
Saudações azuis!
Acabou. O Chelsea já era campeão da Premier League desde o começo do mês e não tinha muito em jogo nas derradeiras rodadas. Testes foram feitos e alguns recordes batidos. Lembra do Manchester United de 1998/99, clube inglês com o menor número de derrotas em todas as competições? Acaba de ser desbancado pelos Blues, com somente quatro reveses no ano.
John Terry atingiu a marca de 39 gols e se tornou o defensor com mais gols na história da competição. Não satisfeito, o zagueiro ainda jogou todos os minutos dos pentacampeões e se tornou o segundo jogador a fazê-lo na Premier League – Gary Pallister também fez o mesmo em 1992/93, pelos Red Devils. Nada mal para um jogador que muitos diziam estar acabado há dois anos e cujo desempenho foi impecável.
Fàbregas perdeu a chance de atingir uma marca histórica. O meio-campista contabilizava 18 assistências no campeonato e e precisava de mais duas para alcançar o recordista Thierry Henry. Expulso de maneira cômica na fraca derrota contra o West Brom, o espanhol precisará tentar de novo na próxima temporada. Seu desempenho neste primeiro ano foi primoroso e ele foi um dos pilares da conquista.
Deixando os recordes de lado, a vitória de hoje sobre o Sunderland teve ares de tristeza porque marcou a despedida de Didier Drogba e Petr Cech. O marfinense já anunciou a saída de Stamford Bridge e o tcheco também deve procurar novo clube após ser relegado à reserva. Ver ídolos nos deixarem é triste e parte o coração, no entanto é o melhor a se fazer. Não podemos viver de passado e o Chelsea continuará, encontrando novos jogadores para atingirem tal nível de idolatria.
Temos Diego Costa, aquele algo mais vindo do Atlético de Madrid e já amado pela torcida azul. Com 20 gols, o hispano-brasileiro só não foi o artilheiro da Premier League por causa dos problemas físicos que o acompanham desde o final de sua passagem na capital espanhola. Hazard é o melhor jogador do ano e está cada vez melhor, a caminho de se tornar uma lenda no Chelsea.
Também temos uma base considerada por muitos a melhor da Europa, acumulando títulos e formando jogadores promissores. Nomes como Ruben Loftus-Cheek e Dominic Solanke serão importantes para o futuro dos Blues e mostraram coisas boas quando entraram em campo.
Mourinho provavelmente trará mais nomes para o já forte plantel – e é necessário. Se o plantel é fortíssimo no papel, no mundo real foi um pouco diferente. Além dos onze iniciais, o comandante tinha poucas alternativas com bom rendimento. Isto prejudicou a equipe porque houve pouca rotatividade com Salah, Schürlle e outros reservas não correspondendo quando ganhavam chances.
É necessário fortalecer o Chelsea e evitar uma acomodação após a conquista incontestável. Até porque as eliminações na F.A. Cup e na Champions League deixaram um gosto amargo de decepção e não aconteceriam com um elenco rodando mais. Dá pra crescer e Mourinho sabe disso.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil