Apesar de ser mais discreto do que o habitual nesta janela de transferências, o Chelsea determinou alguns alvos, e parece disposto a fechar negócios pontuais. Falcao (já contratado), Baba (provável substituto de Filipe Luís) e John Stones foram os nomes mais ventilados, e José Mourinho vê nesses jogadores um perfil adequado para sua metodologia de trabalho.
E é sobre o último nome colocado na “lista”, Stones, que essa coluna trará mais detalhes. O zagueiro foi um dos poucos destaques do Everton na última temporada, quando começou como promessa e terminou na condição de titular absoluto. As boas atuações, inclusive, fizeram com que Roy Hodgson o convocasse para a Seleção Inglesa, onde fez quatro jogos ao longo das eliminatórias para a Eurocopa/amistosos.
Além desse crescimento, o atleta, estatisticamente, prova a “obsessão” de Mourinho. Uma rápida comparação através do site “Squawka” acusa que Stones, proporcionamente, realiza mais desarmes, comete menos faltas, ganha mais duelos aéreos e intercepta mais bolas em relação à John Terry. Números impressionantes, principalmente dando conta da temporada exemplar feita por Terry, que foi (justamente) incluso na seleção da Premier League.
É importante destacar, também, a versatilidade de Stones, que “faz bico” como lateral-direito, sendo uma excelente opção para as inconstâncias de Ivanovic. Sua parte técnica corresponde aos seus requisitos defensivos, sendo um zagueiro com perfil moderno.
Apesar de já ter defendido, em outrora, a desnecessidade da contratação de outro zagueiro, principalmente por já contarmos com bons nomes pontuais e para adiante, Stones tem um perfil que entendo como agradável. Além do seu perfeito equilíbrio de qualidades, existe uma animadora perspectiva futura girando ao seu redor. Seus 21 anos devem garantir ao Chelsea um nome forte para a posição nas próximas temporadas, quando Terry, inevitavelmente, terá seu rendimento comprometido.
As notícias mais recentes dão conta que, após ter propostas inferiores recusadas, o Chelsea pode abrir o cofre e investir 49 milhões de euros por Stones. Em meio a um mercado complicado, em que é possível observar valores absurdos sendo pagos por jogadores superestimados (alô Sterling), o zagueiro, de qualidade já comprovada, cairia, inelutavelmente, na atual inflação. Mesmo assim, não chegaria a ser um negócio absurdo, por tudo o que já foi exposto nesse texto.
Para diminuir o valor, seria interessante adicionar Gary Cahill ao negócio, hipótese já ventilada por alguns portais, como o The Guardian. Esse, mesmo já tendo provado qualidade, é uma figura questionável por conta de sua irregularidade, e perdê-lo para ter Stones parece um negócio bom para todas as partes.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil
