Salve nação! We are the champions, again! A razão para tanta alegria nesse texto que se inicia é a conquista da UEFA Champions League Sub-19 pela garotada do Chelsea. Se a equipe principal nesse ano não pôde trazer o caneco para casa, a “gurizada” mostrou que quando o assunto é o Maior de Londres, sempre teremos razões para celebrar.
Esse título é a coroação de um trabalho desenvolvido há alguns anos nas categorias de base dos Blues. Além de Loftus-Cheek, Solanke, Colckett, um nome merece ser lembrado: Adi Viveash. Treinador da equipe Sub-21 e Sub-19, Adi chegou ao clube em 2008 e levou os Young Blues ao bicampeonato da FA Youth Cup, antes da láurea europeia.
Viveash é um grande entendedor do futebol das bases do clube. Desde que chegou ao Chelsea, trabalhou com Steve Holland (hoje, auxiliar na equipe principal de José Mourinho) e Dermot Drummy. Treinou times sub-12 e tem expertise em oferecer ao time principal dos Blues, uma fonte de novos talentos.
Jovens estes que sonham em atuar pela equipe principal. Garotos que investem na carreira futebolística desde os 4 ou 5 anos de idade. Muitos deles, fãs do Chelsea, acompanharam seus ídolos pela TV e hoje, vestem o mesmo manto daqueles. Infelizmente, sabemos que nem 5% deles serão utilizados nos próximos anos. Confesso que nunca compreendi a política de contratarmos jogadores jovens, utilizá-los na base, formá-los e vendê-los (após inúmeros empréstimos) para clubes sem muita expressão. Por que não realizar o trabalho por completo: lapidar talentos, desenvolvê-los nas categorias inferiores para que eles possam chegar ao time principal praticamente prontos?
O presente da nova geração azul é campeão, as conquistas da FA Youth Cup e Champions League são provas disso. Porém, enxergo somente uma nuvem quando penso em Ake, Cheek, Solanke, Colkett, Brown, Bamford, Baker entre outros sendo promovidos a equipe principal, atuando constantemente e repetindo as conquistas de quando ainda era apenas garotos. Somos um time campeão, isso é inegável. Mas quando o assunto é aproveitar o talento que temos em casa, somos os maiores perdedores.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião da autora, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
