
Num elenco com jogadores como Eden Hazard, Diego Costa, Cesc Fàbregas, Didier Drogba, entre outros, vários outros atletas, por mais importantes que sejam ao elenco, são, de certa forma, “esquecidos”, e César Azpilicueta é um bom exemplo disso e o destacarei na coluna deste sábado.
Quando assinou com os Blues, em 24 de agosto de 2012 após duas temporadas no Olympique de Marseille, o jovem lateral-direito espanhol demorou certo tempo, como esperado, a se adaptar ao estilo do futebol inglês. Mas em poucos meses, Azpilicueta foi capaz de demonstrar suas qualidades e, logo em sua primeira temporada (2012/13), acumulou um total de 46 jogos, sendo 24 como titular da equipe na Premier League.
Aos poucos, o espanhol passou a ser figura constante no time: ora vindo do banco de reservas, ora substituindo Ashley Cole na esquerda, ou em sua posição de origem quando Ivanovic era deslocado para a zaga. A partir daí, já era possível notar que o lateral não era nenhum craque, mas mostrou aos treinadores à época (Di Matteo e Rafa Benítez) que poderia ser útil ao clube. E assim foi.
Em 2013/14, Azpilicueta passou do útil ao agradável. Conseguiu agradar um tal de José Mourinho, que diferente dos treinadores anteriores, encontrou a posição ideal ao jogador: a lateral-esquerda. Já sem Ashley Cole, o camisa 28 dos blues comandou o lado esquerdo da maneira como Mourinho desejava: um lateral regular, com preferência a defender do que atacar, tanto que os números ofensivos de Azpilicueta são baixos, mas nada que impedisse sua renovação com o clube por mais cinco temporadas.
Nem mesmo a contratação de Filipe Luís, após excelente temporada pelo Atlético de Madrid, intimidou o espanhol, que segue, senão intocável, com certo prestígio na lateral esquerda.
Como já destacado aqui, Azpilicueta não é, e dificilmente será, um craque como são os jogadores que citei no primeiro parágrafo. Mas seu comprometimento e vontade de querer buscar sempre mais é o que faz dele um dos jogadores mais importantes, taticamente falando, ao time.
Para isso, não precisa ser craque. Precisa mostrar profissionalismo, como tem feito em todos os jogos pelo Chelsea, e raça, como fez na final da Capital One Cup ao voltar ao gramado com uma enorme faixa na cabeça para estancar o sangue após dividida pelo alto com Kane, ou quando desarmou o atacante dos Spurs no chão, praticamente com o rosto, para impedir o avanço do ataque adversário.
É legal ter no elenco atletas como Hazard, que faz o difícil parecer fácil com seus dribles, ou finalmente ter um atacante goleador no time com a opção de termos uma lenda no banco de reservas, para se algo der errado. Mas é mais legal ainda ver jogadores que não são tão badalados, tampouco craques, jogarem tanto pelo time. E é por isso, que nesta coluna, quis parabenizar toda disposição de Azpilicueta, que muitas vezes passa despercebido, mas segura a bronca lá trás quando necessário.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.