Colunas: Um pouco de corneta e muita preocupação

Com o cartão vermelho, Begovic mais chances mostrar seu trabalho ao técnico José Mourinho (Foto: Eurosport)
Com o cartão vermelho, Begovic tem mais chances de mostrar seu trabalho ao técnico José Mourinho (Foto: Eurosport)

Um abraço aos amigos do Chelsea Brasil. A depressão começou, o Chelsea empatou, o sistema defensivo falhou e a frase toda rimou. Bom, acredito que poucos esperavam o empate. Muito se deve pelas estatísticas e milhares de dados que favoritavam o Chelsea nesse confronto: os três últimos jogos contra os Cisnes resultaram dez gols aos Blues, José Mourinho nunca perdeu na estreia da Premier League e coisas do tipo. E deu no que deu, Chelsea dois, Swansea dois e estreia aquém do esperado.

A primeira coisa a ser dita é que dois times do Chelsea estrearam na Premier League. O do primeiro tempo e a equipe da etapa complementar. Os Blues conseguiram a liderança do placar nos primeiros 45 minutos, é verdade que o Swansea conseguiu chegar com perigo diversas vezes ao gol adversário, mas o time de Londres soube lidar com a pressão e o 2 a 1 foi prova disso.

O segundo tempo foi desastroso. O maior exemplo foi o gol sofrido pelo Chelsea. A primeira coisa é descobrir o porquê de o Willian estar posicionado na lateral direita. O brasileiro deu condição para que Gomis saísse nas costas de Gary Cahill e logo após é história. Courtois saiu da meta do jeito que deu e fez a penalidade máxima no atleta dos Swans. Foi outro jogo, com outro rumo e evidenciou muitas fraquezas no time londrino: como a dependência da criatividade de Hazard e a falta de finalizações de Cesc Fàbregas.

Beleza. Vocês podem me dizer: “Mas João, é o primeiro jogo do Campeonato Inglês. O Mourinho conseguiu a Tríplice Coroa com o Porto e com a Internazionale iniciando com resultados ruins”. Enfim, você pode me dizer isso e eu vou dar razão a vocês. Mas quem avisa amigo é. O que eu vi na partida foi um lateral direito inexistente, o Ivanovic simplesmente desapareceu e transformou Montero, um mero winger do Swansea, no Messi equatoriano. O jogador conseguiu uma nota oito pelo site WhoScored, Driblou seis vezes, fez duas jogadas que resultaram em tentativas de gol e soube explorar bem a Avenida Branislav.

Mais uma prova de que o time foi mal é a estatística de chances criadas atribuída a Jonjo Shelvey. Um atleta mediano não pode ter seis chances criadas em uma partida. Além de ser negativo em relação a nossa defesa é ruim para nosso sistema de criação, pois nenhum jogador do Chelsea conseguiu ter mais chances que Shelvey.

Se você pensar bem, hoje foi a melhor apresentação do time londrino, somando pré-temporada (risos). Mas falando sério, a desorganização defensiva dos Blues é visível. Tem muito que melhorar, principalmente Ivanovic e Cahill. Vou ser justo e falar que Cahill se redimiu quando errou, desarmando ou fazendo interceptações importantes. Porém, não queremos acertos após erros. Queremos consistência defensiva e acertos sem erros. E se você pensou no Rahman Baba – lateral do Augsburg que está sendo vinculado ao Chelsea – como salvação da pátria, o clube alemão rejeitou a segunda proposta do Chelsea de 25 milhões de Euros. Eles querem 30 milhões para a liberação.

Os 41,232 torcedores que foram ao Stamford Bridge acompanharam 16 tentativas de gol para o Swansea contra apenas oito do Chelsea. Viram Hazard fazendo cosplay de “pião da casa própria” com a bola e rodando várias e várias vezes para não encontrar ninguém. Observaram Oscar ser o melhor jogador em campo e Diego Costa polemizar com possíveis pênaltis – esse último quesito não é raridade alguma.

É o primeiro jogo, muita água passará por baixo da ponte ainda e o Chelsea tem muitos jogos para melhorar o seu futebol. Seria uma pena se o time disputasse o campeonato mais difícil da Europa e o segundo jogo fosse o Manchester City, né? Pois bem, isso é Premier League. Voltamos com o melhor futebol do mundo e com as preocupações chelseanas.

Se você não leu a última coluna de João Vitor Marcondes, clique aqui e confira o que disse sobre rivais comprando o título, Chelsea Ladies, Patrick Bamford e Rahman Baba.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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