Partida coletivamente perfeita, Willian inspirado, Hazard participativo, Kanté arruinador no meio de campo e defesa atenta a todo instante. Esses são os ingredientes que o Chelsea precisa reunir nesta quarta-feira, no Camp Nou, se quiser eliminar o Barcelona nas oitavas de finais da UEFA Champions League. Quase todos aconteceram no confronto de ida, em Stamford Bridge, e foi justamente a falta de um deles que deu o empate aos espanhóis nos minutos finais: o erro defensivo no passe displicente do bom e jovem Christensen.
É fato que o Barcelona já não empolga mais como um dia. Só que ainda conta com Messi e, mesmo que muitos apontem problemas coletivos neste time ao longo da temporada, eles lideram o Espanhol com larga vantagem, esperando apenas o dia de gritar “é campeão”. Também é uma equipe levemente mais definidora de jogadas e de menos toques “irritantes” e “intermináveis” na área dos adversários. O que pode ser até uma qualidade, dependendo do ponto de vista.
Porém, não está na eficácia ou deficiência blaugrana o motivo para estímulos ou desânimos do lado da torcida azul inglesa. A questão mora dentro do nosso próprio quintal. O Chelsea, ainda que convivendo com a irregularidade, passou a maior parte da Premier League no G4 e agora se vê a quatro pontos de retornar ao grupo que leva à próxima Champions.
O time que perde do Crystal Palace e leva goleadas para Bournemouth e Watford, não vê a cor da bola diante do City e não consegue ganhar do decadente Arsenal é o mesmo que faz uma partida praticamente impecável contra o Barcelona, em casa, onde, por exemplo, superou o United no primeiro turno da liga nacional. O que também pode ser positivo, de acordo com quem olha. Se fosse de tudo ruim, a chance de avançar hoje era zero. Como há bons lampejos, a esperança persiste. Aliada a ela está o retrospecto, que coloca os Blues como a grande pedra no sapato do oponente a ser batido nesta tarde/noite. Afinal, embora sejam clubes de países diferentes, em Chelsea x Barcelona sempre vale usar aquela famosa frase que é redundante e aparentemente não diz coisa alguma, mas no fundo todo mundo sabe o sentido da ideia: “clássico é clássico e vice-versa”.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.