Uma temporada de altos e baixos certamente tem seus destaques positivos e negativos. O top 5 dessa semana lista os jogadores que tiveram um desempenho pior que o esperado deles no início da jornada 2018/19.
5- Gary Cahill e Danny Drinkwater

No caso de Drinkwater, foi um verdadeiro sumiço. Desde o ano passado o jogador não entra em campo pelos Blues. Na verdade, o meia nunca mostrou a que veio para o Chelsea. Praticamente não jogou essa temporada – entrou em campo apenas do segundo tempo da Community Shield, contra o Manchester City – e provavelmente será negociado na próxima janela.
Já com o zagueiro Gary Cahill, o que aconteceu foi uma despedida melancólica de um jogador que chegou a assumir a braçadeira de capitão que pertencia a John Terry. Era um dos líderes do time e fundamental na zaga nos últimos anos. Porém, acabou sendo deixado de lado e só participou de jogos de Europa League e EFL Cup no início da temporada, e entrou por alguns minutos na Premier League para se despedir da torcida contra o Watford em maio.
Ao todo, Cahill entrou em campo 8 vezes na temporada, e quando jogou, o time teve 7 vitórias e um empate, o que de certa forma ilustra que o jogador participou de partidas contra adversários mais fracos.
4- Willian

Porém, Willian não conseguiu repetir o desempenho de alguns anos anteriores e acabou perdendo lugar até mesmo para o jovem Callum Hudson-Odoi, que parecia ter tomado conta da posição antes de se lesionar e perder o restante da temporada.
Aos 30 anos de idade, o meia que tem contrato válido até o meio de 2020, não teve bons números e fez com que torcedores começassem a pensar se seu ciclo no clube chegou ao fim. Difícil pensar em perder Willian para a próxima temporada, uma vez que o Chelsea não poderá fazer contratações para suprir sua saída, mas é necessário que o brasileiro aproveite a chance para ter um desempenho melhor no futuro.
Ao todo, foram 55 jogos com 8 gols e 14 assistências, pouco para um dos jogadores com mais qualidade do elenco, e que teria mais liberdade para produzir ofensivamente na temporada.
3- Marcos Alonso

Muito provavelmente a responsabilidade disso seja exatamente a troca de treinador. No esquema com 3 zagueiros de Conte, Alonso virava um ala pela esquerda, armando jogadas com Hazard por aquele lado e com menos responsabilidades defensivas. Com a chegada de Sarri, o espanhol passou a ser lateral esquerdo de fato, numa linha de 4 defensores. Com isso, teve que ser mais marcador, e deixou evidente algumas deficiências nesse fundamento.
Na atual edição da Premier League foram 31 partidas com 2 gols marcados, enquanto na última temporada o jogador havia anotado 7 gols. Ou seja, o “lateral artilheiro” passou a produzir menos ofensivamente e a sofrer mais na defesa, fazendo com que as críticas acontecessem.
O ítalo-brasileiro Emerson Palmieri chegou a brigar pela posição durante boa parte da temporada, justamente por ter um poder de marcação mais forte que Alonso. Mas, o espanhol ainda segue levando vantagem e ainda é o dono da posição, mesmo que seja uma decisão contestada por parte da torcida do Chelsea.
2- Gonzalo Higuaín

Foi muito lembrada a temporada 2015/16 em que Higuaín e Sarri trabalharam juntos no Napoli. Foram incríveis 36 gols em 35 partidas na Serie A, em que o argentino se mostrou bastante à vontade com o esquema tático do treinador. Isso vendeu uma imagem de que Higuaín iria chegar e resolver o problema de falta de gols imediatamente no Chelsea. O que não aconteceu.
Foram apenas 5 gols marcados em 14 jogos da Premier League. Além disso, o atacante parece fora de forma e perdeu alguns gols incríveis e importantes desde que chegou. Ou seja, passou longe de resolver o problema de atacantes do Chelsea e foi uma decepção para os torcedores que esperavam mais gols do argentino na liga.
1- Mateo Kovacic

O meia chegou por empréstimo, em uma negociação que envolveu a ida do goleiro Courtois para o Real Madrid no início da temporada. Fazia sentido reforçar o meio campo para dar mais uma boa peça para o treinador recém chegado Maurizio Sarri. Mas apesar de ter ganhado muitas chances, Kovacic não convenceu.
O camisa 17 tem muito a bola, e foi um dos maiores passadores da Premier League, com uma precisão de 92,3%. Porém, não conseguiu produzir muita coisa com isso. Foram 32 partidas em que não marcou nenhum gol e deu duas assistências na Premier League. Em um meio campo com Jorginho e Kanté, esperava-se que o meia fosse a opção mais ofensiva desse setor do campo, mas o croata produziu menos gols que o francês.
Em abril de 2019, o portal inglês “FourFourTwo” divulgou uma matéria que classificava o meio campista como “o jogador mais inútil da Premier League”, com opinião do jornalista Richard Jolly, que é dura e de certa forma exagerada, mas que ilustra bem o que foi a decepcionantes temporada de Kovacic no Chelsea:
“Pode-se dizer que poucos têm tanta bola e fazem pouco com ela, pode ter se tornado a definição de posse sem qualquer sentido, o criador do jogo que faz que pouquíssimas coisas acontecerem “
“A retenção da bola só é um meio para um fim, se tiver o produto final. Kovacić tem duas assistências nessa temporada. Ele passou 27 meses sem marcar com os clubes ou com a Croácia. Mas é o contexto, e não as estatísticas, que faz da seca um problema desse tipo”, critica Richard Jolly.
Pode não ter sido a última temporada do meia no Chelsea, caso permaneça, Kovacic teria uma nova chance de agradar à torcida Blue, mas por enquanto, não conseguiu produzir muito.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.