Colunas: Amigos são amigos – negócios à parte

Di Matteo nos deu o maior título da nossa história - e mesmo assim não foi valorizado (Foto: Alex Livesey/Getty Images)
Di Matteo nos deu o maior título da nossa história – e mesmo assim não foi valorizado (Foto: Alex Livesey/Getty Images)

Saudações azuis!

Não tenho muito a dizer sobre a partida contra o West Bromwich. O Chelsea jogou intensamente, Diego Costa marcou de novo, Fàbregas deu mais uma assistência e Ben Foster impediu um placar mais elástico para o líder da Premier League. Aparentemente, não estamos sofrendo com a tradicional crise de fim de ano, geralmente presente em Stamford Bridge nesta época. Só José Mourinho pra nos salvar disso.

Não consigo pensar em outro assunto para a coluna de hoje que não seja Roberto Di Matteo, um dos treinadores que não teve muita sorte quando o inverno começou. Vamos reencontrá-lo nesta terça-feira em Gelsenkirchen, quando enfrentaremos o Schalke 04 pela Champions League. Nosso ex-comandante merece o respeito de todo torcedor dos Blues – uma pena a partida não ser em Londres para o ídolo receber todas as homenagens que merece.

Robbie pode não ser o melhor técnico da história azul, mas foi essencial para a maior conquista da história do Chelsea. Pessoas mais competentes como Ancelotti, Hiddink e o próprio Mourinho não conseguiram levar a Champions League a Stamford Bridge. Já o ex-jogador do clube assumiu interinamente após a demissão do decepcionante André Villas-Boas e levantou a taça, além da FA Cup. O time voltou a render sob o comando dele e, independentemente do estilo de jogo ser bonito ou não, o desempenho foi ótimo. A reformulação do elenco seria mais difícil Di Matteo não tivesse conseguido nos manter na maior competição de clubes da Europa.

Mesmo assim, o ex-camisa 14 não teve muito respaldo – sua efetivação só aconteceu porque Roman Abramovich não conseguiu nome melhor. Infelizmente o desempenho do Chelsea não cresceu tanto quanto o esperado após a chegada dos novos reforços como Hazard e a solidez defensiva resolveu dar um passeio. Perdemos para o Manchester United em casa, naquela partida cuja arbitragem não foi das melhores, e a crise de fim de ano se iniciou. Di Matteo não conseguiu se manter no cargo porque, sinceramente, faltava aquele algo mais a ele. Nosso proprietário pode ser uma máquina moedora de treinadores, mas ele estava certo sobre isso.

Quer dizer, Roman poderia ter tido mais consideração, sabe? A demissão foi de madrugada logo depois de chegar de uma derrota dolorosa pra Juventus e com o substituto já engatilhado. Pior: foi o Rafa Benítez – aquele lá, amado pela torcida dos Blues por causa da passagem no Liverpool e suas críticas ao clube. O fantasma de Di Matteo aterrorizou o espanhol, com a torcida sempre homenageando o responsável por nosso maior título no décimo quarto minuto das partidas. A torcida ainda o ama. Quem sabe um dia ele não volte, desta vez mais preparado para dar mais glórias ao Chelsea? Mas nesta semana lembrem-se: amigos são amigos – negócios à parte.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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