Colunas: Roman Quasar comenta Chelsea na Copa das Copas

(Foto: facebok do Schurle)
Schürrle foi o melhor Blue no Mundial (Foto: Divulgação/Facebook do Schürrle)

Depois de algumas semanas de férias, o sensacional colunista Roman Quasar está de volta ao Chelsea Brasil, o maior site brasileiro do maior clube da Inglaterra.

Neste período de ausência, fiquei analisando a incrível Copa das Copas, a melhor Copa do Mundo de todos os tempos, me preparando para escrever uma análise final perfeita sobre a participação de cada jogador do Chelsea envolvido na competição.

Nesta análise, falarei da participação de cada jogador e futuro jogador do Chelsea na Copa do Mundo. Lembrando que gente que ainda tinha contrato em vigor foi analisada. Segue:

André Schurrle: O meia alemão foi o verdadeiro talismã da conquista do tetracampeonato alemão. O único jogo da Copa onde o camisa 14 do Chelsea não entrou em campo foi o único jogo que a Alemanha não saiu vitoriosa: o empate com Gana. Na estreia contra Portugal, Schurrle participou de um dos 4 gols da Alemanha, iniciando a jogada que terminou no gol de Müller. Voltou a ser protagonista quando entrou na duríssima oitavas-de-final vencida contra a Argélia. Schurle marcou o primeiro gol da Alemanha no primeiro tempo da prorrogação e participou do segundo marcando por Ozil. Ele entraria mais uma vez contra a França, onde perderia duas chances claras de matar a partida que estava em 1×0 no fim, mas fechou espaços e ajudou na marcação. Contra o Brasil, os alemães já tinham combinado no vestiário de parar de humilhar o Brasil. Mas esqueceram de avisar a Schurrle, que entrou no segundo tempo com fome de gol e anotou dois, sendo o segundo um golaço. No final da partida, ainda foi abraçar e consolar o companheiro de clube Oscar. Na grande final, sua consagração. Entrou no lugar de Kramer, que saiu machucado aos 30 do primeiro tempo e foi um dos melhores em campo da Alemanha, sempre incisivo e perigoso pela esquerda. Construiu então, no segundo tempo da prorrogação, a jogada do gol do título de Mario Gotze, se livrando de Zabaleta e Mascherano e dando um passe espetacular. Schurrle aproveitou a lesão de Reus, cresceu muito no torneio, passando a frente até de Gotze nas opções, ganhou ainda mais a confiança de Joachim Low, se consagrou aos 22 anos e mostrou que tem um futuro brilhante pela frente. Melhor para o Chelsea! 3 gols e 1 assistência

Oscar: O meia brasileiro foi, de todos os jogadores envolvidos no torneio, o mais sacrificado. No sistema do péssimo Scolari (que nós sabemos bem porque é péssimo), Oscar foi tirado de sua função criativa para se dedicar apenas a acompanhar o lateral adversário, afim de dar liberdade para Neymar. Oscar não foi o armador que o Brasil precisava. Mas foi simplesmente o melhor ladrão de bolas da Copa do Mundo. Fora isso, titula em todos os jogos do Brasil, anotou dois gols, contra Croácia e o gol de honra da Alemanha. Sua partida contra a Croácia foi memorável, a sua melhor na competição – também foi bem contra a Holanda quando enfim jogou na sua e fez uma bela jogada no gol de Fernandinho contra Camarões. Seu esforço mesmo fora de posição foi reconhecido pela FIFA que o colocou na Seleção do Torneio – afinal, nas estatísticas, como deixar o maior ladrão de bolas da Copa de fora? Oscar foi queimado por Felipão e a cada 5 brasileiros que você pergunte, 4 vão falar que ele decepcionou (provavelmente porque não entendem de futebol). Mas marcou como nunca e saiu da Copa como jogador ainda mais tático e completo. José Mourinho deve estar rindo atoa. 2 gols e 2 assistências.

Ramires: O volante foi mais usado como meia pela direita, sendo substituto imediato de Hulk. Ele atuou na partida contra o México, quando o camisa 7 “tremeu” e não entrou em campo. Voltou a entrar contra Camarões. Entrou no segundo tempo contra o Chile e fez uma boa partida, melhor que Fernandinho. Conta Alemanha entrou com o jogo vencido e pouco pode fazer. Contra a Holanda foi mal, assim como todo time.

Willian: Era esperado que o meia do Chelsea fosse o décimo segundo jogador da equipe. Mas Willian, apesar de entrar regularmente, foi usado menos que esperado. Entrando em quase todos os jogos do Brasil, mas com pouco tempo, ele teve sua maior baixa no pênalti desperdiçado contra o Chile. Felizmente o Brasil levou mesmo assim. Contra a Alemanha era apontado como substituto de Neymar. Felipão inventou e colocou Bernard. Deu no que deu e Willian entrou tarde demais. Contra a Holanda, assim como todos, menos Oscar, decepcionou.

