
Agosto do ano passado, um grande ídolo do Chelsea Football Club anunciou seu retorno à Stamford Bridge. José Mourinho mas dessa vez, ele não era mais o Special One, e sim a nova persona do português: Mourin Hood, pronto para roubar dos ricos para dar para os pobres.
Para ter algo para dar pros pobres, ele precisava assaltar os ricos. E Mourin Hood juntou ouro o suficiente nos clássicos do campeonato:
Chelsea 2×1 Liverpool
Chelsea 2×1 Manchester City
Manchester City 0x1 Chelsea
Chelsea 6×0 Arsenal
Chelsea 3×1 Manchester United
Chelsea 1×0 Everton
Chelsea 4X0 Tottenham
As únicas derrotas em clássicos foram na Copa da Inglaterra contra o City (2×0) e contra o Everton (1×0) no primeiro turno do campeonato.
Agora, era a parte favorita de Mourin Hood: distribuir o ouro para os pobres.
Newcastle 2×0 Chelsea
Stoke City 3×2 Chelsea
Chelsea 2×2 West Bromwich
West Bromwich 1×1 Chelsea
Chelsea 0x0 West Ham
Aston Villa 1×0 Chelesa
Crystal Palace 1×0 Chelsea
*e mesmo na maioria dos jogos que ganhava, quase nunca dominava e jogava bem
Então é a parte que vocês perguntam: por quê?
Porque a tática de Mourin Hood só funciona contra os grandes: ficar com a bunda lá trás. Se fechar todo e em algum contragolpe rápido (e desorganizado) fazer o gol.
A carreira de José Mourinho foi construída em cima da forma como ele monta suas defesas. Todos seus títulos conquistados foram com menos posse de bola e sem tomar a iniciativa, nunca goleando, sempre com placares pequenos. A retranca é a única grande especialidade de Mourinho, algo que ele é tão bom que é elevado ao status de gênio por isso.
Só que ela não funciona contra os pequenos, pois ali fica evidente o quanto seus times são mal trabalhados ofensivamente. Ao contrário do campeão inglês Liverpool e do Manchester City, o Chelsea não sabe tocar a bola, não tem nenhuma jogada ofensiva bem articulada e sobrevive só de gols feitos em jogadas individuais e contra ataques.
A ineficácia do time com a bola nos pés chega ao ponto que o treinador abre de laterais que apoiem o ataque para escalar Ivanovic e Azpilicueta, que mesmo regulares, são apenas dois zagueiros a mais. Mesmo contra os pequenos, jogadores como Ashley Cole perderam o espaço por… atacarem.
Sem dúvidas um dos times de pior toque de bola do campeonato, ele tratou de ganhar todos os grandes (com o brilhantismo defensivo de José) e de forma completamente vexatória entregou o campeonato perdendo pontos para times ridículos e até virtuais rebaixados, mas que por incrível que pareça, tem um toque de bola melhor que o do Chelsea.
Valeu a pena disputar o título, para entregá-lo de forma vexatória assim? Isso vocês respondem.
O fato é que o Atlético de Madrid vem aí e é um time que joga nos padrões desses pequenos bem fechados e de bom toque de bola que complicam as retrancas do covarde Mourin Hood…
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.