Salve nação! O feriadão passou e muita gente deve ter pensado “Se o Chelsea não tivesse bobeado na Champions, faríamos jogos mais emocionantes do que o PSG contra o Barcelona”. É, infelizmente não foi assim e não tivemos sucesso na competição europeia. No entanto, na Premier League estamos a dois passos do paraíso (não são dois, mas a música diz isso). E para chegarmos ao topo, não precisamos de futebol bonito.
E é justamente sobre esse futebol de encher os olhos que falarei nesta coluna. Na última semana José Mourinho concedeu uma entrevista a BBC onde falou que os outros torcedores não gostam do Chelsea porque somos “entediantes”. Bem, a declaração do Special One foi direcionada ao levantamento do Kick It Out, entidade que combate o racismo no futebol. O Kick revelou que mais de 130 menções ao Chelsea foram computadas por causa do ato racista cometido no metrô de Paris, após o jogo de ida contra o PSG.
Bem, em um ponto tenho que concordar com o boss Mourinho. Nosso time não joga o futebol mais espetacular do mundo, aquele tão louvado futebol arte que o Barcelona faz e que o Brasil fazia no passado. E isso é uma característica do nosso treinador. Mourinho nunca fez suas equipes jogarem um futebol de saltar os olhos. Por outro lado, é adepto do “futebol inteligente”: se for necessário empatar, vamos lá conseguir isso. Por vezes, apresentamos um estilo de jogo pragmático, abrindo mão de atacar e correndo risco de levar gol. Mas vale lembrar que nosso time é extremamente eficiente e marcou 65 gols na competição nacional, somando apenas 26 tentos contra.
Ou seja, temos o segundo melhor ataque da Premier League, mas somos bem mais eficientes do que o Manchester City e não negamos fogo na hora H, como fez o time de Pellegrini – que de vice-colocado, hoje é o quarto na tabela. Vale ressaltar ainda que tivemos um verdadeiro “complô” contra os Blues. Quantos árbitros não pegaram no pé de nossos atletas nessa temporada? Seja em (não) marcação de pênaltis, ou expulsando nossos atletas e a FA punindo-os severamente, enquanto os das outras equipes saíam com ganchos leves por lances tão parecidos. Longe de mim fazer “mimimi”. Detesto esse tipo de comportamento, mas fatos são fatos e contra isso não há argumento. Por isso devemos ressaltar o feito da nossa equipe.
Sim, podemos ser entediantes para uns (se quiserem nos chamar assim, fiquem à vontade). Mas no final da temporada, o que sobrará é a hegemonia de uma equipe formada por grandes atletas, a qual conquistou a liga nacional com larga folga na tabela e em nenhum momento foi ameaçado em sua caminhada. No fim, o que importa é a glória e não se agradamos a gregos e troianos.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião da autora, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
