Não é de hoje que observo um dos talentos mais promissores que já saíram da base de Cobham. Zagueiro, dinamarquês, 21 anos, 1,88m e 78kg. Seu nome? Andreas Bodtker Christensen.
Quem acompanha os juniores do Chelsea há alguns anos sabe do que estou falando. Consistente, firme por baixo e pelo alto, além de ser veloz para um defensor. Essas são algumas das características que ele desenvolveu no pouco tempo como profissional.
Christensen foi um dos pilares que fizeram com que a base dos Blues fosse a mais temida da Europa. Em um time recheado de vários talentos (mal-aproveitados, para variar), ele conseguia ser o melhor. Não à toa, venceu FA Youth Cup, Premier League Sub-21 e UEFA Youth League (a versão júnior da Champions).
Como já é de praxe, não bastaria o vasto currículo como promessa para conseguir um espaço dentro do elenco titular. O dinamarquês tinha que ser emprestado e mostrar seu futebol em outro lugar. Coube ao Borussia M’gladbach da Bundesliga a tarefa de mostrar a diretoria do Chelsea que estavam errados em deixá-lo ir assim.
Segundo o site especializado em dados mercadológicos, Transfermarkt, o jogador valia apenas 1,5 milhão de euros. No Borussia esse número cresceu espantosamente, chegando à 18 milhões de euros. Assustados com o belo futebol apresentado pelo zagueiro, os alemães tentaram comprá-lo a todo custo, sem êxito.
Nesta temporada 2017/18, o jovem atleta tem a chance de mostrar a que veio para Antonio Conte. E o técnico italiano sabe extrair o melhor de seus comandados. Mesmo ainda sendo reserva, quando entra em campo deixa dúvidas na cabeça dos torcedores que questionam o por que de Gary Cahill ainda ser o dono da posição, quando se tem Christensen ali.
Contra o Manchester City, apesar da péssima atuação coletiva da equipe, ele foi a luz na escuridão. Brilhou, colocando Leroy Sané no bolso. Não perdeu um lance. Uma pena que seus esforços não adiantaram muito no fim das contas.
Agora cabe à Conte fazer seu julgamento e dar ainda mais minutos a ele. Pelo menos é o que nós torcedores esperamos.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.