Na ultima semana, escrevi nesta coluna que o processo de tomada de decisões por parte do ser humano é muitas vezes algo complexo e difícil, que faz surgir debates internos e no qual muitas vezes se sobrepõe a emoção á razão.
E hoje, transportamos esse tema para uma situação específica: o futuro de John Terry. Renovar ou não renovar?
O tema é polémico e, ao mesmo tempo, é um tema em que a decisão facilmente pode ser tomada por causa da emoção e do carinho/respeito que todos temos pelo nosso capitão, líder e lenda, e em que não é líquido que a razão impere.
Aqui, vou tentar isolar a emoção e pensar apenas com a razão: deve o Chelsea renovar o contrato a Terry?
Terry, quando joga, não tem cometido erros, e, apesar de não ser titular, tem qualidade para fazer a posição de Cahill. A questão não está na ausência de profissionalismo ou de talento do número 26, mas também na comparação com os jovens que podem render a longo prazo como Zouma e Christensen.
Sejamos frios e objetivos: Cahill, David Luiz, Azpilicueta e Zouma são quatro centrais que podem ser tão ou mais fiáveis que Terry. Se a isso adicionarmos a juventude de Christensen e o desejo de Conte de comprar um defesa de topo, há motivos para renovar ao capitão?
E é aqui que aparece a emoção, até porque a razão sem qualquer emoção é maquiavélica.
Terry merece, ao contrário do que o Chelsea fez com Lampard, Drogba e Cech, retirar-se no seu clube do coração. E ele não seria uma má opção para a próxima época, juntamente com o facto da sua influência no grupo…
A questão é complicada e pessoas diferentes que se guiem por uma ou outra via no processo de tomada de decisões dirão de sua justiça, justiças diferentes. O que acha? Renovar ou não renovar?
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.