Colunas: Carta (quase) fora

Oscar precisa reagir (Foto: Lancenet)

O anúncio da convocação da seleção brasileira para a Copa América causou espanto. Os nomes selecionados pelo professor Dunga não causaram estranheza, mas uma ausência foi bastante sentida: Oscar. O motivo é uma lesão, que foi detectada pelos médicos do Chelsea. Dunga revelou que o próprio clube inglês vetou a convocação do meio-campista.

A notícia chegou a mim, no período da tarde, sem todos esses “poréms”. A princípio, deduzi que Oscar simplesmente foi esquecido, e essa probabilidade não assustou. Imagino que muitas pessoas possam ter pensado a situação da mesma maneira. Em 2015, Oscar não vem apresentando futebol para ser selecionável de José Mourinho, e nem mesmo de Dunga.

O jovem meia caiu em uma “maldição” bastante comum. O jogador jovem, sem exclusividade de nacionalidade, se acomoda quando consegue chegar ao topo tão cedo.

Aos 23 anos, Oscar já jogou uma Copa do Mundo como titular, conquistou diversos títulos com Internacional e São Paulo, além de já ter a expressiva marca de mais 150 jogos pelo Chelsea, clube com o qual já faturou três taças. Nesse caminho, também foi responsável direto pela venda de Juan Mata, até então ídolo blue e jogador consolidado na posição.

Mourinho preferia Oscar. E segue preferindo. Em seus grandes momentos, o brasileiro conseguiu ser um jogador perfeito dentro do que o português espera. Importante taticamente, colaborava com desarmes e tinha recomposição defensiva elogiável. Ofensivamente, era um meia de toque rápido, boa finalização a curta e média distância, além de muito dinamismo.

E é estranho fazer todas essas referências no passado. Um jogador de sua idade e com seu potencial estará sempre com muitos olhares apontados. O Oscar dos últimos cinco ou seis meses tem muito pouco de todas as qualidades que foram citadas acima.

E a consolidação é uma palavra chave nesse processo de acomodação. Sem ameaças a altura dentro do elenco, o brasileiro vem fazendo partidas pragmáticas, que pouco colaboram para um rendimento satisfatório do Chelsea. Fàbregas tornou-se um jogador sobrecarregado que, além de “levar” o meio-campo blue, tem que manter o seu físico em alta, para poder desempenhar todas as funções “deixadas” por Oscar.

O brasileiro precisa de concorrência. Urgentemente. Essa deve ser uma das situações atacadas pelo Chelsea na janela de julho. Tecnicamente, temos um dos armadores mais promissores do mundo. Mas ele precisa ser despertado, para não virar carta fora do baralho. É inadmissível por parte de jogador e clube que essa situação seja simplesmente esquecida.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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