Com o primeiro passo dado, Sarribol no Chelsea demanda estudo e dedicação

Uma vitória do Chelsea com o segundo tempo convincente, um primeiro tempo hesitante e, em algumas ocasiões, pouco ativo. Foram alguns momentos de características passivas e morosas, uma situação clássica de quem está estreando ou de um time que está em andamento com a sua proposta de jogo. O segundo tempo mostrou um potencial de criação estrondoso: Jorginho e Kanté constituem uma dupla para empolgar o torcedor. E empolgar com razão. Entretanto, o goleiro Kepa não foi testado no embate, fato que não é culpa do arqueiro e, portanto, devemos aguardar cenas dos próximos capítulos.

Duas situações me intrigam para a temporada. Primeiramente, a entrada de Kovacic neste plantel, uma situação positiva e de entusiasmo aos adeptos do clube londrino. Por outro lado, em cada jogo, será somada a certeza de pressão para Alvaro Morata. O espanhol não está em sua melhor forma – não é de hoje – e vive um clima de instabilidade no clube. Seja aos olhos da diretoria, na visão da mídia ou no olhar atento dos torcedores.

Não individual, mas coletivo

Muito além das questões individuais – como a situação de cada atleta no plantel – está a situação atual da equipe. Um começo de temporada que o time está longe do ideal, necessitando paciência e estudo para a construção de um elo produtivo nesta temporada. Eu sinceramente acredito que possa dar certo, mas demanda muito trabalho, uma recepção positiva e assídua dos atletas sobre os ensinamentos.

O Sarribol é moldado pela intensidade e pelo futebol de passe. É uma questão de tempo para assimilar uma proposta tão destoante do modelo proposto pelo técnico antecessor. A implementação da filosofia do técnico italiano ainda não está na ponta da língua ou na ponta da chuteira dos atletas. Digamos que, se fosse uma prova, possivelmente a sala não seria totalmente aprovada. Haja vista, parte do primeiro tempo do embate contra o Huddersfield.

E não digo para ser um futebol igual ao Napoli, mas que seja um futebol do estilo Sarri com as peças próprias do Chelsea. Lembrando que alguns atletas têm suas peculiaridades e têm muito a provar na season 2018/2019: Barkley, Loftus-Cheek, David Luiz e Morata são exemplos desta necessidade de comprovação ao mesmo momento que outro modelo de jogo é proposto.

O novo modelo de jogo consegue ser encantador e não sair da essência do estilo londrino de atuar. Deste modo, o treinamento se torna muito especial para o plantel. A equipe precisa transpirar muito aos moldes requeridos por Sarri, para futuramente colher os frutos do incessável estudo de casa. Uma situação extremamente cansativa, que abdica de verdades táticas do passado que, atualmente, devem ser deixadas de lado. Conversa no treino, chamar atletas na sala do professor para debater questão tática, ver vídeos, rever os vídeos… Palestras e palestras. Um cenário extremamente cansativo e, verdadeiramente, eu não duvido que seja atenuante. Entretanto, todos nós sabemos que Sarri é um estudioso e que há chances de vencer e convencer com um futebol vistoso na Inglaterra.

Ou seja…

Ou seja, a temporada apenas começou e cada jogo será um aprimoramento do plantel para com o Sarribol. E se serve de consolo para os atletas, no banco de reservas há um treinador que se esforça diariamente para melhorar o seu idioma e, consequentemente, a sua comunicação com os futebolistas. A palavra de ordem é estudo e dedicação em Stamford Bridge; seja para atletas, seja para o treinador.

As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

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Article by: Chelsea Brasil

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