
Eu acho que foi a situação mais estranha que presenciei no mundo do futebol. Eu fui o responsável pelo pós-jogo de Manchester City e Chelsea no Chelsea Brasil. Estava feliz com o desempenho do Chelsea, se a parte ofensiva não estava lá aquela Brastemp, a defesa atuava como uma equipe de excelência. Não era o conhecido “park the bus”, foi uma atuação sofisticada e elegante do clube, a coluna de hoje iria tratar sobre a defesa. Iria.
É meu papel como torcedor do Chelsea falar do incidente com Frank Lampard. Um amigo me parou na rua e me perguntou como reagi após o gol do eterno camisa oito. Eu respondi sinceramente: Sorri. Apenas sorri.
E é a verdade, não posso desejar coisas ruins a um ídolo, sou grato a tudo o que ele fez e até hoje tenho uma camiseta dele, que visto com tanto orgulho. Não nego que ver o nome “Lampard” em uma camisa azul-celeste e a numeração 18 é algo que muito me estranha, mas é o mundo do futebol. A lógica não é uma característica no mundo da bola.
O stream no qual acompanhava o jogo travou bem na hora do gol de empate dos Citizens. Consegui perceber o fato por causa da narração que simplesmente afirmou: Você consegue acreditar nisso? Já sabia que era a pior notícia possível vindo do melhor meio-campista que vi jogar. O esforço de Courtois e Terry foram gigantescos, mas a história reservou mais um capítulo para o Super Frankie: 39º clube da Premier League sofrer um gol do jogador, e por mais difícil que seja compreender este fato, foi a vez do Chelsea.
Tento imaginar que o 1 a 1 do domingo foi construído por Schürrle e por um gol contra. Eu entendo qualquer manifestação do tipo: Torço para o Chelsea e não para o Lampard. Perfeito, a pessoa tem todo direito, mas o reconhecimento do trabalho do Lampard em Stamford Bridge é/e sempre será lembrado. Qualquer manifestação pró-Lampard vindo de nossa torcida é louvável.
Deveriam aposentar a camisa oito. Ele trocou o West Ham para vir para o Chelsea, ultrapassou o mito Bobby Tambling no número de gols, fez seu currículo vestindo azul-royal e agora sua carreira segue em outro clube inglês. Mas seu coração permanece onde sempre esteve: Fulham Road.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil