Por John Baines, colunista do Bleacher Report
Uma das prioridades do Chelsea para a próxima temporada é a contratação de um novo atacante – mas quem será o escolhido?
Apesar do sucesso em suas carreiras, Andriy Shevchenko e Fernando Torres não se deram bem em Stamford Bridge, e o clube praticamente “desperdiçou” cerca de 80 milhões de libras com os dois. Quando o clube decidir escolher um novo atacante, não deve apenas considerar quem faz a maior quantidade de gols em outra liga.
Para liderar a equipe, o homem de frente precisa completar os outros 10 jogadores atrás dele, e o ajuste mais eficaz para a equipe não é necessariamente o melhor atacante disponível. Esse post será o primeiro de um total de três que irão abordar as características dos principais atacantes atualmente.
Um “novo Drogba”
Por quase uma década, Didier Drogba foi sinônimo de sucesso no Chelsea, e ele nunca foi devidamente substituído desde a sua saída. O marfinense não era o maior goleador, mas marcava gols nas situações mais difíceis e nos grandes jogos. Seu principal atributo era sua força física e presença de área, o que o tornou uma peça vital no Chelsea.
Se o Chelsea quiser copiar o estilo de Drogba, então o clube já tem em seu elenco dois jogadores capazes de cumprir esse papel. Contra o Manchester United, Demba Ba mostrou que pode passar por qualquer defesa, e uma sequência boa de jogos poderá ajudá-lo. Além dele, também tem o jovem Belga Romelu Lukaku. Com apenas 19 anos, o jogador emprestado ao West Brom vem surpreendendo, e suas performances em Hawthorns sugerem que ele o futuro do ataque dos Blues.
Os dois tem a força, ritmo e mobilidade para desempenhar esse papel de suportar o peso da marcação adversária. No entanto, a equipe como um todo vem se afastando do estilo que consagrou o marfinense. Provavelmente seja necessário alguém mais técnico para vincular com o trio de meias, logo alguém no “estilo Drogba” pode não ser a melhor escolha.
Ba e Lukaku seriam uma boa opção caso seja necessária uma maior abordagem física na zaga adversária, mas apenas os dois não serão suficientes para o ataque dos Blues.
Falso 9
A inspiração para essa função nesse post não é Lionel Messi, mas um jogador muito talentoso que jogou pelos Blues há cerca de uma década atrás: Eidur Gudjohnsen.
O famoso 4-3-3 de Mourinho foi utilizado pela primeira vez quando Drogba sofreu uma lesão, em 2004. Com Mateja Kezman em má fase, o Special One utilizou dois wingers (Arjen Robben e Damien Duff) no esquema, o que ajudou o clube a ganhar seu primeiro campeonato nacional após 50 anos. Para completar o ataque, Gudjohnsen acabou sendo a perfeita ligação entre o meio-campo e os pontas.
Se o Chelsea quiser implementar um “falso nove”, Oscar e Hazard tem a capacidade técnica para jogar na função, ou seja, seria necessária a contratação de outro winger, em vez de um atacante. A equipe jogaria praticamente em um 4-2-4-0, com um quarteto de Hazard, Mata, Oscar e outro jogador se movimentando para abrir espaços na defesa adversária.
Nesse caso, Demba Ba e Romelu Lukaku seriam uma espécie de “plano B”, caso seja necessário um jogador com maior presença de área. Barcelona e Espanha usaram essa formação recentemente, porém não obtiveram êxito em alguns jogos (por exemplo, Chelsea x Barcelona nas semis da UCL no ano passado).
Além dos jogadores citados, outras opções também são interessantes: Berbatov pode ser uma aposta relativamente barata; e atacantes como Stevan Jovetic e Andre Schürrle são versáteis e podem causar caos na zaga adversária.
O que acham, Blues? Qual atacante cairia melhor no atual elenco do Chelsea? Na próxima terça-feira será lançada a parte 2, aguardem!
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
