Salve nação! Hoje serei bem direta na minha coluna, que pode soar como um texto raivoso devido seu conteúdo. Desde o início da temporada (na verdade, penso nisso há muito tempo) venho refletindo sobre a maneira que o Chelsea trata seus jogadores “velhos”. Na história recente, tratamos mal Didier Drogba, Frank Lampard e hoje, a principal vítima é o goleiro Petr Cech.
O goleiro completou 33 anos ontem (20), o que pode ser considerado novo para a posição em que joga. Cech está longe de estar em má forma, nem com reflexos ou aptidões reduzidas. O que falta a ele é um espaço no elenco atual, afinal, desde que Thibaut Courtois chegou, o belga tem sido a primeira opção no gol.
Cech é um ídolo, contribuiu e muito para que conquistássemos os inúmeros títulos vencidos desde 2005 para cá. Quem não se lembra das suas defesas espetaculares, da sua belíssima atuação na final da Champions League e dele nunca ter levado um gol de Lionel Messi (um fato difícil de ser visto). No entanto, a atual situação do arqueiro lembra muito a vivida por outra lenda. Na temporada passada, Frank Lampard cansou de ir a público afirmar sua vontade de ficar no clube. E o final da história? Lamps saindo pela porta do fundo, sem uma despedida diante da torcida e como se tivesse sido um jogador qualquer.
É desprezível essa mentalidade vigente no clube. Só porque os atletas atingem certa idade eles não são mais úteis? E a experiência de tantos anos vestindo essa camisa não conta? As taças conquistadas são para o acervo e quem contribuiu para essa conquista? Que se dane esses jogadores, eles não são mais úteis.
A renovação do elenco é natural, isso é um ciclo da vida. Entretanto, o Chelsea não consegue balancear juventude e experiência. De certo modo, é uma atitude ofensiva com a carreira construída por jogadores como Lampard e Cech, ainda mais quando você tem desejo de ficar no clube e dar continuidade à sua história campeã com o clube.
Sobre o futuro de Cech, eu não sei o que acontecerá. Apenas desejo que no seu futuro clube ele seja mais bem tratado do que foi nessa temporada. Afinal, ele sempre valorizou a camisa que vestiu e foi um profissional exemplar, por outro lado, não foi respeitado como deveria.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil
