Poderia falar sobre como o Chelsea foi omisso e perdeu para si mesmo diante do PSG, mas meus colegas Gabriel Belo e Maria Akemi já fizeram textos brilhantes a respeito. Poderia também comentar sobre o aniversário de 110 anos dos Blues, mas o colega João Vitor Marcondes fez outro belo texto. Decidi, então, falar sobre o resto da temporada dos Blues.
11 jogos. 33 pontos. 6 jogos em casa e 5 fora. 4 jogos que serão disputados como se fossem clássicos, a começar neste domingo diante do Southampton. Com cinco pontos de vantagem sobre o Manchester City, os Blues não podem mais errar como errou em momentos cruciais na temporada passada, deixando a briga pelo título com City e Liverpool.
O Chelsea é capaz de coisas incríveis e inusitadas. Como perder para o Queens Park Rangers, que não vence há três jogos, e ganhar um jogo relativamente difícil como derrotar o Arsenal no Emirates. “O futebol é uma caixinha de surpresas” e para os Blues a caixinha é sempre maior com muitas surpresas. E é justamente por isso que não dá para afirmar que o Chelsea ganhará tal jogo, ou terá dificuldade em outro. Isso é futebol.
Mas a questão é que, a partir deste momento da competição, quem errar menos terá mais chances de alcançar seus objetivos. Para o Chelsea, por exemplo, derrotas ou empates dentro do Stamford Bridge será muito perigoso. Jogos contra Hull City, Crystal Palace, Sunderland, Stoke City e Leicester City devem ser tratados como obrigação de vencer.
Já partidas que são mais difíceis, como Liverpool e Manchester United em casa, ou Arsenal no Emirates, pontuar, seja um ou três pontos, será importante na corrida pelo título. Nestes jogos, por exemplo, eu aceitaria que a famosa frase “estacionar o ônibus” fosse utilizada por Mourinho.
Duas eliminações precoces, um título e mais alguns meses para talvez comemorar o quinto título inglês. Esse é o panorama do Chelsea na temporada 2014/15. Resta apenas a Premier League e, mesmo com a doída eliminação para o PSG ou a humilhante despedida da FA Cup, a temporada não será um fracasso. Mas isso depende do Chelsea. A Premier League, indiretamente ou não, sempre foi o objetivo principal do Chelsea e falta pouco para conquista-lá.
Que o Chelsea possa jogar aquele futebol bonito e envolvente do início da temporada. Que Diego Costa seja lembrado não por suas polêmicas, mas sim pelos seus gols. Que Fàbregas continue sendo Fàbregas. Que Willian continue achando gols importantes no fim do jogo, assim como Ivanovic. Que Matic não perca a cabeça quando tentarem quebrar sua perna. Que Chelsea seja Chelsea.
Que a Premier League seja nossa!
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