David Luiz: O novo reforço do PSG, mas ainda com contrato com o Chelsea, teve uma Copa do Mundo digna de sua passagem pelo Chelsea: uma montanha russa de emoções. Ele comandou a defesa do Brasil com algumas atuações firmes, inclusive marcando dois gols importantes: contra Chile e um belo de falta contra Colômbia, quando foi eleito o melhor de campo. Virou capitão com a lesão de Thiago Silva e começou a ser bajulado e apontado como favorito dos brasileiros depois de Neymar. Entrevistas bonitinhas (depois chorando, que todo mundo amou), abraço em James Rodriguez, dancinha… contra a Alemanha, David Luiz teve uma atuação abominável, sendo um dos piores do Brasil. Falhou absurdamente no gol de Thomas Muller e quando a goleada já estava construída, esqueceu que era zagueiro e partiu pra cima sozinho, deixando espaço e tomando mais gols. Deu vexame de novo contra a Holanda, quando falhou grosseiramente no gol de Blind, rebatendo uma bola de cabeça para a área. José Mourinho está rindo atoa de um jogador que saiu por 60M e hoje provavelmente vale pelo menos 1/3 disso. 2 gols e 1 assistência

Eden Hazard: O meia belga comandou e organizou bem o meio campo da Bélgica, mas muito marcado, falhou em brilhar e acabou dando espaço para o ex-Blue De Bruyne ser o melhor armador belga na competição. Hazard não chegou a ser uma completa decepção – uma grande partida contra a Rússia, onde foi eleito Man of the Match após uma jogada espetacular que resultou no gol da vitória; uma bela assistência contra a Argélia e uma partida razoável contra os EUA lhe garantiram pelo menos boa experiência – ainda é jovem. 2 assistências.

Thibaut Courtois: O grande goleiro, candidato a tomar a vaga de Cech nesta temporada, teve trabalho facilitado pela zaga excelente da Bélgica com Kompany e Van Buyten. Ele chegou a fazer uma grande defesa, cara a cara com Messi, na eliminação contra a Argentina. E também uma bola importante contra os EUA. 2 clean sheets.

John Obi Mikel: Volante no Chelsea, armador na Nigéria, Mikel não fez feio na Copa. Sua melhor partida foi a da eliminação contra a França, quando armou bem e ofereceu perigo ao time europeu. Foi eleito Man of the Match no 0x0 horroroso contra o Irã, deu uma assistência contra a Argentina e ajudou a Nigéria a fazer sua melhor campanha desde 1998. 1 assistência

Victor Moses: O meia que ainda pertence ao Chelsea era esperado como a grande arma ofensiva da Nigéria, como foi na conquista da Copa Africana de Nações em 2013. Decepcionou, tendo problemas físicos e técnicos.

Kenneth Omeruo: O jovem zagueiro do Chelsea fez uma ótima Copa, anulando Dzeko e Benzema. Chegou a ser até cogitado para compor o elenco para a próxima temporada, mas foi emprestado mais uma vez.

Diego Costa: O atacante naturalizado Espanhol teve problemas ao jogar em solo brasileiro. Muito vaiado, Diego vinha bem na estreia contra a Holanda – sofrendo um pênalti contestável. No entanto, daí em diante foi mal assim como todo o time que deu vexame no Brasil.

Cezar Azpilicueta: Titular nos dois primeiros jogos da Espanha que era uma das favoritas, o lateral do Chelsea acabou marcado pelo péssimo desempenho da sua defesa, principalmente do superestimado goleiro Casillas.

Fernando Torres: Acionado no segundo tempo, Torres deixou sua marca ao perder um gol inacreditável contra a Holanda. Teve sua chance como titular contra a Austrália e deixou o seu. 1 gol

Cesc Fábregas: O novo jogador do Chelsea também foi figura de segundos tempos, e assim como Torres, deixou sua marca apenas no jogo final contra a Austrália: uma bela assistência para o ex-Chelsea Juan Mata marcar o seu. 1 assistência

Gary Cahill: Após uma temporada espetacular no Chelsea, era esperado que Cahill comandasse a Inglaterra. Mas assim como o resto do time, decepcionou. Sentiu falta dos companheiros John Terry e Ashley Cole – mostrando a Hodgson como Baines e Jagielka não foram boas escolhas. Cahill estava na marcação de Balotelli no segundo gol da Itália – mas Baines também falhou grosseiramente no lance.

Frank Lampard: Pedido pelos brasileiros na arquibancada, o eterno ídolo Blue só entrou mesmo contra Costa Rica, quando foi titular e capitão no 0x0.

Samuel Eto’o: Cheio de problemas extra-campo com Camarões, Eto’o teve problemas físicos, jogou apenas contra o México quando chegou a colocar uma bola na trave na derrota por 1×0.

Chrstian Atsu: O jovem meia ganês também sofreu com problemas extra-campo e não conseguiu se classificar, mas conseguiu experiência já que chegou a atuar como titular.

SELEÇÃO ROMAN QUASAR DO TORNEIO: Navas (Costa Rica), Lahm (Alemanha), Hummels (Alemanha), Garay (Argentina), Kuyt (Holanda); Mascherano (Argentina), Kroos (Alemanha), Robben (Holanda), James Rodriguez (Colômbia), Messi (Argentina); Thomas Muller (Alemanha). Treinador: Jorge Luis Pinto (Costa Rica)

MELHOR JOGADOR ROMAN QUASAR: Arjen Robben (Holanda)

GOL DA COPA ROMAN QUASAR: Tim Cahill (Austrália) contra Holanda

REVELAÇÃO DA COPA ROMAN QUASAR: James Rodriguez (Colômbia)

MELHOR BLUE ROMAN QUASAR: Andre Schürrle

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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