Colunas: Hazard não é camisa 10

Melhor jogador da última PL, Hazard pouco produziu nos primeiros jogos da atual temporada (Foto: Daily Star)

Uma das principais cobranças em relação a última janela de transferências foi sobre a contratação de um armador. Isso se devia, principalmente, a inconstância técnica e física de Oscar, além da queda de rendimento de Willian e Fàbregas quando saiam de suas posições de origem para atuar como “10”. José Mourinho não deu muita importância a esses fatores, e concentrou suas atenções para a busca por zagueiros e atacantes.

Como já era de se esperar, Oscar se machucou no começo da temporada atual. Sem nenhum reserva imediato para a posição, o brasileiro obrigou Mourinho a testar alternativas.

Na segunda partida da Premier League, o Chelsea foi até o Etihad Stadium enfrentar o Manchester City. Ramires foi o substituto de Oscar, atuando fixado na ponta direita. Willian fez a armação, enquanto Hazard aparecia escalado na ponta esquerda.

No entanto, já nos primeiros minutos, foi possível observar trocas constantes de posicionamento entre o brasileiro e o belga. Ainda não familiarizados com a ideia de Mourinho, Willian e Hazard pouco produziram em um dia de total apatia para o Chelsea.

O treinador português, mesmo assim, manteve sua ideia. Desta vez, entretanto, o estreante Pedro Rodríguez fez parte da rotação proposta por ele. Sem Ramires, que não tem o mínimo dinamismo para realizar trocas de posicionamento, o time se entendeu melhor durante a primeira etapa, com bastante aproximação e passes rápidos, principalmente entre Hazard e Pedro.

As jogadas mais perigosas foram com o espanhol, que foi o melhor em campo na sua estreia. Hazard cumpriu bem seu papel, mas ainda timidamente. Ele seguia se sentindo bastante desconfortável. A rodada seguinte, contra o Crystal Palace, só seguiu provando isso. Novamente jogando centralizado na maior parte do tempo, ele contribuiu para uma atuação coletiva muito ruim, com direito a derrota vexatória dentro de casa.

Se Mourinho quer poupar Hazard de voltar para a marcação, assim como Cristiano Ronaldo e Messi em seus respectivos clubes, deve pensar em outra forma. No Real Madrid, o português costuma ficar no ataque ao lado de Benzema quando o time não tem a posse de bola, desconstruindo o 4-3-3 para um 4-4-2 bem compactado, com Bale e James cobrindo os lados. Já no Barcelona, o 4-3-3 se mantém com e sem a bola. A mudança vem com a cobertura pelo lado direito, que geralmente é feita por Suárez, permitindo, assim, que Messi fique no ataque e preserve seu físico.

Hazard é um jogador muito efetivo atuando pelos lados, sendo um dos melhores do mundo neste ofício. Pelo meio, como armador, tem se mostrado apenas “comum”. O seu rendimento abaixo da média não é o principal problema do Chelsea nesse começo de temporada, mas certamente é um fator que precisa ser corrigido. Nosso principal jogador não pode se sentir desconfortável.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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