Desde o início da presente temporada, a defesa do Chelsea vem sendo muitíssimo criticada pelo mal início de ano do clube londrino. Enquanto Gary Cahill voltou a causar calafrios no torcedor, com suas dificuldades técnicas, sobretudo na saída de bola, John Terry e Branislav Ivanovic dão mostras de que, possivelmente, os anos estejam pesando em suas costas. Kurt Zouma segue mostrando solidez, mas ainda é um garoto e, por isso, ainda não demonstra tanta segurança. Qual conclusão lógica se deduz a partir desse discurso? O Chelsea precisava ter reforçado sua zaga na janela de transferências recém-finda.
Com isso em mente, José Mourinho, Roberto Martínez e o jovem beque John Stones protagonizaram uma das mais entediantes novelas do período. Assim, entre idas e vindas de propostas sem êxito, os Blues perderam um tempo precioso dirigindo sua atenção a apenas uma alternativa. Aparentemente, o Special One tinha certeza de que alguma hora o Everton cederia e o zagueiro de 21 anos chegaria a Stamford Bridge. Não foi o que ocorreu – nem mesmo um pedido de transferência do próprio atleta comoveu a direção dos Toffees.
Segundo os relatos da imprensa inglesa, durante o período de transferências, o Chelsea chegou a demonstrar interesse em Ezequiel Garay, Raphael Varane, Samuel Umtiti, Aymeric Laporte, Miranda e Diego Godín mas a insistência em Stones nublou outras possibilidades. Quando o clube entendeu que Stones não viria, já era muito tarde para pensar em outras alternativas. Além disso, os Blues viram o excelente Nicolás Otamendi (outro especulado em Stamford Bridge) chegar ao Manchester City, grande adversário na luta pelo título inglês.
No fechamento da janela, nos suspiros finais, o Chelsea chegou a voltar sua atenção para o brasileiro Marquinhos, do PSG, tendo duas propostas emergenciais rejeitadas. Foi notório o desespero do clube na busca pela contratação de um novo beque, até mesmo porque opções válidas, como Tomás Kalas e Andreas Christensen, já haviam sido cedidas por empréstimos a outras equipes.
Assim, o clube chegou aos nomes dos desconhecidos Papy Djilobodji e Michael Hector, contratados junto ao Nantes e ao Reading. De forma ineficaz, o segundo chegou e partiu, retornando ao Reading para uma temporada de empréstimo. Já o primeiro, senegalês de 26 anos e 1,92m, descrito por especialistas como um atleta propenso a ações atabalhoadas e voluntariosas, é uma incógnita completa. Embora no passado ser titular do Nantes representasse algo, sobretudo entre as décadas de 60 e 80, hoje isso não quer dizer nada.
Até as derradeiras horas do final da janela de transferências parecia que a conta de zagueiros contratados pelos Blues teria saldo 0, mas no fim das contas chegou Djilobodji e depois Hector. Não obstante, qual é o verdadeiro saldo dessas contratações? Matematicamente 1+1 é igual a 2, mas na matemática do Chelsea o resultado ainda é uma total incógnita, assim como os rumos de uma temporada que começou negativamente surpreendente.
Mais do que nunca, o torcedor do Chelsea terá que cumprir honrosamente suas funções, sendo fiel e apoiando a equipe. Quem sabe a fé azul não proporcione uma surpresa positiva, revelando a grandiosidade de um zagueiro de quem pouco se espera? Testá-la não é sábio e o maior título da história do clube é a prova cabal.
Quem é Djilobodj? Os próximos capítulos da história dos comandados de Mourinho dirão. Até porque o público aguarda o resultado, seguindo a lógica blue, da soma simples de 1+1.
Torcedor, confira alguns lances do senegalês e tire suas primeiras conclusões.
https://www.youtube.com/watch?v=1WQgczZyc3w
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil