Colunas: Devemos esperar melhor rendimento de Oscar e Willian?

Nesta temporada, apenas Hazard, de fato, brilhou (Foto: Getty Images)
Nesta temporada, apenas Hazard, de fato, brilhou (Foto: Getty Images)

Hazard, Oscar e Willian, o trio de meio-campistas dos Blues, já haviam atuado juntos na temporada 2013/14. Embora o sonho de conquistar a taça da Premier League tenha ficado pelo caminho, eles mostraram talento, qualidade e, acima de tudo, um entrosamento que poderia ser fatal para a temporada 2014/15.

E não deu outra. Apesar de André Schürrle ter conquistado a vaga de Willian nos primeiros jogos da temporada, a importância tática que o brasileiro dá para o time agradou Mourinho. Enquanto Hazard brilhava e mostrava evolução em relação a temporada anterior, Oscar fez um primeiro turno excepcional e Willian, o operário, encarregou-se da tarefa de atacar e defender.

Essa dinâmica no meio-campo do Chelsea foi essencial para o título. Vimos um Hazard protagonista, sendo o grande diferencial da equipe. O belga, que disputou as 38 partidas, marcou 14 gols e distribuiu nove assistências, números semelhantes a temporada 2013/14.

Sua facilidade para encontrar espaços aliado à rapidez, o drible desconcertante e qualidade na finalização prova que o belga é um jogador diferenciado. O prêmio de Melhor Jogador da Premier League é mais do que justo.

Agora, será que Hazard necessita de parceiros tão brilhantes como ele? É indiscutível que Oscar e Willian tiveram uma temporada acima da média, mas os números foram muito aquém das expectativas. Oscar somou seis gols e Willian balançou a rede duas vezes. Juntos, não superam a quantidade de gols de Hazard (14).

Oscar, todavia, teve enorme importância no começo da temporada. O belíssimo gol de falta contra o Crystal Palace e o tento de trivela frente ao Queens Park Rangers, além de suas nove assistências ao longo do campeonato, justificam sua relevância. O que preocupou foi sua queda de rendimento no segundo turno, mais especificamente depois da goleada dos Blues diante do Swansea City.

Assim como Oscar, Willian teve merecimento na conquista da Barclays Premier League. O brasileiro não é tão destacado quanto seus parceiros, mas seu valor é muito grande para o desempenho da equipe, principalmente em jogos truncados, onde é necessário encontrar espaços, chutes de fora da área, como foi na suada vitória sobre o Everton por 1 a 0.

A pergunta que fica, então, é a seguinte: até que ponto vale a importância tática para o time titular? Gosto e apoio a permanência do camisa 22 entre os titulares, mas é bem verdade que o clube poderia investir num meia com mais recursos além da questão tática. Não me levem a mal, mas dois gols e três assistências é muito pouco.

O problema é que o jogador que poderia atrapalhar a titularidade, seja de Willian ou Oscar, também pouco fez para ganhar uma vaga entre os onze titulares. É preciso ter paciência com Cuadrado, até porque adaptar-se ao futebol inglês não é uma tarefa das mais fáceis. Ainda assim, em 12 jogos, o colombiano somou apenas oito chutes ao gol, sem dar nenhuma assistência ou balançar as redes.

Sou contra a política imediatista do clube em vender rapidamente o jogador que não render o esperado em seus primeiros anos. Basta observar os casos mais recentes, como o belga De Bruyne que tem brilhado no futebol alemão. Portanto, mais uma temporada para Cuadrado desenvolver seu futebol é necessário e justo.

O Chelsea deve manter os jogadores do meio-campo para os próximos anos, até porque nenhuma outra equipe na Premier League tem atletas tão talentosos quanto os nossos. Mas é sempre bom pensar no futuro, então, é fato que os Blues podem ter opções melhores para a próxima temporada – mas já que tudo deu certo em 2014/15, uma mudança pode esperar.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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