Juan Cuadrado chegou ao Chelsea em fevereiro deste ano em negociação envolvendo o egípcio Mohamed Salah a Fiorentina, seu ex-clube, e para preencher a saída de André Schürrle, vendido ao Wolfsburg. Muita expectativa foi criada em torno do colombiano, sobretudo pela preço da negociação (€ 33 milhões) e seu bom desempenho pela seleção colombiana na Copa do Mundo disputada no Brasil.
Quando optou por deixar a Viola para assinar com os Blues, Cuadrado estava ciente da concorrência que encontraria no seu setor, uma vez que Mourinho dificilmente mudaria o esquema de três meias formado por Oscar, Willian e Hazard. Até por isso, o colombiano disputou poucos jogos com a camisa do novo clube: apenas cinco jogos envolvendo Premier League, Champions e Capital One Cup sem ter marcado ou dado nenhuma assistência.
É injusto já fazer críticas ao futebol do colombiano pela pouca quantidade de jogos e poucas oportunidades como titular. Mas vale lembrar também que Salah e Schürrle, também em poucos jogos em seus novos clubes, têm obtido desempenho superior a Cuadrado.
Salah, pela Serie A, também fez cinco jogos, sendo apenas dois como titular e já marcou três gols e deu uma assistência. Schürrle, pela Bundesliga, fez seis jogos, sendo quatro na equipe titular. O alemão ainda não balançou as redes, mas já distribuiu duas assistências.
Ao analisar esses números, além de lembrar da boa fase de Patrick Bamford e Kevin De Bruyne, hoje peça fundamental no Wolfsburg, começo a refletir se a contratação de Cuadrado foi, de fato, necessária ao clube. Será que o Chelsea não deveria ter sido mais paciente com Salah e Schürrle? Ou apostar em Bamford, destaque do boro com 16 gols marcados?
O propósito desta coluna, entretanto, não é criticar o futebol de Cuadrado, mas para que sirva como alerta e preocupação. A solução, muitas vezes, está dentro do próprio clube.
Eu espero que o colombiano possa se adaptar o mais rápido possível ao clube e contribua muito dentro de campo durante seus anos de contrato. Mas o fato é, de acordo com os números, que a contratação de Cuadrado se mostra, até agora, desnecessária.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
