Em grande parte das últimas partidas, o Chelsea foi superior ao seu adversário. Isso é um fato – ainda que isso não queira dizer que o clube voltou à velha forma. Apesar disso, bolas na trave, chutes tortos e atuações brilhantes de goleiros adversários vêm impedindo o maior sucesso dos Blues. José Mourinho e seus jogadores vêm se queixando de falta de sorte nas últimas partidas e podem ter um pouco de razão, ainda que o aleatório tenha sempre feito parte, e vá seguir fazendo, do futebol, sendo impossível defrontá-lo.
Dessa vez, no entanto, a sorte, o aleatório, premiou o clube londrino que viu um gol contra encaminhar sua classificação às oitavas de finais da UEFA Champions League. Em lance confuso na partida entre Chelsea e Porto, Diego Costa finalizou, Iker Casillas defendeu e a bola encontrou o corpo do zagueiro Iván Marcano, sendo enviada para o fundo das redes. Golpe de sorte.
Nesse sentido, tanto a avaliação de Mou quanto a de Julen Lopetegui, comandante do clube português, passaram pelo importantíssimo tento do beque espanhol. Enquanto o Special One disse que “a sorte que tivemos no primeiro gol desta noite nós nunca tivemos na Premier League”, Lopetegui asseverou que tinha “um plano mas o gol mudou tudo. Queríamos travar as transições deles mas tivemos o azar de Iván (Marcano) num ressalto e eles ficaram mais tranquilos e nós tivemos de fazer outro tipo de jogo”.
Sorte para um, azar para o outro. Esse foi o tom das falas dos antagonistas da última noite de Stamford Bridge. Um tom que o Chelsea vinha acostumando-se a ouvir constantemente em seu desfavor, na figura do azar. No entanto, em uma hora que pode salvar a malfadada temporada azul, foi a sorte quem acenou e é nela que os torcedores dos Blues têm que se apoiar na próxima segunda-feira (14). A razão? O sorteio dos confrontos da próxima fase da UEFA Champions League.
Sim, é difícil acreditar em conquista diante do que tem sido visto nesta temporada, mas ninguém discorda de que uma brilhante exibição na competição poderia salvar a campanha do Chelsea em 2015-2016. Ademais, alguém se lembra do quão outsider o clube londrino foi em 2011-2012? Alguém se lembra que uma esquadra com Obi Mikel, Ryan Bertrand, José Bosingwa e Salamon Kalou bateu um rival que tinha Bastian Schweinsteiger, Thomas Muller, Arjen Robben e Franck Ribery?
Enfim, segunda-feira a sorte azul voltará a ser testada e dentre os 16 classificados o clube, primeiro colocado em seu grupo, já sabe que não enfrentará Real Madrid, Wolfsburg, Atlético de Madrid, Manchester City, Barcelona, Bayern de Munique, Zenit, Dynamo de Kiev e Arsenal, em razão do regulamento, e seria muito bom escapar de equipes poderosas como Paris Saint-Germain ou Juventus.
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As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil