Brasil 1 x 1 Rússia: O Chelsea Brasil esteve lá!

(Direto de Londres)

Depois de empatar co a Itália, o Brasil continuou sem vitórias depois da partida contra a Rússia (Foto: Mehdi Raghai)
Depois de empatar com a Itália, o Brasil continuou sem vitórias depois da partida contra a Rússia (Foto: Mehdi Raghai)

Quando anunciaram a partida entre Brasil e Rússia no Stamford Bridge, fiquei com uma intensa vontade de ir. Nunca havia visto um jogo da Seleção e a oportunidade era perfeita. Não tive dinheiro para comprar o ingresso e parecia que ficaria pra uma próxima vez. Mas aos 48′ do segundo tempo, as coisas mudaram. A Fabiana, também integrante do Chelsea News Brasil, infelizmente ficou doente e me deu dois ingressos para o cotejo.

Convidei um amigo marroquino para ir comigo, o que proporcionou bons momentos e diálogos durante a partida. Moro em Londres há praticamente sete meses e pude me sentir mais próximo do país que tanto sinto falta. O transporte público estava lotado e precisei andar até o Stamford Bridge com alguns brasileiros que conheci no percurso. Todos cantando e festejando, mostrando a notória alegria de nosso povo. Alguns ingleses olhavam para nós como se fossemos alienígenas e outros desferiam olhares de admiração

Chegamos ao Stamford Bridge e cada um foi para seu lugar. Antes, parei na cantina da casa dos Blues para comer algo porque não tive tempo para almoçar. Fome saciada, era hora de sentar. Meu assento era bem próximo ao campo, num setor de torcidas de ambas as nações. Os russos, no entanto, pareciam mais empolgados. Logo em seguida, as equipes entraram em campo para o início do tão esperado amistoso.

O começo da partida foi sufocante. A Rússia dominou as ações e não deu trégua para o Brasil, mostrando porque seus torcedores estavam mais empolgados. Ignashevich cobrou falta perigosa, Kerzhakov chutou pra fora e depois quase abriu o placar… Parecia ser uma noite para ficar com ressaca depois de muita vodka. O Brasil foi se reencontrando aos poucos, mas nada suficiente para chegar ao gol. Neymar tentava, mas voltou a jogar mal pela Seleção – segundo meu amigo marroquino, ele não é um bom jogador. David Luiz era um dos melhores em campo com a amarelinha, mas Oscar não honrava o apelido de Showscar.

Me assustei no final do primeiro tempo, quando Faizulin apareceu em boa posição na cara do gol e chutou pra fora – onde eu estava parecia que tinha entrado. Pelo que foi produzido em campo, era merecido. No intervalo, debati com dois garotos torcedores dos Blues que estavam torcendo para o Brasil. Expliquei quem era o misterioso camisa 5 – Fernando, do Grêmio – e até defendi o Neymar. Aqui, muitos acham o garoto ruim por causa das más atuações na Seleção. Não ouviram meu argumento de que no Santos o atacante é bom.

Russos na área brasileira foi uma cena muito comum na partida (Foto: Mehdi Raghai)
Russos na área brasileira foi uma cena muito comum na partida (Foto: Mehdi Raghai)

A segunda etapa trouxe duas mudanças – Zhirkov, ex-Chelsea, e Kombarov entraram no adversário. Já no Brasil, tudo igual. A qualidade do jogo, no entanto, continuou fraca e as torcidas alternavam momentos de empolgação e desânimo. Nos bons lances, os espectadores gritavam o nome do país, mas nada como a festa bonita de muitas torcidas de clubes. Neymar era criticado por todos no estádio e senti certa pena dele.

O gol finalmente veio – e foi russo. Após uma verdadeira blitz na área brasileira, Faizulin aproveitou o rebote e balançou as redes. Os fãs da equipe do treinador Fabio Capello foram à loucura. Pouco depois, um torcedor invadiu o campo, vestindo uma bandeira branca, vermelha, preta e com um sol no meio e driblando vários seguranças.

Luiz Felipe Scolari resolveu mexer no Brasil e colocou Hulk e Diego Costa nas vagas de Oscar e Kaká. O jogo melhorou e os pentacampeões se aproximavam do empate. E na Seleção, Fred não faz só sucesso – faz gol. O artilheiro do Fluminense recebeu cruzamento de Marcelo e estufou a rede. Não havia tempo pra mais nada e o árbitro Howard Webb apitou o fim da partida.

Foi estranho ver o Stamford Bridge sem o Chelsea – e, sinceramente, não foi a mesma coisa que os jogos que vi no ano passado. Se não foi boa partida, a experiência compensou. Ver a Seleção brasileira é algo interessante, mesmo não sendo tão intenso quanto um confronto de dois clubes, onde a paixão sempre será maior. E quem sabe o Brasil não volta aos tempos áureos e proporciona os espetáculos de outrora?

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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