofensivo da equipe. Com seis gols na atuação edição da Premier League, Morata é quem muitas vezes busca sozinho dar perigo a meta dos adversários.
É verdade que Conte mudou um pouco o antigo esquema dos Blues, desta forma muitas vezes Morata fica isolado no ataque. Entretanto, mesmo isolado o espanhol consegue criar chances de gols e segurar a bola no ataque. Tais qualidades só pertencem a ele no atual elenco do Chelsea. Sem a referência do jogador, o time pena a conseguir uma real chance de gol, colocando o peso em cima dos meias que muitas vezes não conseguem corresponder. Sabemos do que Hazard é capaz, mas voltando de um complicada lesão o belga ainda não atingiu sua melhor forma; complicando ainda mais quando Morata se torna ausente.
A temporada está apenas começando e o Chelsea tem muito a evoluir. Temos jogadores voltando de lesão e outros que ainda não engrenaram. Todavia a falta de Moses e Morata é nitidamente sentida, e uma solução para tal “problema” deve ser encontrada. Deixaremos para Conte e quem sabe até a diretoria (buscar na janela de verão peças de reposição) essa tarefa.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.